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Empilhadeiras 28 de janeiro de 2019

Distribuidor: Perspectivas para 2019 são de crescimento, com atendimento de novos setores

O otimismo também é a regra neste segmento. Afinal, muitos usuários destas máquinas iniciaram estudos para renovação de sua frota, inclusive aqueles que há muito estavam com seus investimentos congelados.

 

Também no setor de distribuição de empilhadeiras, o ano de 2018 foi marcado pela gangorra de “altos e baixos”.

“Dois mil e dezoito foi um ano com baixas expectativas, devido à crise econômica e à incerteza política. O ano começou com baixos faturamentos de empilhadeiras, peças e serviços. Somente a locação se manteve estável, devido aos nossos contratos de longo prazo e algumas locações de curto prazo. Porém, em março percebemos um aumento na venda de peças e serviços, sendo até então nosso melhor mês do ano. Porém, logo em seguida veio a greve dos caminhoneiros, que fez de maio o nosso pior mês do ano. Em junho, como reflexo da greve dos caminhoneiros houve um aumento, devido às pendências do mês de maio. A partir de julho de 2018 percebemos uma reação no mercado, principalmente no setor de venda de empilhadeiras, onde nosso crescimento até o momento é de 60% comparado ao primeiro semestre de 2018.” A análise é de Gustavo Yamada Ito, gerente comercial da Nova Fase Máquinas (Fone: 41 3344.4988).

Eduardo Makimoto, diretor da Aesa Empilhadeiras (Fone: 11 3488.1466), também relata o que a sua empresa passou em 2018. Foi um ano de adaptações, de reorganização e reestruturação de alguns departamentos para manter a sua estrutura, como um todo, sólida.

Segundo Makimoto, o setor de venda de máquinas novas vem sofrendo queda há alguns anos, com isso, reestruturaram o setor de serviços e peças, com aumento significativo de faturamento, sustentando, assim, a distribuição neste período. Já no final de 2018, após as eleições, houve uma expressiva melhora no setor de máquinas novas. “Acreditamos que o mercado se tornou confiante e está aumentando os investimentos no país”, comemora o diretor da Aesa.

De fato, segundo Jean Robson Baptista, do Departamento Comercial da Empicamp Empilhadeiras (Fone: 19 3756.2100), o mercado voltou a acreditar, já antes da eleição, e este otimismo teve continuidade. “Tivemos um início de ano bastante proveitoso, que se manteve até meados de agosto. As eleições causaram expectativas que esfriaram a comercialização em geral, mas a locação de equipamentos continuou presente. Estamos agora em um momento de retomada, que deve se consolidar melhor neste ano que se inicia. Percebemos pela quantidade de cotações de equipamentos que voltaram a ser solicitadas.”

Marcelo Travain Ayub, gestor de unidades da JM Empilhadeiras (Fone: 14 3262.1130), conta que, mesmo diante das incertezas das eleições e dos momentos de oscilação do mercado que ocorreram durante o ano, fecharam 2018 com um aumento expressivo, tanto em locações como em vendas, que passou dos 10%.

Finalizando, Joaquim Costa, gerente comercial de máquinas da Somov (Fone: 11 4772.0800), destaca que 2018 foi uma ano difícil para o mercado de empilhadeiras. “Embora tenhamos notado um crescimento no volume de negócios, os processos de decisão de compras foi muito extenso na grande maioria dos casos. Os mercados de locação e de máquinas seminovas foram os que mais cresceram em 2018 e o segmento varejista continuou demonstrando força, como foi em 2017. Foi um ano marcado pelas incertezas políticas que seguraram por muito tempo os investimentos. Com a definição mais clara do cenário político, tivemos uma retomada das principais negociações no ultimo trimestre de 2018 e o retorno dos investimentos.”

 

O que esperar deste ano

Sobre as perspectivas para o segmento de empilhadeiras em 2019, Makimoto, da Aesa Empilhadeiras, alega que a tendência é de contínuo crescimento, fomentado pelos novos planos econômicos e políticos. “Temos diversos negócios aguardando fechamento para este ano. Acreditamos que a venda de máquinas novas, peças e serviços iniciará um novo ciclo de crescimento em 2019.”

De fato, Jean, da Empicamp, aponta que, com a retomada iniciada em 2018, esperam um 2019 melhor que o ano passado, já que vários projetos que aguardavam o término do período eleitoral estão sendo retomados e, com isso, esperam uma melhor participação de equipamentos de movimentação.

