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Especial 10 de outubro de 2017

Assumir ou terceirizar a logística: uma questão de estratégia

Roberto Leighton Formado em publicidade e marketing pela universidade Metodista de SP, com especialização em marketing pela ESPM. Certificate Internet Marketing na The Arts Institute em Chicago – Illinois de 2014 a 2015. Atua no Departamento Comercial da JW Servlog.

Existe um velho ditado chinês que diz o seguinte: por causa do prego perdeu-se a ferradura, por causa da ferradura perdeu-se o cavalo, por causa do cavalo perdeu-se a mensagem e por causa da mensagem perdeu-se a guerra. Pois é, os chineses entendem há tempos o riscado do mundo dos negócios. Para eles, afinal, os negócios são uma guerra. Como não concordar que todos os dias travamos batalhas importantes para a sobrevivência da nossa empresa? Um dia corremos contra o tempo. No outro, nos degladiamos com a concorrência. Em muitas ocasiões enfrentamos a nós mesmos em busca de um resultado melhor que, os bons estrategistas sabem, só será possível de ser alcançado se cuidarmos desde o aspecto mais elementar – como o prego – até o nosso produto ou serviço final – a mensagem que queremos entregar aos nossos clientes.
Não é a toa que o livro A Arte da Guerra, do general chinês Sun Tzu (544 a.C. – 496 a.C.), está na cabeceira de muitos dos grandes empreendedores. No livro, repleto de ensinamentos úteis aos negócios, ele diz o seguinte: “Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças”. E isso não é demagogia ou papo furado. Pesquise o procedimento de qualquer grande empresa e verá que elas se concentram em suas atividades principais e – aí está um dos segredos – fazem alianças com outras pessoas físicas e jurídicas que irão solucionar suas fraquezas, fazendo com que o objetivo final nunca seja perdido de vista.
A união de um preço sensato, um atendimento ideal e uma boa entrega é o que faz cada vez mais pessoas comprarem na Amazon, e não na livraria do shopping; é o que faz você pedir um Uber, e não um táxi; é o que faz você ligar no delivery, ao invés de cozinhar num domingo à noite. Uma conta com as transportadoras e se concentra nos preços e nos livros. O outro se concentra na experiência do aplicativo e conta com os motoristas credenciados para a realização do serviço. Já o restaurante se preocupa em fazer a pizza e deixa que um site parceiro ou uma central telefônica terceirizada faça a parte do pedido.
Muitos enxergam a terceirização de certos setores da empresa como um bicho de sete cabeças. Mas, se você não tem expertise em determinada questão, porque não contar com quem pode solucionar os problemas e agregar know-how para a sua empresa? Vale mais a pena organizar e contratar 50 funcionários para armazenar e carregar a carga ou não seria mais fácil contar com um parceiro que iria realizar esta atividade e facilitar não só a sua folha de pagamento, mas, também, a rentabilidade operacional que irá diferenciá-lo dos seus concorrentes?
Claro, não vou ser leviano aqui, toda terceirização gera um custo adicional para quem contrata o serviço. Afinal, ninguém vai trabalhar de graça. De acordo com a Fundação Dom Cabral, no estudo “Custos Logísticos no Brasil 2015”, realizado com 142 empresas de 22 segmentos industriais, os custos logísticos consumiram naquele ano 11,73% da receita dessas empresas. A princípio, parece um valor alto, mas aqui vai um detalhe precioso: as 142 empresas pesquisadas não são “qualquer uma”; essas gigantes tiveram um faturamento equivalente a 15% do PIB do Brasil. Trata-se daquela velha lógica segundo a qual não existe crescimento sem investimento. Investir na terceirização logística tem seu custo, mas tráz retornos. Paga quem quer. Paga quem pode. Paga quem quer ser mais competitivo. E paga, finalmente, quem deseja crescer. O mesmo, no entanto, se aplica tanto para empresas de grande porte, quanto de médio e pequeno porte. Custo-benefício é a palavra chave, do contrário, caímos na armadilha do barato que sai caro.
Atualmente, sinônimo de logística avançada é inteligência no processo e tecnologia. Por exemplo, hoje, no nosso setor de recebimento e expedição de cargas, existem sistemas colaborativos que permitem o agendamento de docas para que todas as partes envolvidas no processo possam consultar a produtividade da mão de obra, tudo em tempo real – e logística só faz sentido quando otimiza o tempo, não é mesmo?
Os sistemas são inúmeros e não param de se atualizar, e nós da JW estamos sempre alinhados às tecnologias de ponta. Acreditamos que a empresa que facilita seus processos, e entende que a contratação de serviços que trazem estas facilidades tem seu custo, não negligencia a importância do prego, mas monitora os parceiros que cuidam disso enquanto ela se concentra na guerra.
Acreditamos que a terceirização da logística, ao contrário do que alguns pensam, não é uma forma de uma empresa atenuar certos problemas, e, sim, uma maneira de melhorar suas soluções. Empresas que facilitam seus processos saltam diante da concorrência e conquistam vitórias importantes de acordo com os seus objetivos. São empresas que não precisam lutar contra contas que não fecham, contra burocracias em excesso, lutar o tempo todo contra o tempo e os conflitos diários que mencionei no início do texto, pois, como diria Sun Tzu: “A suprema arte da guerra é derrotar o inimigo sem lutar”.

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