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Conteúdo 3 de fevereiro de 2008

O novo metrô

Existem várias novidades no Metrô de São Paulo. Nos últimos dois anos, por exemplo, passamos a transportar a mais 750 mil pessoas por dia, o equivalente a praticamente dois metrôs do Rio de Janeiro. As razões são positivas: aumento da renda da população e medidas de caráter social, como o Bilhete Único. Muita gente que se deslocava a pé, agora anda de Metrô. Daí, a outra novidade: superlotação e suas conseqüências. Como no passado os investimentos no Metrô eram feitos quase exclusivamente na expansão das linhas, com o aumento de passageiros tornou-se necessário priorizar a revitalização dos equipamentos.

Atento a essa necessidade, o Governo do Estado, em seu primeiro mês, aprovou o Plano de Expansão do Transporte Metropolitano, no valor de R$ 16,3 bilhões, o maior já feito até hoje no setor. Com esses recursos, entre dezenas de outras medidas, foram comprados 99 trens (o primeiro começa a operar em fevereiro, na Linha C-Esmeralda) e iniciou-se a ampliação das linhas com qualidade de metrô, que saltarão, até 2010, dos atuais 61,3 km para 240 km (Metrô/CPTM).

Grande parte dos novos equipamentos necessitam de 18 a 24 meses para ser fabricada e entregue. Vivemos um momento de transição. Nesse período, sem conhecer como ficará o Metrô depois do Plano, a população acredita que essa situação seja permanente. “O Metrô mudou”, dizem. Com humildade, é preciso entender que, além de tudo o que já foi feito, novas medidas precisavam ser tomadas, para minimizar, já, o desconforto dos passageiros até que a renovação da frota seja concluída. Foi o que fizemos, em reuniões com os setores da manutenção e operação da Companhia no fim de semana de 19 e 20 de janeiro.

De imediato, o Metrô tomou dezenas de medidas — que já estão sendo implementadas — para ampliar a prontidão no atendimento, na manutenção e na operação do Metrô. Todas essas ações estão sendo realizadas pela mesma equipe que levou o Metrô de São Paulo a ser reconhecido internacionalmente por seu elevado padrão de qualidade e que assegurou, em 2007, disponibilidade acima de 99% do material utilizado na rede, nos horários de pico.

Não se pode dizer, com isso, que não teremos mais falhas. Sistemas complexos são sujeitos a falhas. O que sabemos, com certeza, é que esse metrô de hoje é um metrô de transição. O novo Metrô virá no segundo semestre de 2009. E São Paulo poderá, então, também se orgulhar dele. Como se orgulhava antes e como devemos nos orgulhar do Metrô no presente. Transportamos mais de três milhões de pessoas por dia. Procuramos atender a cada um da melhor maneira possível, prestando os nossos serviços e, também, construindo um futuro melhor para o transporte em nossa cidade.


José Jorge Fagali, economista e presidente em exercício do Metrô.

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