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Cabotagem 21 de maio de 2015

Aliança expande atendimento à Região Norte e Hamburg Süd fecha 2014 com crescimento na movimentação

O aumento do fluxo logístico na cabotagem e no Mercosul fez a Aliança Navegação e Logística (Fone: 11 5185.5600) escalar, a partir de abril último, o porto de Vila do Conde, no Pará.

Reformulando seu serviço para o Norte, a companhia quer atender a expansão do uso da cabotagem para a região. De acordo com Gustavo Costa, gerente geral de cabotagem e Mercosul services da Aliança, o Pará passa por um momento de crescimento no consumo. Como as cadeias logísticas estão muito dependentes do modal rodoviário, o transporte costeiro surge com grande potencial de negócios.

“A inserção do modal cabotagem nestas cadeias logísticas só é possível com um serviço semanal e em dias fixos, que também permite a expansão do comércio exterior, com transbordo nos portos de Suape e Santos, conectando o Pará a todos os continentes”, afirma. A meta é atingir uma movimentação anual de 20.000 a 25.000 TEUS já em 2016.
Ali, a Aliança vai operar com a Santos Brasil, já parceira estratégica da companhia nos portos de Imbituba e Santos. No porto, os principais produtos transportados são dos segmentos de alimentação, bebidas, higiene e limpeza, materiais de construção e siderúrgicos.

O porto de Vila do Conde faz parte do serviço Anel 1, que conta com quatro navios com capacidade para 3.800 contêineres cada e dois navios de 4.800 contêineres. A rota desse serviço é a de maior capilaridade da companhia – atua do Rio Grande até Manaus – atendendo o mercado paraense e conectando com os serviços do Mercosul e, também, para as Américas, Europa, Ásia e Oriente Médio, na exportação e importação.

Novos navios e transporte multimodal

A Aliança também investiu em navios. Mais precisamente, R$ 700 milhões na compra de seis novos portacontêineres, com capacidades que variam de 3.800 a 4.800 contêineres.

Agora, o foco será na melhoria de infraestrutura terrestre. A ATM – Aliança Transporte Multimodal, empresa criada pela Aliança, ampliou sua infraestrutura para recebimento, armazenagem, paletização, consolidação, desconsolidação e entrega de cargas a partir dos portos de Itapoá, em Santa Catarina e Chibatão, em Manaus, AM
A ATM Transporte Multimodal inclusive já iniciou suas operações em Manaus. Com a abertura de sua filial na cidade, proverá serviços de carga fracionada (LCL), via cabotagem, ampliando ainda mais a operação na região Norte do Brasil.

Saídas semanais do porto de Itapoá para o porto de Manaus, e vice-versa, serão feitas em conjunto com a cabotagem da Aliança. Cargas de pequeno e médio volumes serão coletadas ou entregues na porta do cliente.
“A expectativa é que o serviço de carga fracionada da ATM movimente em torno de 3.000 toneladas até o final do ano, aumentando em 30% o faturamento da ATM Transporte Multimodal”, explica o diretor-executivo da Aliança, José Roberto Salgado.

Companhia Chilena de Navegação Interoceânica (CCNI)

A Hamburg Süd concluiu, no último mês de março, a compra das atividades de transporte marítimo de contêineres da Companhia Chilena de Navegação Interoceânica S.A (CCNI). O acordo também inclui as atividades relacionadas ao agenciamento de carga da Agencias Universales S.A (Agunsa), localizadas em Valparaíso e Santiago do Chile.
A Hamburg Süd continuará operando os negócios de transporte marítimo de contêineres da CCNI sob a já estabelecida marca nas principais mercados entre a Costa Oeste da América do Sul, Ásia, Europa e América do Norte.

Faturamento

A Hamburg Süd, em conjunto com sua subsidiária Aliança, movimentou durante o ano de 2014, cerca de 3,4 milhões de contêineres. Esse valor é 2% maior em relação ao período anterior. O crescimento econômico global do grupo se manteve nos mesmos 3,4% de 2014.

A Hamburg Süd fechou o período com os embarques de contêineres apresentando um aumento de 5,4%. No entanto, de acordo com a companhia, a capacidade de slots disponíveis nos navios também cresceu, superando o volume transportado de contêineres. Por isso, não foi possível diminuir a capacidade excedente e o frete registrou queda na maioria dos mercados.

O baixo desempenho econômico do Brasil, Argentina e Venezuela contribuíram para a queda e, em alguns casos, foi negativo o crescimento nas rotas Norte-Sul.
Com o dinamismo econômico em declínio na China, o transporte de granéis mais uma vez enfrentou difíceis condições de mercado em 2014 e continuou no vermelho. A união de fretes em queda e o enfraquecimento do dólar fizeram os negócios do grupo caírem cerca de 1%, registrando um faturamento de 5,2 bilhões de euros.

Uma análise do mercado

Julian Thomas, diretor-superintendente, e José Roberto Salgado, diretor-executivo, ambos da Hamburg Süd e da Aliança, comentam sobre o mercado e os próximos passos no país.

O ano de 2015:
O ano de 2015 será de muitos desafios, devido ao quadro econômico em geral, com números não muito positivos.
A América Latina tem crescido pouco, com raras exceções, e as importações e exportações brasileiras estão sofrendo com esse quadro.

Há tempos o grupo deixava de lado a operação sentido Leste-Oeste para focar no Norte-Sul, no Brasil. No entanto, essa estratégia está mudando para absorver mais as operações Leste-Oeste, pois, assim, a dependência das operações brasileiras sobre a América Latina será reduzida. “Com o baixo crescimento da América Latina, tivemos que buscar outras oportunidades”, afirma Julian.

Previsões de crescimento:
A Aliança espera crescer entre 10% e 20% em volume na cabotagem em 2015, no Brasil. Nas exportações no Brasil, busca crescer de 3 a 5% em volume, enquanto as importações devem se manter no mesmo patamar de 2014.
Em 2014, o volume total da cabotagem e longo curso da companhia na região compreendendo Brasil, Argentina e Uruguai aumentou 5%.

Novos clientes:
Apenas em 2014, 290 novos clientes de carga conteinerizada foram angariados pela Aliança em porta-a-porta e cabotagem. “Clientes buscam opções para reduzir seus custos e estão migrando, em parte, do modal rodoviário para a cabotagem. Queremos tornar a cabotagem mais competitiva, trazendo mais clientes para o modal”, explica Salgado.

Região Norte:
É interessante começar a escoar mais grãos pela região Norte, seguindo uma tendência. “A região Norte é um bom lugar para escoar esses grãos. Já há escoamento por lá, mas ainda longe da capacidade possível”, segundo Salgado.

Navios:
A Aliança continua importando os navios que são usados no país. A falta de estaleiros para a construção é motivo para a decisão. “Os estaleiros estão voltados para construções para a Petrobras. Apesar de esse foco ter mudado, ainda não temos mais a intenção de construir os navios em curto prazo”, destaca Julian.

Os maiores negócios:
Com o câmbio atual, os agronegócios deve se tornar um mercado ainda mais promissor, mas tudo vai depender de como o mercado externo deve reagir. Na Hamburg Süd, a exportação entre Brasil e China em agronegócio cresceu 10% a.a. nos últimos anos.

Custos:
“Os custos no modal rodoviário devem aumentar mais que no marítimo, considerando fatores como a Lei do Motorista e o fim do incentivo fiscal para combustíveis. A cabotagem também passa por pressões para reduzir os custos dos clientes. Mas no modal rodoviário os custos aumentarão mais que na cabotagem”, analisa Jilian.

(Foto:Divulgação/Hamburg Süd)

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