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Conteúdo 18 de maio de 2015

Crise para alguns, oportunidades para outros

A exemplo dos demais setores, a área de transportes também enfrenta redução no ritmo de atividade. A economia está bastante estagnada, os custos em alta, o crédito restrito e os juros altos. As empresas do segmento já postergaram investimentos em função da pouca confiança dos empresários na retomada da atividade econômica e também pelas novas regras para financiar caminhões, que ficaram mais restritas e caras.

Nesse cenário de crise as empresas devem “olhar para dentro”: focar no alinhamento dos seus processos internos, aproveitar o momento de baixos volumes para se organizarem e melhorar a produtividade. É importante revisar as rotinas, questionar como fazer mais com menos, mudar o que não está bom. Devemos agir com cautela, dividir com a equipe as dificuldades de forma direta e objetiva. Compromete-los é o que realmente interessa. Empresas organizadas e com planejamento ajustado sempre possuem ações de curto e longo prazo. Aspectos mais estratégicos devem ser tratados no médio e longo prazo. No caso da Sulista, por exemplo, a diversificação de segmento de atuação, que vinha sendo “plantada” antes da crise, nos colocou em uma posição – neste momento – de “colher” frutos com boas oportunidades de negócio em segmentos menos impactados pela crise.

Quanto ao mercado, é preciso fomentar os bons negócios, testar novos segmentos de atuação e ter coragem para abrir mão de clientes com baixa rentabilidade. Temos que ficar atentos e aproveitar as oportunidades. Não podemos jamais esquecer que nestes momentos devemos estar ainda mais próximos de nossos clientes para juntos exercitarmos a parceria e encontrar oportunidades para melhorar nossos negócios, em uma relação ganha-ganha.

É fundamental manter e fidelizar os clientes com quem já temos relacionamento. Para isso temos uma equipe comercial dedicada exclusivamente ao atendimento ao cliente. A área de vendas fará esforços para conquistar novos clientes e diversificar mercados de atuação enquanto o Atendimento ao Cliente focará na retenção, através de um serviço de qualidade, bem exclusivo.

Existem concorrentes com grandes dificuldades, que acabam, em momentos de crise, não suportando manter suas operações. Nestes casos aumenta a oportunidade de crescimento para as empresas mais sólidas em condições de absorver esta demanda.

Manter-se no mercado

Um período de crise é repleto de incertezas. Neste ambiente a sobrevivência está ainda mais ligada à definição clara de objetivos e o trabalho de toda a equipe em traçar os possíveis caminhos a serem percorridos para alcançá-los. O acompanhamento dos objetivos de cada área, alinhados ao planejamento da empresa, devem ser medidos regularmente para que ações corretivas sejam tomadas nos casos de desvios, melhorando a cada dia o desempenho e alcançando o resultado esperado.

Ainda assim, as más notícias nos obrigam a refletir sobre o futuro do negócio e buscar alternativas. Torna-se um momento propício para questionamentos com aquela velha pergunta: Podemos fazer diferente? Desapegar e arriscar tentando fazer diferente, para melhorar. A Sulista tem bons exemplos disso como o CCO – centralização das operações com foco em programação e produtividade. Também a diversificação de segmentos de atuação, não colocando todos os ovos em apenas uma cesta. E o foco na produtividade – eliminar km vazio, otimizar retornos e trabalhar fortemente na programação.

Futuro

O mercado passará por um momento turbulento nos próximos dois anos. Algumas transportadoras não sobreviverão. As que ficarem estarão com certeza mais preparadas para operar em um mercado futuramente aquecido. Permanece quem fizer ajustes rápidos, apertar o cinto para passar por este momento difícil e tiver capacidade para aproveitar as oportunidades de mercado.

Josana Teruchkin

Diretora executiva da Transportadora Sulista

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