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Fabricantes 28 de janeiro de 2019

Fabricantes: Final de 2018 já mostrou sinais de crescimento do mercado, que deve continuar em 2019

Otimistas com a mudança de governo e confiantes nas novas medidas econômicas, representantes do setor acreditam que o crescimento ascendente nas vendas iniciado no último trimestre de 2018 deve continuar em 2019.

 

A exemplo dos demais segmentos da economia, o mercado brasileiro de empilhadeiras apresentou, nos últimos anos, retrações resultantes da crise econômica pela qual o país passa. Mas, há sinais claros de recuperação.

Senão vejamos: Em 2016, o mercado chegou a 9.800 unidades produzidas; em 2017, a 14.500 unidades; e, em 2018, a previsão é que tenham sido produzidas 18.000 unidades. Para 2019, está prevista a produção de 19.000 unidades.

É importante destacar que, em 2018, o mercado de empilhadeiras será 24% maior que de 2017, o que permite comemorar uma recuperação com cautela, pois ainda estamos muito distantes do melhor momento do mercado, que ocorreu em 2013, com mais de 24.000 unidades produzidas.

Porém, ninguém melhor que os próprios fabricantes de empilhadeiras para falar sobre este segmento, nesta matéria especial sobre empilhadeiras de Logweb, que já se tornou tradicional e referência no mercado.

 

Como foi 2018

Roberto Fernandes, administrador da Byg Transequip Indústria e Comércio de Empilhadeiras (Fone: 11 3583.1312), destaca que devido à retração econômica e ao baixo nível de investimentos em 2018, não foi possível um crescimento no setor de empilhadeiras, “mas conseguimos manter os níveis de 2017”.

Fernandes também lembra que 2018 foi um ano difícil de trabalhar: começou com os números bem abaixo do esperado, devido aos diversos fatores políticos e econômicos, situação que foi revertida no segundo semestre, quando notaram um aumento significativo nas vendas e serviço. “Com tudo isso buscamos nos estabilizar o máximo, obtendo, assim, resultados positivos em relação ao mercado e nos estruturando para o aumento e a projeção esperada em 2019.”

De fato, na opinião de Murilo Marin, gerente de vendas da KION Group South America (Foto: 11 4066.8100) – que fornece empilhadeiras das marcas STILL, Linde e Baoli – no início do ano, após mudanças na política econômica, havia uma expectativa de melhora em relação a 2017, mas no decorrer do ano houve alguns contratempos que impactaram nas previsões iniciais, gerando oscilações especialmente no final do 1º semestre. Em contrapartida, no último trimestre a aceleração da economia foi muito positiva, e o ânimo no mercado encorajou a continuidade de novos investimentos em diversos segmentos da indústria, gerando o aumento da demanda e fazendo com que as previsões iniciais da empresa se confirmassem. “Ou seja, 2018 marcou a retomada de crescimento em nossa indústria, mesmo que ainda aquém da nossa expectativa, e finalizamos o ano com uma perspectiva positiva, alterando o cenário instável de altos e baixos que tivemos no decorrer de 2018”, completa Marin.

Mauro Arrais, diretor de operações da Clark Material Handling Brasil (Fone: 19 3856.9098), também aponta um suave crescimento do mercado em 2018, principalmente no segundo semestre. Para ele, o ano poderia ter sido muito melhor caso não fosse um ano de eleição, fato que manteve o compasso de espera para muitos empresários, tanto brasileiros quanto estrangeiros.

“O mercado apresentou evolução positiva e cresceu 23% de janeiro a setembro de 2018, na comparação com o mesmo período do ano anterior”, comemora Vigold Georg, diretor geral da Jungheinrich Brasil – Jungheinrich Lift Truck (Fone: 0800 819.9001), que fornece empilhadeiras das marcas Jungheinrich e Ameise.

Também otimista, Denis Dutra de Oliveira, CEO da Paletrans Empilhadeiras (Fone: 16 3951.9999), destaca que 2018 foi um ano bom, se comparado com os últimos três anos: houve crescimento de demanda, principalmente no último trimestre, o que elevou as expectativas da empresa no que se refere ao fechamento do exercício.

E Luis Humberto Ribeiro, diretor da Zeloso Indústria e Comércio (Fone: 11 3694.6000), destaca que, por ter sido um ano difícil para os fabricantes de maquinas e equipamentos em geral, a sua empresa procurou trabalhar em um nicho de empilhadeiras especiais, desenvolvendo soluções especiais para movimentação de carga, incluindo diversos aplicativos. Também trabalharam focados em empilhadeiras em aço inox para as indústrias alimentícia, química e farmacêutica.

 

E 2019

Considerando que no fechamento de 2018 o setor já apresentava uma ligeira recuperação, quais são as perspectivas para 2019?

“Para o primeiro semestre de 2019 trabalhamos com a expectativa de termos um mercado muito parecido com o segundo semestre 2018. Mas não podemos esquecer que ainda nos deparamos com um cenário onde muitas indústrias reduziram muito sua capacidade produtiva e a retomada requer algum tempo. Mas apostamos na recuperação econômica e buscaremos alternativas em outros segmentos, cuja projeção de crescimento é de 10%, principalmente motivada pelo envelhecimento da frota nacional, projetos especiais, locações de equipamentos hidráulicos, contratos de manutenções preventivas/corretivas e locações de equipamentos hidráulicos, o que há algum tempo tornou-se tendência de mercado”, comenta Fernandes, da Byg Transequip.

Também para Georg, da Jungheinrich, a previsão para 2019 é de crescimento de 10%. Parte significativa deste resultado virá do segmento varejista. “Vemos uma tendência de substituição de equipamentos a combustão pelos equipamentos elétricos com uso da bateria de chumbo-ácido ou com a tecnologia da bateria de lítio. Afinal, os equipamentos elétricos, além de serem mais econômicos, também estão 100% alinhados com o posicionamento estratégico das empresas em relação à sustentabilidade e segurança”.

