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Conteúdo 21 de julho de 2015

Colocando em teste a cadeia de suprimentos

Assim como na Alemanha, a indústria automotiva é um dos principais setores da economia brasileira. Conforme a demanda por novos modelos de veículos continua a crescer, os grandes fabricantes buscam criar tecnologias inovadoras e o aspecto negativo dessa situação é que todo o setor enfrenta exigências constantes.

Mudanças frequentes de modelos, revisões rápidas, recalls, versões diferentes e itens opcionais são alguns dos desafios que os fabricantes enfrentam conforme colocam sua cadeia de fornecimento em testes. Entrega pontual e tempos menores de processamento enquanto se garante a mais alta qualidade são fatores essenciais.

Integração dos parceiros

As exigências feitas atualmente para a cadeia de fornecimento podem ser melhor descritas como entrega na metade do tempo. Tempos rápidos de respostas em montagem e um baixo inventário de armazenamento são esperados não apenas na indústria automotiva, como também nas indústrias de eletrônicos e engenharia, que enfrentam desafios similares.

Esses desafios só podem ser gerenciados ao garantir que cada fase individual na cadeia de fornecimento seja capaz de fazer entregas pontuais de forma confiável. Consequentemente, isso traz desdobramentos nas soluções de TI, que devem não apenas armazenar os prazos que foram cadastrados no sistema, como também monitorá-los.

É por isso que a integração ainda desempenha um papel essencial para a TI na hora de gerenciar a cadeia de suprimentos. Atualmente, o termo também se refere à integração de fornecedores, clientes, parceiros e filiais. Para cadeias de suprimentos, isso pode significar que parceiros externos podem acessar a TI corporativa, uma vez que a conectividade de parceiros é essencial para a produção há muito tempo. Medidas de segurança estáveis devem ser definidas para proteger esses novos canais contra possíveis criminosos uma vez que mais dispositivos e máquinas precisam ser integrados e as cadeias de fornecimento, totalmente conectadas.

A mobilidade empresarial também está se tornando cada vez mais importante e possui um efeito direto sobre a cadeia de suprimentos. No futuro, haverá um padrão não apenas para os funcionários da empresa acessem os sistemas de TI por meio de seus smartphones e tablets, mas também para fornecedores e terceiros. Dispositivos móveis também estão chegando aos depósitos, como leitores de códigos de barra e RFID. Essa rede robusta permite uma melhor gestão das exigências de eficiência feitas para a cadeia de suprimentos, e também uma nova maneira de pensar TI na organização.

Conectando os mundos de TI

As empresas precisam de interfaces que conectem esses mundos ao mesmo tempo que forneçam uma camada de segurança. APIs (interfaces de programação de aplicativos) semi-abertas ajudam a servir como um nível intermediário para permitir que a infraestrutura de TI atual aceite novos canais de acesso de forma aberta e dinâmica. Essas APIs possuem recursos de segurança e capacidades que variam muito e que precisam ser adaptados para cada empresa. Uma arquitetura de gestão de API bem projetada é o segredo para proteger dados sensíveis e processos de TI essenciais para os negócios, para gerenciar direitos de acesso e integrar a largura de banda necessária em aplicativos em premissas e na nuvem.

Todos os membros da cadeia de suprimentos podem acessar as APIs. De um lado, ambos os parceiros comerciais e os funcionários precisam cadastrar seus dados nos sistemas. Do outro, a gerência de todos os envolvidos deve ser capaz de organizar em fila o status de entregas, pedidos e projetos a qualquer momento.

É uma tarefa desafiadora e ‘limitada’ pelo sistema atual. As implementações clássicas de cadeia de fornecimento que já estão definidas provavelmente permanecerão em vigor, já que nenhuma empresa vai descartar todo seu sistema de TI para alcançar uma taxa de 98% de entregas pontuais na cadeia de suprimentos. Mas é precisamente neste ponto que a camada de gestão de API oferece uma vantagem: a dinamização da cadeia de suprimentos tradicional ao adicionar recursos que até então não existiam. O segredo para o sucesso está na combinação de tecnologias atuais e baseadas em API. A gestão de API atua como um tipo de ponte entre o mundo velho e o mundo novo.

Isso porque uma API é basicamente independente do tipo de back-end. Com uma camada de API, sistemas de mainframe e AS/400 expandidos também podem ser adaptados para limites mais dinâmicos, como sistemas abertos. As empresas devem aproveitar as ferramentas de gestão de API, já que ajustes individuais são necessários em todo caso e as APIs agora funcionam até certo ponto como um gateway, possibilitando o gerenciamento das APIs da empresa mais facilmente e definindo medidas de segurança relevantes.

 

Marcelo Ramos
VP sênior e gerente geral da Axway para a América Latina

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