Grupo Martins fatura R$ 110 milhões em 2015

27/01/2016

Embora 2015 tenha sido um ano de redução do consumo, com queda de vendas e de faturamento em quase todos os segmentos da economia, o Grupo Martins conseguiu encerrar esse período com fôlego. O Grupo apurou um faturamento total de R$ 110 milhões no ano passado, aproximadamente 20% acima do resultado atingido em 2014.  Esse bom desempenho se deve em grande parte ao crescimento do movimento dos clientes das carteiras de exportação, que intensificaram as suas operações em decorrência da alta do dólar e da queda de demanda do mercado interno.

O Grupo Martins atua há quase 28 anos no comércio exterior e está entre os dez maiores operadores logísticos do Brasil. O único a contar com estrutura própria em toda a cadeia do segmento.  “Nossa carteira de clientes de exportação sempre foi historicamente muito menor do que a de importação. Isso começou a mudar já no início do ano passado. Nossos clientes costumavam exportar um total de R$ 5 milhões, esse montante pulou para R$ 50 milhões em meados de 2015 e fechou dezembro em R$ 70 milhões”, comenta Lourival Martins, fundador e presidente do Grupo. A expectativa é, seguindo esse ritmo, que esse valor chegue a R$ 100 milhões no final do primeiro semestre de 2016.

O incremento nas operações de exportação dos clientes representou 35% do faturamento total do Grupo. Lourival Martins viu, então, a oportunidade de montar uma área de agenciamento de carga, o único elo que faltava para fechar o clico da cadeia de serviços do comércio exterior. “Era um projeto antigo. Nós tínhamos tudo organizado, todos os contatos necessários e pessoal qualificado à disposição. E sempre deixávamos para depois.  Mas com o volume de exportações aumentando nessa velocidade, o momento era o ideal”, explica.  Em pouco mais de seis meses de atuação, a área de agenciamento de carga do Grupo já representa 20% do faturamento total.

“Ao prestar um serviço com estrutura própria em toda a cadeia, e com a inclusão do agenciamento de carga, pudemos oferecer uma operação com redução de 15% a 20% de custos logísticos para os clientes. Isso foi muito significativo em um ano de crise. O meu cliente ficou mais competitivo”, analisa Martins. “Esse foi talvez o nosso grande diferencial no ano passado, que refletiu no faturamento total do Grupo”, avalia.

IMPORTAÇÃO

Sem frustrar nenhum prognóstico, a Martins viu sua carteira de clientes de importação enxugar no ano passado, com queda de 22%. “Não teve jeito. O preço do dólar inviabilizou muitas operações. O importador, nosso tradicional cliente, pisou forte no freio”, assume Lourival Martins.  A queda nas importações e o crescimento nas exportações em 2015, acabou por equilibrar o resultado do setor de distribuição. Nesse segmento, a Martins atende clientes do porte da C&A e Grupo Abril. “Esperávamos crescer um pouco mais na distribuição, mas fechamos o ano com o mesmo faturamento de 2014”, comenta Lourival. O Grupo conta com uma frota própria de 100 veículos, a maioria modernos carros Volvo.

OPERAÇÃO DE GUERRA

O resultado positivo de 2015 e as previsões de que a crise econômica não é passageira, levam o Grupo Martins a apostar que este ano será das exportações. “Com o dólar ainda em alta, inflação e retração do consumo, a indústria nacional só tem a saída de ir buscar mercado lá fora”, acredita Lourival Martins.  Para atender a essa provável demanda, a Martins montou uma operação de guerra que envolve o agenciamento da carga, transporte e armazenagem da mercadoria no Centro de Distribuição de Poá. “O cliente só produz. Nós pegamos a mercadoria na porta da fábrica e entregamos em qualquer lugar do mundo onde ele indicar”, garante o presidente do Grupo.

As importações não serão esquecidas. O Grupo avalia que pode aquecer a carteira com serviços diferenciados como consultoria tributária e fiscal, aconselhamento de operações de drawback e redução dos custos logísticos, a partir da utilização da sua própria estrutura, como armazenagem e transporte. “Muitas indústrias não sabem que podem importar, principalmente maquinário pesado, com benefício tributário. As operações de drawback ainda são pouco usadas e temos condições de reduzir os custos logísticos das importações de muitas empresas”, pontua. Para ele, com preço do dólar ainda em alta neste ano, pequenos acertos podem trazer competitividade ao importador.

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