Privatização do Correio

Uma das primeiras atitudes do atual presidente interino Michel Temer, foi a de se posicionar a favor das privatizações de empresas estatais a começar pelo Correio, no que concordo plenamente.

O Correio ao longo da administração petista apresentou um péssimo resultado como negócio, não só pela administração, como pelo serviço prestado.

No correr dos anos, mostrou-se ineficiente no aspecto financeiro, pois apesar de ter o “ monopólio postal “, que no meu entender teria a exclusividade das entregas de correspondências, passou a exercer uma concorrência predatória aos transportadores rodoviários de cargas, passando a transportar encomendas, com a desculpa de que com essa receita extra, faria frente aos custos das entregas na última milha do território brasileiro.

O que vemos na realidade, é que o Correio não recolhe impostos federais tais como, Pis, Cofins, Imposto de Renda e Contribuição Social sobre o Lucro Líquido, ICMS, no âmbito estadual, ISS e pasmem, o IPTU sobre os espaços alugados nos municípios em que se instalam, e ainda sem concorrência, está fazendo toda a logística da Olimpíada.

Além disso, seus veículos não precisam obedecer a parada em barreiras fiscais e balanças de qualquer estrada e tão pouco as restrições municipais tais como o rodizio em São Paulo.

Concorre portanto em condições desiguais e ainda se dá ao luxo de apresentar um prejuízo absurdo que acaba sendo absorvido pelo governo e em última análise por nós, os cidadãos brasileiros.

Durante a minha gestão como presidente do SETCESP, ingressamos com uma ação por concorrência desleal no CADE e que após três agravos por parte do Correio, acabou por transformar-se em inquérito, que não tenho dúvidas irá prosperar, fazendo com que voltem a fazer aquilo que está preconizado em sua atividade ou seja, entrega de correspondências, deixando para os transportadores a atividade de transporte rodoviário de bens.

Por fim, espero sinceramente que este governo privatize não só o Correio, como a Petrobrás e as mais de cem empresas e bancos existentes no Brasil, seguindo o exemplo dos Estados Unidos onde a única empresa estatal é a Nasa !