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Conteúdo 21 de maio de 2018

Construindo uma economia colaborativa com a reforma trabalhista

Quando eu ainda era criança sempre ouvia o meu avô dizer que era importante estudar para conseguir um bom emprego, e se eu fosse um bom profissional seria um emprego para a vida toda. Pois é caro leitor, este conceito que fucionou por muitos anos não é mais assim. Muitas coisas mudaram e acredito que para melhor, hoje as coisas estão mais acessiveis, os avanços tecnologicos permitem o compartilhamento de conhecimento a nivel global “real time”, o progresso ganha velocidade ano a ano. O modelo de trabalho também mudou, a terceirização de funções que não são o core business da empresa já é uma realidade com ganhos monetários, operacionais e vantagens competitivas reconhecidos no mundo todo. Agora com a reforma trabalhista suportando novas formas de contratação, abrem-se oportunidades de restruturação nunca antes imaginadas.

É natural que quando nos é apresentado algo novo a primeira reação é de rejeição, mas vamos refletir um pouco sobre as novas formas de consumo que estamos experimentando com a economia colaborativa, compartilhando recursos humanos, físicos e intelectuais. No consumo colaborativo a estrutura de oferta e demanda não é tão rígida como no modelo tradicional, o consumidor passou a buscar por experiências e não apenas uma troca comercial; outro aspecto é a consciência ecológica com atitudes de consumo mais sustentáveis. Esse conceito novo era algo inimaginável a um tempo atrás, mas hoje são as empresas que mais crescem no mercado como: Uber, WeWork, Airbnb, bla bla car, entre outras. Essa mudança de paradigma só foi possível porque o consumidor confia no modelo e na instituição que está por traz. Se não fosse pela confiança acho pouco provável que alguém compartilharia seu carro, seu escritório, seu apartamento com um completo estranho.

Eu fico imaginando o que seria possível fazer se tivéssemos esse mesmo nível de confiança entre empresas e profissionais de logística. Os benefícios que poderiam ser alcançados para os dois lados seriam incríveis; pais e mães mais próximos aos seus filhos trabalhando no modelo de home office; ou usando o modelo de trabalho intermitente os profissionais podendo se capacitar em novas funções, e talvez até transformar um hobby em uma outra fonte de renda; As empresas também se beneficiam com a possibilidade de contratação por resultado, e não apenas pelo tempo do profissional. Nada mais justo que medir o desempenho do profissional por resultado e não apenas pelo tempo que ele fica dentro da empresa.

Está mais do que na hora de nós sairmos da zona de conforto e procurarmos arriscar mais. Quando digo “nós” estou me referindo aos profissionais e as empresas de logística, estabelecendo novos parâmetros de confiança. Alguns podem se perguntar se esse é o momento para testar um novo modelo, já que estamos no meio de uma das maiores crises que o país já passou. Eu diria que não há momento melhor, uma vez que pode ser uma solução para muitos dos 12 milhões de desempregados e também das empresas que estão prestes a fechar as portas. Essa é uma oportunidade “ganha” “ganha” que se os dois lados tiverem confiança no modelo, e estivem dispostos a enfrentar os desafios de adaptação, pode representar continuidade e prosperidade no mercado para ambos.

Espero que o caro leitor tenha se inspirado a mudar sua visão e comece a inovar nas suas ações. Acredito que são essas atitudes que vão nos ajudar a mudar o jogo.

Um grande abraço e até a próxima.

Marcos Miranda
Pós-Graduado em Administração para engenheiros (FEI)
Formação acadêmica em Engenharia de Produção
15 anos de experiência com supply chain

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