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Conteúdo 13 de abril de 2015

Sim ou não para os clientes na hora de fechar o valor dos frete?

Em tempos de crise, nossos clientes cada vez mais querem pagar menos. São poucas as transportadoras que tem conseguido reajustar seus fretes. A NTC divulgou recentemente defasagem de 14,11% nos fretes praticados pelo mercado, resultado de estudo feito entre 250 empresas do setor de transporte. Porém, esses números são mais altos e temos problemas pontuais, como roubo de cargas, que vem se agravando nos últimos anos e se proliferando por todo o Brasil, fato que exige das empresas de transporte grandes investimentos em segurança patrimonial. E o que dizer do recente incêndio em Santos, que já contabiliza prejuízo de mais de R$ 5 milhões às Transportadoras desde o sue início?

O governo, os caminhoneiros e embarcadores não chegaram a um acordo recentemente quanto à adoção de uma tabela com preços mínimos para o frete do transporte rodoviário de cargas no país. Um novo encontro foi marcado para o dia 22 de abril.

Destaco, porém, uma outra situação. Em diversas empresas as negociações de fretes rodoviários, até um tempo atrás, eram tratadas diretamente com os departamentos de Importação/Exportação, onde os gerentes conhecem muito bem o que é o comércio exterior brasileiro, principalmente, como funciona o Porto de Santos, por exemplo, (para se ter uma ideia, um caminhão, tanto na importação/exportação, gasta no mínimo 2 dias para fazer um frete), e, sabedores dessa situação, aceitavam os reajustes.

Contudo, hoje, as negociações são tratadas em departamentos de vendas/compras, onde os compradores/vendedores desconhecem nossos trabalhos e ficam leiloando os valores como fossem comprar peças de veículos ou outros equipamentos quaisquer, além desse um total desconhecimento, praticam concorrências desproporcionais ao segmento, obrigando que os TRANSPORTADORES aceitem fretes abaixo do normal.

Chegou a hora de nós, transportadores, dizermos NÃO às ofertas irresponsáveis. Será melhor manter nossos caminhões parados, do que pagar para trabalhar. Somente desta forma poderemos novamente ser reconhecidos como um dos segmentos mais importantes da cadeia logística de comercio exterior no Brasil. Hoje, 58% de todas as cargas em solo brasileiro dependem do transporte rodoviário.

Quando ocorrem aumento de impostos ou a economia não vai bem, quem paga a conta são os contribuintes, o cidadão brasileiro. E agora, diante dos altos custos do transporte no Brasil? Os clientes pagarão a conta?

Valdir Santo

 Presidente da Transportadora ASA EXPRESS

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