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Conteúdo 13 de outubro de 2015

Ficando “Por Dentro” das Tendências Alfandegárias

A moda é um negócio global e, o mundo, um mercado florescente. A indústria da moda movimenta US$ 1,5 trilhão[1] e as vendas on-line seguem uma trajetória de crescimento de dois dígitos impulsionada pelas economias em desenvolvimento[2] – e os beneficiados não são apenas os grandes varejistas. Empresas iniciantes e pequenos empreendedores estão encontrando novo potencial de crescimento além de suas fronteiras, na forma de novos clientes, acabamentos exclusivos ou matérias-primas para a fabricação de roupas. Seja comprando, produzindo ou vendendo produtos de moda internacionalmente, a familiaridade do empreendedor com as regras alfandegárias pode determinar o sucesso ou o fracasso de um império em formação.

A brasileira Fabíola Molina, ex-nadadora olímpica e empreendedora, e o colombiano Juan David Martinez, proprietário das Industrias Suárez, empresa que fabrica roupas para ciclismo, atestam que é fundamental entender as normas alfandegárias antes de começar a comprar suprimentos globalmente. As regras alfandegárias diferem significativamente de um país para outro. A não observação dessas regras pode resultar em demora no desembaraço e multas.

Fabíola Molina não estava satisfeita com os maiôs que usava e decidiu desenhar e criar um conjunto de duas peças para treinar. Graças às suas cores incríveis e à modelagem brasileira, as criações de Fabíola fizeram sucesso instantaneamente e caíram nas graças das nadadoras internacionais, transformando a ideia de Fabíola em um negócio formal.

Com as informações certas e ferramentas e serviços eficientes, a empresa de Fabíola vem crescendo significativamente. A decisão da empreendedora de escolher uma transportadora que oferece entrega rápida em qualquer lugar do mundo, garantia de entrega no prazo estabelecido As regras alfandegárias diferem significativamente de um país para outro. No momento da compra, desembaraço aduaneiro porta a porta e rastreabilidade em tempo real fez com que suas vendas crescessem 230% no primeiro ano em que os serviços do novo fornecedor começaram a ser utilizados. Atualmente, 56% dos produtos exportados por Fabíola Molina seguem para a Europa, 25% para os Estados Unidos e Canadá e 19% para outros destinos. Seus principais compradores estão na Alemanha, Bélgica, Canadá, Costa Rica, Dinamarca, Eslováquia, Estados Unidos, França, Noruega, Rússia e Suíça.

Para Juan David Martinez, a qualidade e os preços dos zíperes, corantes, adesivos e fitas refletoras comprados no exterior são essenciais para o modelo de custo e a integridade de seus produtos.

A seguir, algumas dicas para ajudar um empreendedor a lidar com questões alfandegárias.

  1. Verifique as quotas para têxteis e requisitos de licenciamento.

A indústria têxtil tem sido tópico de negociações no comércio global há anos. Embora o complexo sistema de quotas globais utilizado nos anos de 1960 tenha sido abolido, alguns países conseguiram manter certas quotas,[3]como a Costa Rica, que controla o comércio de alguns tipos de tecidos de lã. Alguns mercados exigem que os importadores de têxteis ou materiais tenham uma licença ou visto, como é o caso do México.[4]

  1. Consulte as listas de substâncias banidas ou restritas.

Muitos têxteis e materiais usados pela indústria da moda contêm plásticos ou químicos de uso proibido ou restrito – como é o caso de têxteis que contêm formaldeído, na Europa. Consiga uma lista de substâncias banidas com as autoridades locais e verifique com os fornecedores se os têxteis e materiais passam no teste, antes de comprar.

  1. Veja se os valores estão corretos e se as mercadorias trazem rótulos detalhados.

Ao importar ou exportar mercadorias, não deixe de fornecer uma lista de valores correta para o cálculo dos impostos alfandegários, juntamente com uma descrição detalhada dos conteúdos de uma remessa – por exemplo, em vez de dizer, “uma peça de tecido seda”, a descrição deve ser “uma peça de tecido de seda azul com detalhes bordados”.  Essas especificidades ajudam as autoridades alfandegárias no cálculo dos impostos e tarifas aplicáveis às remessas.

  1. Verifique a autenticidade das mercadorias e denuncie qualquer produto falsificado. 

Estima-se que a venda de produtos falsificados represente 10% do comércio da indústria da moda, com cintos, bolsas e sapatos entre os itens mais populares.[5] Não se trata apenas de bolsas e roupas de marcas famosas – as falsificações atuais podem ser bem mais difíceis de identificar. Sem saber, você pode estar comprando (ou correr o risco de comprar) mercadorias falsificadas para completar uma coleção.

  1. Conheça bem as convenções e regras locais que proíbem ou restringem certos produtos animais.

A Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Flora e Fauna Selvagens em Perigo de Extinção (CITES) é um acordo internacional firmado pelos governos para proibir o comércio de animais selvagens.[6] Além disso, muitos países têm leis suplementares para o comércio de produtos animais – leis que diferem de mercado para mercado. Por exemplo, a importação de pelos de cães e gatos domésticos é proibida na Europa, mas permitida em algumas partes da Ásia.[7]

  1. Obtenha as certificações exigidas.

Em alguns casos, será necessário providenciar certificações extras para importar um produto.

Comprar ou vender produtos internacionalmente pode parecer complexo, mas existem diversas organizações preparadas para ajudar o empreendedor, de agências governamentais a parceiros do setor de transportes. Uma vez que o empreendedor esteja pronto para começar, é importante que ele converse com um fornecedor de serviços de transporte para conhecer ferramentas como o Global Trade Manager da FedEx, que oferece informações sobre remessas internacionais e podem ajudá-lo a estimar tarifas e impostos de importação, a gerenciar a documentação e a obter informações atualizadas sobre o mercado local.

Por David L. Cunningham Jr.
Diretor de Operações, FedEx Express

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