Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Conteúdo 19 de abril de 2016

O que muda no processo logístico de um e-Commerce B2B?

*Por Maurício Di Bonifácio

A logística é um ponto chave em qualquer operação de e-Commerce, ainda mais quando estamos falando em e-Commerce B2B. No varejo (B2C), quando esse é o assunto, a primeira coisa que lembramos é o “frete grátis”, mas no B2B o assunto é muito mais complexo. A estratégia logística em um e-Commerce B2B deve contemplar os mesmos tipos de frete que já são amplamente utilizados no mundo físico, o FOB (Free On Board) e o CIF (Cost, Inssurance and Freight).

No varejo, o lojista é responsável pela entrega do produto, podendo cobrar ou não o frete. Em operações B2B, o modelo em que o vendedor é responsável pelo frete é o CIF. A escolha do operador logístico, o custo do frete, impostos e seguros envolvidos são tudo responsabilidade de quem está embarcando o produto. A empresa que compra já paga tanto pelo produto quanto pelo frete e quer receber na sua porta, sem maiores preocupações. Em alguns casos, a regra de cálculo para definição de preços, prazos e agendamento de entrega também é mais complexa.

Porém, também existe outro modelo de frete, que é o FOB. Aqui, o responsável pelo frete é a empresa que está comprando. Ela é a responsável por negociar, contratar e gerenciar o operador logístico. Neste caso, o comprador fecha o pedido e informa o vendedor quem irá fazer a coleta da mercadoria. Há outras variantes, como o vendedor ficar responsável também pelo embarque na empresa logística, em vez de apenas esperar o produto ser coletado.

Outra grande diferença entre a logística B2B e a B2C é a quantidade de itens e volume da carga a ser despachada. Enquanto no B2C normalmente temos poucos itens por pedido (também conhecido por entregas fracionadas), no B2B é o contrário, o normal são vários produtos ou várias unidades do mesmo produto. As compras são bem maiores. Várias empresas B2B usam restrições como valor mínimo de compra ou quantidade mínima de itens. Ou ainda só permitem o frete CIF acima de tais parâmetros, abaixo só FOB com o comprador indo buscar o pedido. Como comparativo, nos Estados Unidos, o ticket médio de uma venda e-Commerce B2B é quase o triplo de uma venda B2C.

Operações de e-Commerce B2B são inerentemente mais complexas do que as operações B2C, e a parte logística é mais um item que segue esta linha. Enquanto no B2C se vende poucos itens por pedido, e com regras de frete simples ou grátis, no B2B temos os modelos CIF e FOB, complexidades no despacho e gerenciamento de embarque, volumes maiores e roteirização de entrega.

Como disse, a logística é o ponto chave de um e-commerce e merece a devida atenção.

*Mauricio Di Bonifacio, sócio fundador da Vertis, uma das principais empresas de soluções e serviços estratégicos focada para o mercado de e-Commerce B2B.

http://www.vertisnet.com.br/

Enersys
Volvo
Savoy
Retrak
postal