Pedágios

Não resta dúvida de que todo aquele que utiliza uma rodovia, deve pagar para que se tenham as vias em boas condições, entretanto no estado de São Paulo os pedágios são simplesmente absurdos, uma vez que o governo paulista além de não investir em estradas ainda fatura com as concessionárias, transferindo os custos para nós, os usuários.

Senão vejamos o exemplo a seguir. Um conjunto de cavalo mecânico e carreta baú que custa R$ 360.000,00, já com os pneus, rodando 300 km pela Via Anhanguera, gasta de pedágios entre São Paulo e Ribeirão Preto, R$ 297,00 no percurso de ida e outro tanto na volta, perfazendo diariamente o valor de R$ 594,00. Este conjunto fazendo 22 viagens por mês, gasta R$ 13.068,00 de pedágios.

Tomando-se o valor do conjunto e dividindo-se pelo custo mensal de pedágios, teremos 28, que é o número de meses que “ entregamos “ o equipamento para a concessionária, muito antes de pagá-lo, visto que o transportador normalmente o adquire em 36, 48 ou 60 vezes.

Outros abusos devem ser considerados, como a cobrança pelos eixos levantado enquanto o conjunto transita vazio.

Mais um absurdo acontece no Rodoanel Mário Covas, que foi idealizado para tirar os caminhões do município e ter cobrança somente nas saídas, porém há também os pedágios de barreira, aquele que existe no meio da rodovia em todas as faixas, que no meu entender é indevido. Aliás, quando o Rodoanel foi concebido o então governador prometeu que não haveria cobrança para caminhões.

Muito embora tenhamos em São Paulo as dez melhores rodovias do país, todas elas concessionadas, o pedágio acaba se tornando o segundo item nos custos da planilha do transporte ficando atrás apenas do diesel, aumentando significativamente o “ Custo Brasil “, uma vez que 60 % das riquezas do pais, circulam pelas estradas paulistas.