Costa, da Somov, traça as suas perspectivas para este ano olhando para as projeções dos últimos meses de 2018 e acredita em um crescimento importante para 2019. Afinal, aponta ele, muitos grandes clientes iniciaram estudos para renovação de sua frota de máquinas, clientes que há muito estavam com seus investimentos congelados. A indústria de caminhões, por exemplo, que tem um comportamento muito parecido com o mercado de empilhadeiras, reportou um grande crescimento nos números de 2018. Este crescimento deve impactar de maneira positiva o mercado de empilhadeiras.

Considerando o fato de trabalharem com clientes de segmentos distintos e variados, e que hoje tanto uma grande indústria como um supermercado de médio porte utilizam empilhadeiras para fazer a movimentação interna de cargas, Ayub, da JM Empilhadeiras, afirma que só enfrentarão quedas mais abruptas se houver uma recessão generalizada em todos os setores da economia. “Mas, diante do novo quadro político estamos muito otimistas e acreditamos que em 2019 teremos um crescimento maior que em 2018.”

Outro otimista, Ito, da Nova Fase, diz que têm uma projeção de crescimento em torno de 20%, comparado a 2018, levando em consideração os investimentos programados pelas grandes montadoras e os portos e a demanda reprimida nesses anos de crise. “Acreditamos que esses 20% sejam em uma retomada gradativa que já vem acontecendo desde o final do ano passado e que irá continuar em 2019.” Ele é complementado por Fábio Pedrão, diretor executivo da Retrak Comércio e Representações de Máquinas (Fone: 11 2431.6464), que acredita em um crescimento do setor entre 5% e 10% sobre 2018.

 

Inovações nas máquinas

Aproveitando esta análise do segmento de distribuição (vendas) de máquinas, os participantes também analisam as inovações em relação às empilhadeiras, em termos de tecnologia embarcada e outros fatores.

Por exemplo, Makimoto diz que a Aesa está investindo em novas tecnologias, como empilhadeiras autônomas e baterias de lítio – tecnologias ainda embrionárias, mas que tendem a evoluir com a maior demanda do mercado, acredita. “Estamos tendo bons resultados nos clientes que aderem à nova tecnologia de baterias de lítio. Vemos que será um dos pontos fortes da Aesa para este ano.”

Ayub, da JM Empilhadeiras, diz que tem presenciado nos últimos anos um avanço tecnológico expressivo, sobretudo nas empilhadeiras elétricas. Como há uma demanda cada vez maior por este tipo de equipamento, os fabricantes investiram e investem para melhorar o desempenho e a eficiência técnica destas máquinas. E hoje temos, se comparado há dez anos, equipamentos elétricos com muito mais força e desempenho operacional.

O gestor de unidades da JM Empilhadeiras diz que também perceberam avanços na questão da segurança. De acordo com ele, hoje temos muito mais dispositivos inteligentes que garantem não só a eficiência, mas também a segurança das operações e dos operadores.

“Cada vez mais as máquinas são equipadas com dispositivos que visam ao aproveitamento de 100% do tempo de seu uso”, acrescenta Pedrão, da Retrak, que também relaciona como inovações os softwares de gestão, que permitem acompanhar por quantas horas é utilizado cada equipamento – o objetivo é reduzir o número total de equipamentos, aproveitando a sazonalidade de outros.

Costa, da Somov, também destaca que os principais pontos de inovação demandados pelos clientes são no sentido de automação de suas operações e nas novas tecnologias de baterias para máquinas elétricas. Ainda muito direcionadas por suas matrizes, muitas empresas vem solicitando estudos neste sentido, mas fatores ligados à infraestrutura ainda são limitantes.  “O crescimento operacional de muitos segmentos que já voltam a operar em mais de um turno pode acelerar e justificar economicamente estas mudanças.”

Pelo seu lado, Jean, da Empicamp, diz que percebem um olhar do fabricante mais voltado a opções mais robustas.

Ele explica: “O momento é positivo para investimentos, a Selic se manteve e os bancos estão em busca desses investidores. O governo no momento não está subsidiando como antes, o que torna os bancos privados mais atrativos. Tudo isso corrobora para que fabricantes olhem menos para componentes mais baratos e de qualidade inferior, para trazer produtos de mais qualidade e valor agregado. Com isso notamos várias marcas investindo em tecnologia para melhoria de sua frota de venda. São várias as fontes, Ásia, Europa as principais. Essa busca de melhorias tem mudado os equipamentos, no que refere à qualidade e robustez. O mercado nacional também embarcou nessa, com alterações em componentes como motores e controladores que se mostram mais confiáveis. Quem não o fizer, poderá ficar para traz.”

