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Capa 27 de fevereiro de 2018

Acessórios para empilhadeiras: todas as expectativas são positivas para este ano que se inicia

Os entrevistados estão animados com os novos negócios que vão surgir em 2018 oriundos da retomada da economia. Além de revelarem seus lançamentos, contam como a tecnologia embarcada pode oferecer mais segurança à operação logística e reduzir custos.

Mesmo que de forma lenta, 2017 marcou o início da retomada da economia brasileira. O mercado ainda está se recuperando da crise, que afetou grande parte do empresariado, mas os bons resultados devem ser mais bem sentidos em 2018. “Depois de alguns anos de incertezas políticas e econômicas e de uma sequência de resultados ruins de anos anteriores, 2017 certamente se consolidou como um ano que marcou a retomada do mercado brasileiro nos mais diversos setores”, expõe Carlo Dessimoni, head de Vendas e Marketing da Cascade Brasil (Fone: 11 4930.9800), fabricante de garfos e equipamentos hidráulicos para empilhadeiras.
Para a Saur (Fone: 55 3376.9300), especializada em equipamentos hidráulicos para empilhadeiras – como garfos, garras e deslocadores laterais –, 2017 iniciou com queda no primeiro trimestre, mas ao longo dos meses as vendas foram melhorando. “Conseguimos encerrar o ano com crescimento de 6% comparado a 2016”, comemora o diretor comercial, Enio André Heinen.
Diogo Tomazzoni, diretor da Serralog Electronic Solutions (Fone: 54 3025.2328), que fornece soluções inteligentes para segurança e controle de logística industrial, como lanterna, horímetro e controle do motor da partida, conta que a empresa percebeu a estabilidade do mercado em 2017, diferentemente dos anos anteriores, quando houve oscilações bruscas em curtos períodos de tempo. “Depois observamos uma retomada do setor que se manteve por todo o segundo semestre. Os investimentos em projeto e desenvolvimento foram mantidos, lançamos diversos produtos inovadores que, associados ao desempenho do mercado, resultaram em um crescimento de 54% no ano.” Em relação a 2016, o ano passado foi de surpresas para a TacoBras Medidores de Precisão (Fone: 11 3845.3266), fabricante de limitadores de velocidade com alarme audiovisual para empilhadeiras, entre outros acessórios. Um dos destaques foi a venda de peças para reposição, que teve aumento de 88%. “As empresas de logística, entre outras, confirmaram uma freada nas aquisições de produtos novos, porém, com cuidado para garantir a segurança e a eficiência operacional. Em um ano ainda de crise econômica, é mais importante investir menos e controlar os custos. No caso do mercado de logística, é preciso se preocupar com consumo de combustível, perda de carga e baixo índice de acidentes, entre outras práticas”, comenta a gerente de Marketing e Vendas, Karina Maques Carlucci.
Para a Zetec Systems (Fone: 11 4198.6090), que fornece pega tambor, entre outros produtos customizados, e a Guster Indústria e Comércio de Equipamentos Eletroeletrônicos (Fone: 41 3014.3536), fabricante de instrumentação digital, o mercado em 2017 foi fraco comparado a anos anteriores.

Expectativas
Com relação a 2018, todas as expectativas são positivas. Dessimoni, da Cascade Brasil, aposta na demanda que ficou represada nos anos anteriores e que, agora, será ajustada à nova demanda da economia. “Manutenções corretivas e preventivas, que foram poupadas no passado, agora terão de ser executadas para garantir investimentos para uma retomada sustentável em todas as áreas da cadeia produtiva. Quem estiver se preparando, vai garantir uma maior participação no mercado”, observa.
A Saur está bastante otimista, segundo Heinen, pois vários negócios estão se concretizando. “Assuntos que estavam parados há meses começam a definir-se e prevemos um crescimento de 20% até dezembro.”
Analisando os números do ano passado e a tendência de retomada do mercado, a Serralog projeta um cenário ainda mais positivo em 2018. “Continuamos investindo forte em tecnologia e inovação e trabalhamos com a expectativa de crescimento na ordem de 50%”, expõe Tomazzoni.
“Com os ajustes na economia, consideramos que haverá grande crescimento”, declara, por sua vez, o engenheiro Flávio Gomes, do Departamento de Inteligência Comercial da Zetec. Na opinião de Luis Roberto Busato, gerente da Guster, as expectativas são melhores, embora com crescimento lento.
Em vista da pequena retomada da economia em 2017, Karina, da TacoBras, acredita que as empresas estarão preparadas para equilibrar custos e investir em reposição de frota das empilhadeiras. Segundo ela, além de foco nas montadoras e fabricantes de empilhadeiras, o mercado precisa estar de olho na reposição feita com o aluguel destes equipamentos. “Vimos que as empresas de locação tiveram alta em faturamento devido à crise e, para organizar custos, as companhias de logística devem equilibrar as compras com aluguéis. No caso de empresas fornecedoras de acessórios, como a TacoBras, é viável continuar pensando em investir no mercado de reposição”, conta.
Karina diz que as empresas que investirem em gestão eficiente, tecnologia e qualidade sempre terão o resultado esperado. “Não tem como gerenciar sem medir e crescer sem organizar. Estas tarefas serão essenciais em 2018”, acrescenta.
Tecnologia embarcada
A tecnologia tem transformado os acessórios de maneira geral e isso pode ser avaliado em duas frentes, de acordo com Tomazzoni, da Serralog. “A evolução das empilhadeiras tem exigido acessórios diferenciados, mas que, ao mesmo tempo, proporcionem novas soluções em nível de controle, eficiência e segurança. Por outro lado, os próprios acessórios passam por processos evolutivos que contribuem para a logística de forma independente das máquinas”, explica.
Segundo ele, os acessórios ganharam muito espaço na logística interna, principalmente quando se fala em segurança, controle e redução de custos operacionais. “Muitos deles estão se tornando padrão e já são fornecidos como opcional de fábrica.”
Conforme explica Heinen, da Saur, cada vez mais busca-se o controle das operações através de sensores automatizados. Desta forma, a movimentação depende menos da habilidade do operador. Alguns exemplos citados por ele são: controle de pressão e posicionamento preciso na vertical ou horizontal dos braços, que proporcionam ajustes finos na operação, evitando danos nas mercadorias e agilidade na movimentação; controle de tração nas empilhadeiras, que permite trabalhar em sincronia com movimentos de avanço e recuo de pantógrafos; câmaras para melhor visualização em altura ou pontos “cegos” para o operador; e leitores de códigos, que informam em tempo real o que está sendo movimentado e alimentam os dados de estoque.

