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Conteúdo 25 de agosto de 2016

Logística do século passado: Globalização e impactos tecnológicos

Neste artigo busco elencar a trajetória da globalização e seus impactos tecnológicos, bem como sua ligação com a Logística.

Embora os projetos desenvolvidos e selecionados para ser acompanhados e apoiados pela Estratégia Brasileira de Exportação tenham como fonte de financiamento, em sua quase totalidade, os cofres públicos, contudo é importante buscar e pensar novas formas de aumentar a provisão privada de serviços de infraestrutura para ampliar a capacidade de transporte da produção exportável.

Nesse sentido, a ampliação da capacidade de atracação nos Portos não depende apenas de iniciativas públicas, as quais sinalizam ainda para investimentos visando ampliar o número de terminais. O governo tem elaborado um novo plano nacional de outorgas para terminais de uso privativo, exclusivo ou misto. Desta forma, pretende atrair o investimento privado para a construção de novos terminais privativos.

Com a implantação desta nova mentalidade para a Estratégia de Exportação, o governo prevê não apenas facilitar o diálogo, mas estabelecê-lo e, assim, encontrar as melhores alternativas para aumentar a participação privada na provisão de serviços portuários.

Cabe ressaltar que a iniciativa de atração de investimentos externos para o setor portuário conta com a participação mútua da Secretaria Especial de Portos e da Apex-Brasil que, conjuntamente, definiram projetos prioritários para o setor, com atividades específicas para esse fim.

“A melhora na infraestrutura de transporte marítimo também pressupõe o pleno desenvolvimento do setor naval brasileiro. Para isso, é possível contar com o Fundo da Marinha Mercante, que se destina a prover financiamento para estaleiros brasileiros em projetos de implantação, expansão e modernização e também de construção e reparo de navios. Também provê financiamento a empresas nacionais de navegação para a encomenda de embarcações e equipamentos, entre outros” (http://www.mdic.gov.br/arquivos/dwnl_1220468182.pdf).

O exemplo citado, apenas um, faz parte de uma gama de ações que são e devem ser tomadas como forma de responder à demanda econômica, a qual configura o momento atual (da época), e que começou a se formar nos anos 1990, quando entramos num novo momento econômico mundial, que se convencionou chamar de globalização. No Brasil, passamos a sentir seus impactos mais precisamente a partir da abertura econômica do Governo Collor, com ênfase na metade da década de 90.

Iniciado com o fim da guerra fria, após a queda do Muro de Berlim (1989) e a derrocada da União Soviética (1991) e dos regimes comunistas do Leste Europeu, sendo um período marcado pela crescente interdependência de todos os atores econômicos globais – governos, empresas e movimentos sociais.

No entanto, para entendermos a globalização por sua perspectiva mundial, é necessário identificar a gênese deste fenômeno, que começou há muito tempo. Os primeiros passos rumo à conformação de um mercado mundial e de uma economia global remontam aos séculos XV e XVI, com a expansão ultramarina europeia. Quando Cristóvão Colombo chegou à América, em 1492, deu início ao que alguns historiadores chamam de primeira globalização. O mercantilismo estimulou a procura de diversas rotas comerciais da Europa para a Ásia e a África, cujas riquezas iriam somar-se aos tesouros extraídos das minas de prata e outro do continente americano.

Essas riquezas forneceram a base para a Revolução Industrial, no fim do século XVIII, que com o tempo desenvolveu o trabalho assalariado e o mercado consumidor. As descobertas científicas e a expansão dos setores industrializados possibilitaram o desenvolvimento da exportação de produtos.

Em consequência deste novo panorama surgiram, em fins do século XIX, as corporações multinacionais, industriais e financeiras, que iriam reforçar-se e crescer no século seguinte. O mercado mundial estava, então, atingindo todos os continentes. A interdependência econômica entre as nações tornou-se evidente em 1929, ocasião em que se deu a quebra da Bolsa de Valores de Nova York, originando a depressão econômica que teve consequências negativas em todo o planeta.

No mesmo século XX, é importante ressaltar o fenômeno da Revolução Russa de 1917, considerado um dos acontecimentos mais importantes do referido século, quando pela primeira vez um país derrubou um sistema capitalista e caminhou em direção ao comunismo, regime em que os meios de produção, como fábricas e as fazendas, deixam de serem propriedades particulares e se tornam propriedades sociais, pertencentes ao Estado.

Com avanço da industrialização ampliou-se o número de operários, impulsionada de fora pelo capital financeiro europeu, pressionada pelo descontentamento no campo e por greves de cidades; a elite Russa preferiu manter-se vinculada à velha aristocracia feudal.

Em 1989 ocorre a queda do Muro de Berlim, marco da derrocada dos regimes comunistas no Leste Europeu. Nos anos, seguintes, esses países serão incorporados ao sistema econômico mundial. A própria integração econômica acentuou-se a partir dos anos 1990, por intermédio da revolução tecnológica, especialmente o setor de telecomunicações. A Internet, rede mundial de computadores revelou-se a mais inovadora tecnologia de comunicação e informação do planeta. A troca de informações (dados, voz e imagens) tornou-se quase instantânea, o que acelerou muito o fechamento de negócios.

Ainda no período final do século XX, mais notadamente a partir de 1985, um fenômeno de natureza política teve forte impacto de natureza econômica. Com a burocracia em crise, iniciou-se um processo de reformas. O dirigente Mikhail Gorbatchov instituiu a Perestroika (Reestruturação), cujas mudanças abriam o país ao Capitalismo, e a Glasnost (Transparência), que levou ao abrandamento da censura. Em agosto de 1991, as três repúblicas bálticas – Lituânia, Letônia e Estônia se desligaram da URSS. Em Dezembro Gorbatchov renunciou e a URSS deixou de existir. As outras 12 repúblicas que compunham o país, entre as quais a Federação Russa, passaram a fazer parte da Comunidade dos Estados Independentes – CEI, fórum de coordenação política e econômica existente até hoje.

Movimentos como este e outros após a II Guerra Mundial retiraram diversos países de uma inserção direta no mercado mundial.

Com o passar do tempo os regimes comunistas passaram a sentir crescente pressão econômica e política, e foram se abrindo, gradualmente.

A globalização só foi possível de ser consolidada devido ao incremento da tecnologia. E esta, por sua vez, também tem sua dose de impacto na área de Logística, permitindo, por meio de técnicas adequadas, uma nova organização e estruturação dos sistemas logísticos.

Foram muitos os avanços logísticos de lá para cá. Temos história pra contar, afinal de contas viramos o século, ficaram para trás alguns mitos, empresas quebradas, outras que surgiram no lugar, novas formas de comércio, novas formas de trabalho, novas estratégias e políticas.

Ideias e planos tidos como inovadores, alguns hoje já são ultrapassados, pois os cenários logísticos mudam, e não podemos parar e evoluir e entendê-los.

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