 

Novos nichos

Quais seriam, na opinião dos distribuidores, os novos nichos de mercado que estão usando empilhadeiras? E quais as mais vendidas?

Jean, da Empicamp, diz que estamos passando por uma transição na aplicação de equipamentos. A palavra de ordem é “espaço”. A busca de otimização de espaço tem feito com que muitos consultores de logística, clientes de operações de porte e Operadores Logísticos resignifiquem o conceito de aplicação de equipamentos. “Notamos um cliente mais atencioso ao ganho de corredores, alturas de armazenagem e espaço de movimentação.”

Hoje – continua Jean –, o cliente não é mais obrigado a se adequar ao que o mercado de equipamentos de movimentação oferece, o conceito foi aberto e os fabricantes responderam com equipamentos para customização de espaço, tempo e mão de obra. Isso volta o olhar ao verdadeiro protagonista da logística, o produto do cliente, não os equipamentos de movimentação. Com isso, equipamentos VNA (para corredores estreitos), multidirecionais para cargas longas ou fora do padrão e movimentadores universais (para contêiner) ganham cada vez mais espaço em operações brasileiras.

“Como dissemos anteriormente, além das grandes indústrias que sempre tiveram esta demanda por equipamentos de movimentação interna de cargas, agora as pequenas e médias empresas, tanto do setor industrial, como de varejo e de serviços, também estão incorporando essas soluções em suas operações para agilizar seus processos internos e poderem se tornar mais eficientes e competitivas.”

Esses novos segmentos – ainda segundo Ayub, da JM Empilhadeiras – estão fomentando as vendas de equipamentos elétricos menores, que operam em corredores estreitos e espaços reduzidos, e que não emitem gases poluentes – sendo indicados para atuar em espaços fechados.

A Clark possuía pouca participação no mercado de empilhadeiras elétricas, porém, em 2018, alinhou os produtos e a Nova Fase Máquinas teve ótimas vendas de equipamentos elétricos, o que a levou a um mercado que até então não vinha atendendo, principalmente no que diz respeito às transpaleteiras elétricas com torre. “Com isso atendemos a demanda principalmente dos clientes de alimentos e que possuem necessidade de um equipamento menor que a empilhadeira contrabalançada elétrica”, completa Ito.

Com a crise estabelecida no Brasil, as empresas tiveram que reduzir seus custo, o que implica em modernizar e ajustar seus processos. Com isso houve um aumento significativo na venda de equipamentos elétricos, principalmente nos setores agropecuários e alimentícios. “Vemos uma mudança gradativa também em grandes empresas que veem optando por substituir seus equipamentos a combustão por empilhadeiras elétricas. Grande parte por redução de custos de combustível e manutenção”, completa Ito, da Nova Fase.

 

O que as empresas oferecem

Aesa: Além de distribuir toda a linha de equipamentos Clark no mercado do grande ABC e baixada santista, a empresa possui um estoque de mais de 300 equipamentos seminovos para venda, oriundos da renovação da frota de rental.

Empicamp: Trabalha com a marca Combilift e também oferece equipamentos para armazéns, como retráteis, patoladas e transpaleteiras da marca SAS Empilhadeiras. Vende equipamentos novos e usados e também loca esses equipamentos.

JM Empilhadeiras: É representante oficial do KION Group, que fabrica as empilhadeiras Linde e STILL. Além de assistência técnica e venda de peças e assessórios, atua com a venda e locação de equipamentos novos e seminovos.

Nova Fase: É distribuidor Clark no Estado do Paraná e leste de Santa Catarina. Comercializa máquinas novas da marca Clark e usadas multimarcas.

Retrak: Trabalha 100% com máquinas da KION Group (Linde-STILL). Também atua com locação.

Somov: Distribui no Estado de São Paulo as marcas Hyster e Yale, e na região Centro-Oeste, Norte e no Estado no Maranhão a marca Hyster. Oferece também máquinas seminovas que têm origem na renovação de seus contratos de locação e locação de máquinas novas e seminovas atendendo, neste caso, todo o território nacional.

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