Já no caso da Clark, segundo Arrais, a expectativa de crescimento em vendas é da ordem de 25%, “principalmente pelo bom resultado de nossos equipamentos elétricos e de lançamentos que ocorreram em 2018”.

Sem citar previsões de crescimento, Marin, da KION, lembra que estabilidades política e econômica são as motrizes necessárias para gerar confiança, estimular o consumo e, por consequência, novos investimentos.  “É um ciclo virtuoso que certamente nos trará grandes oportunidades, gerando uma curva de crescimento em relação aos anos anteriores. Nossa perspectiva é de que o ano de 2019 irá continuar com a curva de crescimento ascendente em relação a 2018, que já foi melhor que em 2017.” Segundo ele, o mercado brasileiro está em constante transformação, se comparado ao mercado europeu, que é um mercado maduro. Por isso, ele acredita que se abrirão muitas oportunidades para os próximos anos.

Perspectiva parecida tem Oliveira, da Paletrans, que prevê um crescimento bastante semelhante ao do quarto trimestre de 2018: mais gradual ao longo da primeira metade do ano e acentuando mais no segundo semestre, em se implementando as novas políticas econômicas propostas pelo novo governo eleito. “A se considerar a demanda comprimida em 2018 na área de investimentos, acreditamos que em 2019 o mercado de empilhadeiras tenha uma melhora razoável”, acrescenta Ribeiro, da Zeloso.

 

Inovações

Os participantes desta matéria especial também falam das inovações em relação às empilhadeiras, em termos de tecnologia embarcada e outros fatores.

Falando de um modo amplo, o diretor geral da Jungheinrich diz que a tendência mundial é de automatização. No Brasil, também tem se verificado um aumento na análise de projetos de automatização, não somente daqueles voltados para armazéns autoportantes – o que já é uma realidade no País –, mas na automatização de equipamentos de intralogística, como, por exemplo, selecionadoras de pedidos, transpaleteiras, rebocadores, empilhadeiras, entre outros.

“O mercado brasileiro pode contar com a Jungheinrich como um fornecedor único, já que estamos preparados para implementar tanto projetos de armazéns autoportantes como projetos de automatização com equipamentos de intralogística em qualquer operação brasileira”, diz Georg.

Ainda segundo ele, existem também várias soluções de automatização parcial, baseadas na interligação do equipamento com o WMS (Sistema de Gerenciamento de Armazém). O equipamento monitora em tempo real sua posição no armazém e processa as informações do WMS. Com estas informações, o equipamento pode indicar ao operador o caminho mais curto, definir a altura correta de elevação ou até parar sozinho na posição correta do palete. A grande vantagem: a tecnologia ajuda a chegar à posição final mais rápido e, ao mesmo tempo, evita o armazenamento ou a retirada de produtos na posição errada.

Ainda em se tratando de tecnologias, Oliveira, da Paletrans, lembra que estas e as inovações em curso, assim como as planejadas pela empresa, estão, em suma, relacionadas e conectadas às demandas da indústria 4.0, possibilitando conectividade, gerenciamento real time e maior produtividade nas operações dos clientes. E, ainda nesta linha, Ribeiro, da Zeloso, aponta os aplicativos desenvolvidos para atender às movimentações diferenciadas.

Um dos focos e tendências da Byg Transequip está voltado para projetos especiais, devido a uma grande necessidade de mercado em desenvolvimento de novos produtos automatizados e personalizados. “Procuramos aplicar tecnologias de ponta, como sensores e controladores de movimento, de modo a garantir segurança e produtividade para os usuários, com redução de custo operacional”, destaca Fernandes.

Já a Clark tem um processo de melhoria contínua, seja nas empilhadeiras movidas a GLP e a Diesel, “que são cada vez mais robustas e mais econômicas”, seja na linha de máquinas elétricas, “com um amplo enxoval de itens de segurança e produtividade disponível”, comenta Arrais. Hoje, no Brasil, a empresa oferece, para suas empilhadeiras elétricas, a opção de bateria de íon de lítio.

Marin lembra que para cada situação a KION oferece soluções diferenciadas, com tecnologias especificas para atender às necessidades de acordo com as exigências de seus clientes.

“Citando alguns exemplos, quando falamos em máquinas elétricas possuímos baterias Li-Ion com durabilidade superior a ofertada pelo mercado. Para empresas que possuem necessidade de gestão da frota possuímos o Fleet Manager, onde poderão medir o desempenho de seus operadores, o nível de utilização por equipamento e a produtividade, além de outros inúmeros relatórios possíveis, onde nossos clientes poderão de fato profissionalizar a gestão dos seus equipamentos com inteligência de informação, tendo como benefício aumento da produtividade e diminuição de custos. Ainda em se tratando de equipamentos elétricos, nossos equipamentos possuem de série uma tecnologia chamada Blue Q, um item patenteado e exclusivo dos equipamentos STILL que otimiza as características de condução e também atua no acionamento inteligente dos recursos elétricos auxiliares, onde o resultado é a economia de energia, que pode chegar a até 20% nas máquinas contrabalançadas elétricas e a 10% nas retráteis, ou seja, maior autonomia para as baterias gerando maior produtividade.”

Ainda segundo o gerente de vendas da KION, em se tratando de equipamentos a combustão da STILL há a família RC44, produzida no Brasil em sua fábrica em Indaiatuba, SP, “onde destaco o sistema de freio lamelar com baixíssimo custo de manutenção, e para a marca Linde destaco o inovador e único sistema hidrostático que propicia menor custo de manutenção, maior produtividade e menor consumo de energia”.

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