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Conteúdo 19 de setembro de 2017

A absurda carga tributária do TRC

Conforme citado em meus últimos artigos para esta revista, revelo agora, de forma mais detalhada, porque temos que arcar com mais de 50% sobre o faturamento das empresas, entre impostos diretos e indiretos, para satisfazer aos governos federal, estaduais e municipais.

Tomamos como exemplo uma empresa de transportes de carga que fatura R$ 2.000.000,00 mensais, dispondo de uma frota de 40 conjuntos de cavalo e carreta, 44 motoristas, 25 ajudantes e 20 funcionários administrativos. Possui também uma sede própria no valor de R$ 20 milhões.

Impostos sobre o faturamento – 21,13%
Imposto de renda, Pis, Cofins, Csll, Icms e Iss
Obs.: para o Icms, consideramos o valor de 9,6%, visto que no exemplo o transportador se ressarce de 20% sobre o imposto cobrado do embarcador ( 12 % ).

Impostos sobre os salários – 10,63 %
Inss + encargos sociais e trabalhistas. Incluídos como impostos, o 13º salário e férias, visto que esses são pagos, mas o colaborador trabalha efetivamente 11 meses.
Obs.: 1- não computadas as horas extras e seus reflexos, vale transporte, vale refeição, esses obrigatórios por lei.
2 – não computados também os custos com demissões e ações na justiça do trabalho.

Impostos sobre os veículos – 1,5%
Ipva e licenciamento
Obs.: não estão computados os custos sobre seguro veicular.

Impostos sobre óleo diesel – 3%
Obs.: no exemplo, cada veículo roda 12 km/mês, com um consumo médio de 2 km/l.
Neste exemplo não estão sendo considerados os impostos sobre pneus, lubrificantes, peças e manutenção.

Imposto sobre propriedade ( sede ) – 1,2%
Iptu

Cabem dois temas, que considero impostos, sendo o primeiro:

Pedágios – 12,00%
Obs.: para o exemplo de transportadora localizada em São Paulo, consideramos um custo de R$ 6.000,00 mensais, sobre o retorno do veículo.

E o segundo, os seguros de carga que em muitos caso chegam a 15 % sobre o faturamento das empresas.
E assim, podemos entender a razão das dificuldades das empresas de transporte de cargas em cumprir a sufocante carga tributária, visto que os governos não oferecem o mínimo de segurança, obrigando as transportadoras a arcarem com custos de RCTR-C, RCF-DC, rastreadores, planos de gerenciamentos, cadastro de motoristas, escoltas e outros quesitos cada vez mais sofisticados e mais caros!

Manoel Sousa Lima Jr. Manoel Sousa Lima Jr.

Diretor da RG LOG, ex-presidente do SETCESP – Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região.

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