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Investimento 26 de agosto de 2016

Guindaste impulsiona movimentação no Pecém

Diferente do que vem ocorrendo em outros portos do Brasil, que vêm apresentando redução no volume de cargas, a expectativa é de que o Porto do Pecém registre crescimento de 20% na movimentação de contêineres neste ano, superando os 180 mil TEUs movimentados em 2015. Entre os fatores para este crescimento está o início das operações dos novos guindastes da APM Terminals, empresa do grupo dinamarquês Maersk que investiu R$ 100 milhões no Porto do Pecém neste ano.

“O Porto do Pecém está na contramão do País”, afirma Ricardo Arten, diretor superintendente da APM Terminals no Brasil. Apenas em junho, quando os dois novos guindastes do tipo STS (Ship to Shore), começaram a operar, ainda em fase de comissionamento, o porto registrou um crescimento de 26% no volume movimentado, em comparação com junho de 2015. Os equipamentos ainda estão em fase de testes e ajustes, aguardando a liberação do berço 8, onde estão instalados.

Aumenta produtividade

“Esses equipamentos são os maiores que a gente tem em operação no Brasil. No mundo, temos alguns que são um pouco maiores do que esses”, diz Arten. “Queremos fazer com que a produtividade saia do patamar de 25 contêineres por hora para uma média de 65 por hora. Assim, em vez de descarregar um navio com 1 mil TEUs em 40 horas, você pode diminuir esse tempo para menos de 20 horas, o que é bom para o armador”.

Com aproximadamente 87 metros de altura e 1.600 toneladas, os guindastes torna o Porto do Pecém um dos únicos do país com capacidade para operar navios de última geração (Ultra-Large Containerships), com 400 metros de comprimento, 56 metros de largura, 15,2 metros de calado, que podem carregar até 18 mil TEUs. Os equipamentos operam simultaneamente dois contêineres de 20 pés e um de 40 pés (unidade de medida padrão). A capacidade do guindaste é de 65 toneladas para contêineres e 100 toneladas para operar cargas especiais.

Investimentos

Além dos dois super-guindastes, o investimento de R$ 100 milhões inclui 15 terminal tractors (para movimentação interna de contêineres), e três empilhadeiras. “A gente faz operaçao de outros tipos de cargas, e temos investimentos em vista para fazer, em carga geral”, disse Arten. No entanto, ele diz que novos investimentos dependem do tipo de parceria que a Cearáportos, administradora do porto, fará com o Porto de Roterdã.

“É preciso que a gente veja o que vai acontecer”, ele diz. “Se for uma parceria mais robusta, aí será outra onda de investimentos, em um patamar um pouco mais diferenciado”, diz Arten. “Primeiramente, a nossa ideia é ter a melhor parceria com a Cearáportos”.

Hub de contêineres do NE

O diretor superintendente da APM Terminals trabalha com a perspectiva de que o Porto do Pecém se consolide como um hub de cargas do Nordeste. “A visão que nós temos é que esse porto vai ser o hub do Nordeste, acreditamos muito nisso. Hoje a gente já nota, que coisas que eram descarregadas em Santos estão sendo descarregadas aqui no Pecém. Já aumentou a quantidade de transbordo. Hoje o porto já tem tudo para que seja considerado um hub. O que precisa agora é convencer os armadores para utilizar o nosso porto”.

Fonte: Diário do Nordeste

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