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Conteúdo 15 de janeiro de 2018

E você, faz parte de uma equipe ou de um grupo?

Vivemos, sem dúvidas, num mundo profissional bem diferente do que aquele de dez anos atrás. Um tempo relativamente curto para tantas mudanças no campo das conquistas profissionais alicerçadas numa competitividade, muitas vezes dura e até desleal, que nos faz pensar que cuidar de si é sempre a melhor e mais vantajosa opção. Talvez daqui cinco anos estejamos valorizando ainda mais o individualismo do que conquistas conjuntas.

Desde a primeira vez que a palavra “sociedade” foi pronunciada, o ser humano iniciou sua perdurada dificuldade para entender que um deveria cuidar do outro e o outro deveria cuidar de um. Acredita-se que a “vantagem” – em seu pior sentido – teve início quando houve o descumprimento desse dever e alguém se aproveitou de uma boa ação ou não reproduziu o cuidado que o outro lhe destinara. E, assim, emprestamos à sociedade os tão conhecidos adjetivos que nos prejudicam e nos impulsionam à prática do pensamento individualista: hipocrisia e crueldade.

Se nosso meio familiar pode estar “contaminado” por essa prática individualista, que dirá nosso meio profissional?! O cuidado com o outro é a melhor e mais eficiente prática entre aqueles que caminham na mesma direção, perseguem as mesmas metas e compartilham dos mesmos objetivos. O mais forte cuidando do mais fraco compreendendo que isto não o faz melhor se sua equipe não chegar junta e que este que agora ESTÁ fraco também tem seu valor no processo e poderá ser ele a devolver o cuidado nas reviravoltas que a vida dá, é o ideal para um caminho de sucesso. E este próprio sucesso nos ensina o quanto precisamos dos outros para construí-lo, ou ele se resumirá num aplauso de duas mãos apenas.

Para entendermos de forma simples a diferença entre grupo e equipe podemos imaginar uma vila de pescadores com seus barcos que assim já se definem como grupo. Se cada um sair numa direção para obter seu próprio pescado, continuam sendo um grupo, mas se traçarem um plano e utilizarem suas redes juntas para pescar eles formarão uma equipe. E, fugindo dos conceitos socialistas que muitos defendem – e eu respeito –, nada tem a ver com a divisão do pescado em partes iguais, mas em partes de acordo com a qualidade da rede ofertada e do empenho de cada um, pois não há dúvidas de que numa equipe há aqueles que acreditam e aqueles que só participam. E aqui nasce a meritocracia e a necessidade de liderança: uma para motivar e a outra para organizar.

Notadamente, muitas empresas hoje por não implantarem práticas de coletividade entre setores e entre membros desses setores, permitem que seus barcos saiam a qualquer hora e em qualquer direção perdendo a oportunidade de realizar uma pescaria de sucesso, utilizando menos energia e obtendo resultados mais satisfatórios. O pior de tudo é que esses membros passam a se preocupar consigo apenas, a defender e priorizar suas posições e seus setores ao ponto de deixar também de ser um grupo e enxergar o barco ou o pescador da mesma empresa como um concorrente, como um ameaçador de SEUS interesses.

A concorrência interna só é saudável e vantajosa quando os interesses da empresa são preservados. Fora desse eixo, esses grupos abandonam uma formação de equipe e se tornam verdadeiras facções.

Nessa ansiedade das pessoas em se tornar profissionais de sucesso o conceito de equipe está se perdendo em meio à perda do conceito sobre grandes pessoas. Quem disse que a compaixão, o companheirismo e o altruísmo não combinam com sucesso profissional provavelmente desconhece as inúmeras possibilidades que são enxergadas por vários olhos, as longas distâncias percorridas por vários pés e a incrível força construída por várias mãos.

Que neste 2018 saiamos das formações de grupos e passemos a compor equipes de verdade, de bons profissionais, de grandes pessoas!

Marcos Aurélio da Costa Marcos Aurélio da Costa

Foi coordenador de Logística na Têxtil COTECE S.A.; Responsável pela Distribuição Logística Norte/Nordeste da Ipiranga Asfaltos; hoje é Consultor na CAP Logística em Asfaltos e Pavimentos (em SP) que, dentre outras atividades, faz pesquisa mercadológica e mapeamento de demanda no Nordeste para grande empresa do ramo; ministra palestras sobre Logística e Mercado de Trabalho.

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