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Conteúdo 10 de dezembro de 2003

Correios oferecem linha especial de serviços

Em 1999, nos fizemos uma pergunta
básica: o que podemos fazer para ajudar o processo exportador
brasileiro? Realizamos um grande diagnóstico das dificuldades
dos exportadores e vimos que, entre os problemas principais, três
deles poderiam ser foco de nossa atuação. Assim, reduzir
custos, propor uma solução logística e minimizar
a burocracia da exportação passaram a ser, também,
nossos desafios.”
A explicação de Djalma Lapuente da Rosa, chefe da
Divisão de Comércio Exterior e Vendas do Departamento
de Operações e Negócios Internacionais da Empresa
Brasileira de Correios e Telégrafos, é para justificar
a criação do “Exporta Fácil”, o
serviço de exportações da empresa que se constitui
em uma linha especial de serviços destinada a pessoas físicas
ou jurídicas que desejem exportar seus produtos para mais
de 200 países.
Rosa destaca que o serviço se baseia no fato de os Correios
serem “o maior operador logístico do Brasil, presente
em todas as cidades e com ligação com mais de 200
países. Além disso, tradicionalmente os preços
dos nossos serviços são menores, sem descuido da qualidade
desejada pelo mercado. O mais complicado foi resolver a questão
da burocracia”.

Burocracia
Ele informa que começaram fazendo o dever de casa. “Nós
simplificamos o processo postal. Nossos formulários foram
reduzidos de cinco para apenas um. Para enfrentar a burocracia externa
aos Correios, contamos com a participação decisiva
dos tradicionais órgãos do governo que cuidam do comércio
exterior brasileiro. A Secretaria da Receita Federal promoveu uma
grande simplificação nos procedimentos aduaneiros,
que deram origem à Declaração Simplificada
de Exportação – DSE, que é a base do ‘Exporta
Fácil’. A Secex – Secretaria de Comércio Exterior
modificou as normas legais e, assim, foi possível inserir
os Correios no processo de exportação. O Banco Central
harmonizou as normas cambiais e alterou o limite dos valores das
exportações simplificadas. O ‘Exporta Fácil’,
portanto, é fruto de uma grande parceria, no qual os Correios
são o operador logístico”.
Ainda de acordo com o chefe da Divisão de Comércio
Exterior e Vendas, a grande vantagem do “Exporta Fácil”
é levar a cultura da exportação a empresas
de qualquer lugar do Brasil. Antes, ele diz, somente empresas de
grandes cidades tinham acesso ao mercado internacional.
A verdade é que as pequenas empresas geralmente não
têm como investir em uma estrutura própria dedicada
à exportação. Contratar serviços de
terceiros nem sempre é viável, continua Rosa.
“Assim, poder contar com a dedicação de várias
entidades governamentais e paragovernamentais para ajudá-la
a trilhar, da melhor forma possível, o caminho no comércio
exterior é um privilégio. Já é uma forma
de começar bem.”
Além do apoio institucional, outra questão importante
é que pequenas empresas geralmente trabalham com pequenos
volumes de exportação para seus clientes, o que “casa”
com a característica básica do “Exporta Fácil”:
remessas de mercadoria de até US$ 10.000,00 por pacote. Além
disso, como os Correios fazem o trâmite aduaneiro, já
dispensam investimentos em estrutura de exportação.
O serviço foi criado no final de 2000. Desde então, vem apresentando um crescimento de mais de 100% ao ano em valores exportados, segundo o chefe da Divisão de Comércio Exterior e Vendas. “Pelo que já realizamos até setembro de 2003, podemos afirmar que continuaremos a crescer nesse mesmo nível. Isso é um indicativo que o mercado tem entendido muito bem a proposta dos Correios para as exportações nacionais. Mas o projeto continua a avançar”, destaca Rosa.
Ele completa afirmando que o serviço conta com cerca de 2.000 clientes em carteira, dos quais mais de mil fazem exportações regularmente. “Importante dizer que, desse total, cerca de 90% são pequenas e médias empresas”, conclui.

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