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Investimento 27 de setembro de 2016

Casa dos Ventos quer investir R$ 350 mi em expansão

Após investir cerca de R$ 800 milhões na instalação de 130 MW de energia em cinco usinas eólicas em Tianguá, na Serra da Ibiapaba, a Casa dos Ventos já planeja aplicar mais de R$ 350 milhões na mesma região, em um projeto com capacidade de gerar 60 MW de energia. Inaugurado no último dia 14, o Complexo Eólico Ventos de Tianguá é composto 77 aerogeradores. E segundo o diretor de Novos Negócios da Casa dos Ventos, Lucas Araripe, o novo projeto pode ser contratado no próximo leilão de energia, em dezembro.

“A gente está preparando essa expansão de 60 MW. O projeto já está cadastrado, com tempo de medição suficiente e ele tem uma sinergia com o complexo de Tianguá, podendo compartilhar, por exemplo a subestação e linhas de transmissão. Essa expansão será algo entre R$ 350 milhões e R$ 400 milhões, e vai depender do resultado do leilão”, diz Araripe.

Além da implantação dos cinco parques, o investimento incluiu a construção de uma linha de transmissão até a subestação Ibiapina II, por onde a energia gerada pelo empreendimento será conectada ao Sistema Interligado Nacional.

O diretor de Novos Negócios da Casa dos Ventos avalia que, depois do litoral, a Serra da Ibiapaba é a maior fronteira do Estado a ser explorada pelo setor de geração de energia eólica, sobretudo na região de Tianguá, que já conta com infraestrutura para receber parques e transmitir energia. “No interior do Estado não há tantas áreas propícias para instalação de parques”, diz.

Viabilidade

Além de condições favoráveis de ventos, a viabilidade econômica dos parques depende da proximidade de estradas de acesso, de subestações e das linhas de transmissão, cuja construção passou a ser, desde 2013, de responsabilidade do construtor do empreendimento. “Quanto mais perto da linha de transmissão mais viável é o parque”, diz Araripe. “A transmissão hoje no Brasil ainda é um gargalo. No Nordeste, por exemplo, há ótimos projetos, em áreas de vento muito bons, mas as subestações de linhas no seu entorno não têm capacidade de receber essa energia”, afirma.

Outros projetos

No Ceará, a Casa dos Ventos estuda outros locais para instalação de usinas eólicas, como no município de Tauá, para o qual há um projeto em desenvolvimento. No entanto, a empresa vem investindo fortemente na região da Chapada do Araripe, que compreende o sul do Ceará, além de áreas dos estados de Pernambuco e Piauí. Em setembro de 2015 a companhia iniciou operação de Ventos de Santa Brígida e Ventos do Araripe, em Pernambuco e Piauí, respectivamente, totalizando juntos 392 MW.

“A Chapada do Araripe já conta com 1,6 mil MW em construção ou já em operação. E a gente tem 360 MW para inaugurar nessa região em 2017, com 156 turbinas”, diz o diretor de Novos Negócios da Casa dos Ventos. O empreendimento, Ventos do Araripe III, será um dos maiores complexos eólicos da América Latina. “A gente já explorou boa parte da Chapada do Araripe no Piauí, já entramos em Pernambuco e, na sequência, a gente deve preparar uma parte no Ceará”.

No primeiro semestre deste ano, a empresa inaugurou o parque eólico Ventos de São Clemente, o maior de Pernambuco. Somando com o de Tianguá, quarto empreendimento que a Casa dos Ventos inaugura em 12 meses, são quase 750 MW de parques eólicos energizados pela companhia no último ano, o que representa cerca de 7% de toda capacidade instalada em operação no País.

Fonte solar

Uma das pioneiras e maiores investidoras no desenvolvimento de projetos eólicos no Brasil, a Casa dos Ventos vem preparando um projeto de energia solar em Tianguá. Segundo Lucas Araripe, a empresa acredita que há um potencial de 120 MW para geração solar na região. “A gente já realizou medições e está elaborando um projeto. Já temos licença, a medição e, aos poucos, a gente está otimizando o projeto. A ideia é preparar o projeto para participar do próximo leilão de energia, em dezembro. Até lá precisamos amadurecer o projeto, a cadeia de fornecimento e o financiamento”, diz.

Fonte: Diário do Nordeste

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