O processo de escolha
É importantíssimo saber definir o momento de optar por um acessório e como escolher o ideal para cada operação. Busato, da Guster, diz que esses dispositivos são requeridos quando se deseja melhor utilização e disponibilidade da empilhadeira, evitando acidentes.
Tomazzoni, da Serralog, acrescenta que, além de promover segurança, os acessórios reduzem os custos operacionais. “Temos casos nos quais o monitoramento on-line da operação reduziu os custos de manutenção corretiva em 50%; e com o controle eletrônico do motor é possível reduzir o consumo de combustível em até 25%. Desta forma, o uso de acessórios é indicado sempre que a movimentação de cargas faz parte do processo produtivo. Onde houver empilhadeiras, provavelmente haverá um acessório que possa contribuir”, diz. Para ele, a melhor forma de definir o dispositivo ideal é buscar uma empresa especialista no assunto, que poderá avaliar os pontos críticos da operação e sugerir as soluções.
Após a escolha da fornecedora, começa a elaboração do projeto, partindo da carga/volume que se deseja movimentar, velocidade pretendida para cada ciclo e espaço disponível para estoque e corredores. “Com estas informações, define-se o implemento e qual a capacidade necessária para a empilhadeira”, conta Heinen, da Saur.

Novos nichos
Sobre novos nichos de mercado para o uso de acessórios, Busato, da Guster, cita produtos que envolvam deslocamentos, rotações, pressões e temporização, e que necessitem ser monitorados com opções para controles e alarmes.
Heinen, da Saur, observa um ponto interessante. “Várias empresas ainda possuem operações efetuadas manualmente e o Ministério do Trabalho tem fiscalizado e exigido mais saúde para as pessoas. A mecanização, através da aplicação de um implemento, muitas vezes resolve esse problema”, conta. Um exemplo citado por ele é o Layer Picker, que faz a montagem de um palete com mix de produtos, pegando camada por camada de carga sem esforço humano.
Para Tomazzoni, da Serralog, a própria tecnologia tem proporcionado novos nichos de mercado. “A Internet das Coisas (IOT), a evolução do led e a eletrônica embarcada ampliaram as possibilidades de novas soluções nas operações. O surgimento de novos equipamentos e máquinas também abre mercados que podem ser atendidos com os mesmos produtos desenvolvidos para empilhadeiras.”

Lançamentos
Veja a seguir as novidades e destaques das empresas entrevistadas.
A Cascade está trabalhando na produção de equipamentos que proporcionam uma me lhor eficiência energética para os clientes. “Já temos produtos da família 14 J sendo vendidos no mercado brasileiro e que se destinam principalmente à movimentação de eletrodomésticos/linha branca”, anuncia Dessimoni.
Já a Guster está lançando velocímetros para baixas velocidades e inclinômetros (sensores de inclinação), com programas de alarmes sonoros e visuais.
A Saur destaca o basculador de bins para despejar frutas, equipamento mais leve que o aparelho giratório e que retém o bin sobre os garfos da empilhadeira. Outro lançamento é a pinça para retirar tampas laterais de caminhões, chamado de “tira-tampas”. Ele é usado para remover as laterais de madeira dos caminhões, que são pesadas e necessitam de um jogo/articulação para saírem do encaixe e serem depositadas no piso. “Este implemento acoplado na empilhadeira evita todo o esforço físico, além de oferecer segurança para a operação”, explica Heinen.
Tomazzoni salienta a evolução do sistema de monitoramento on-line para empilhadeiras (telemetria) da Serralog, que proporciona informações para gestão, segurança e manutenção dos equipamentos. Outro destaque é o indicador visual de velocidade, que permite a visualização das máquinas à distância, inclusive por sistemas internos de vídeo. Por fim, o Red Zone indica visualmente a distância segura dos equipamentos e evita atropelamento em manobras.
Neste ano, a TacoBras irá investir no aumento da distribuição, assim como na implantação de um novo sistema de gestão interna com ERP, informa Eduardo Rafael Marques, sócio fundador da empresa. Ele destaca o limitador de velocidade audiovisual, sistema de segurança no trabalho que funciona independe do operador. “Ele promove também benefícios para uma gestão eficiente da frota, como economia de freios, pneus e combustível”, acrescenta.
Na Zetec, os lançamentos dependem exclusivamente da necessidade técnica do cliente, pois a empresa trabalha com projetos especiais.

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