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Transporte aéreo 21 de maio de 2015

Novo terminal de cargas da Gollog em Congonhas entra em operação

A Gollog (Fone: 0800 704.0465) acaba de colocar em operação seu mais recente terminal de cargas, inaugurado no último mês de abril. A nova estrutura está localizada no Aeroporto de Congonhas, em São Paulo, SP.

Ao todo, o TECA tem 2.100 m2 e infraestrutura completa para os processos de triagem, manuseio e atendimento de cargas. O novo TECA tem pátio específico para carregamento e descarga em veículos. As áreas de embarque e retirada de cargas estão equipadas com sala de suporte para clientes, chamada de Facilitador Operacional de Cargas Aéreas (FOCA). Antigamente usado pela VarigLog como terminal, o TECA passou por reformas com investimento de cerca de R$ 1 milhão.

Segundo Eduardo Calderon, diretor de cargas da Gol, o terminal busca ampliar as redes de atendimento da companhia e a eficiência das operações. Entre as medidas tomadas para isso está a disponibilização de informações em tempo real. Além disso, a intenção é dar mais visibilidade e facilitar o acesso dos clientes, que podem levar e retirar suas cargas no terminal.

No terminal, os produtos fármacos são os mais recebidos e expedidos. E-commerce e cargas vulneráveis também têm grande movimentação ali.

Utilizando o sistema cross-docking, as cargas recebidas no Centro de Distribuição passam pelo processo de recebimento e documentação e, em seguida, já são preparadas para o carregamento visando ao transporte aéreo. Para garantir a segurança das operações, toda carga recebida passa por um raio-X. Cerca de 60 colaboradores atuam no local.

Na estrutura, todas as docas servem tanto para embarque quanto para desembarque. O handling até o avião é feito por terceiros, como ocorre em todos os outros terminais de carga da companhia.

Investimentos

Apenas no ano de 2014, a Gollog inaugurou oito Centros Operacionais no Estado de São Paulo. Entre as cidades que receberam os centros estão Araraquara, Alphaville, Americana, Santos, São Bernardo do Campo, Indaiatuba, Sorocaba e Taubaté.

No ano, a companhia transportou 73.600 toneladas, sendo as cargas de e-commerce as principais desse montante, representando 8% do total.

Para 2015 a expectativa é crescer 20%, transportando 88.000 toneladas. De acordo com o diretor de cargas, para melhorar o desempenho operacional é necessário atuar em cinco pilares: gerenciamento de risco, atuando para ter menos sinistros; infraestrutura; performance; informação e treinamento.
Calderon afirma que, em curto prazo, o foco será na modernização da infraestrutura dos terminais de carga da empresa, também com novas tecnologias. “Teremos novos lançamentos e soluções logísticas. Também investiremos em ferramentas de monitoramento de cargas e formas de pagamento”, ressalta.

Estrutura Gollog

– Mais de 100 unidades nacionais;
– 200.000 toneladas transportadas nos últimos três anos para 56 destinos nacionais e 15 internacionais – entre os principais Argentina, Uruguai, Bolívia, Paraguai, Chile e Venezuela;
– Mais de 3.500 municípios atendidos;
– Utiliza a malha aérea e aeronaves da Gol, que oferece 910 decolagens diárias.

 

Eduardo Calderon, diretor de Cargas da Gol, comenta sobre o mercado

Em entrevista a Logweb, o diretor falou sobre suas perspectivas para o setor nos próximos anos e ainda revelou mais investimentos que estão sendo feitos pela Gollog no país.

Logweb: O transporte de carga aérea no mundo cresceu em demanda 4,5% em 2014 ante 2013, segundo a Associação Internacional de Transporte Aéreo – IATA, após uma certa estagnação. A América Latina cresceu apenas 0,5% em demanda, a região com menor crescimento. Para efeitos de comparação, o Oriente Médio cresceu 11,1%. Por que a América Latina, e seu principal mercado, o Brasil, não conseguiram acompanhar esse crescimento global?

Calderon: Na verdade, o fato de não acompanharmos o crescimento em taxas como as globais vai muito em função do momento econômico que vivemos no país. O transporte de carga aérea está muito ligado ao crescimento do PIB, acompanhando a sua curva. Se o PIB cai, esse transporte também cai. Se sobe, também sobe. O crescimento do PIB de 2014 fica em 0,1%. Para 2015, a redução será de 0,5%.
O ano de 2015 já apresentou uma queda no transporte aéreo de carga nos primeiros dois meses do ano em relação a 2014. Então, não esperamos um crescimento no setor. Pode até ser que venha uma recessão. Provavelmente veremos queda no transporte aéreo no Brasil de forma geral. Falo isso do mercado em geral, mas a Gollog projeta um aumento no seu transporte aéreo em 20%, o faturamento também deve crescer 20% em 2015. Isso, impulsionado pelos investimentos que estamos fazendo há anos e que já estão projetados para os próximos também. Mesmo com a queda do PIB, esperamos crescimento em nossas operações, já que esse cenário não desestimula o nosso investimento.
Além disso, ainda há a questão da transferência de cargas transportadas via aéreo para rodoviário, movimento também impulsionado pela economia, visando ao corte de custos.
Não temos como quantificar a carga que deixa de ser aérea para ser rodoviária nesses momentos econômicos difíceis. Isso, pois, se por um lado há o corte de custos no transporte de algumas cargas que migram para o rodoviário, o mesmo acontece com outras cargas que migram para no aéreo. Com a violência nas estradas brasileiras, transportar carga de alto valor agregador, como eletroeletrônicos, computadores, celulares, exige um alto custo com segurança: caminhões específicos e escolta armada por todo o trajeto.
No transporte aéreo, a segurança já está lá. O custo com escolta armada será preciso somente para chegar e sair do terminal. Durante o transporte aéreo, não existe o roubo. Essa queda nesse tipo de custo faz com que muitas cargas de valor agregado transportadas por rodovias passem a ser transportadas pelo aéreo que, nesses casos, acaba compensando. Então, balanceiam-se ambos.

Logweb: A IATA prevê que, de 2014 até 2018, o transporte aéreo no mundo vai crescer 4,1% ao ano, principalmente impulsionado pelos mercados emergentes, como Oriente Médio e África. A América Latina deve crescer 3,8%. No entanto, no Brasil, o Gru Airport acredita que haverá estagnação no transporte de cargas aéreas. O senhor acredita que será possível crescer essa taxa na América Latina? Qual a previsão de crescimento do Brasil nesse mercado?

Calderon: Compartilho a mesma opinião do Gru Airport. Considerando o que foi falado entre a relação entre PIB e transporte de carga aérea, não dá para considerar que a América Latina conseguirá crescer esse valor, já que o Brasil é o maior mercado do continente.
Vejo um crescimento bem baixo nesse transporte no Brasil, com estagnação até 2018, pois o PIB nacional até 2018 não deverá crescer exponencialmente.

Logweb: Comente sobre os investimentos em ampliação da atuação da Gollog no Brasil. Quais regiões deverão receber lojas da Gollog em 2015, a exemplo de Natal, RN, que inaugurou em março uma nova franquia no bairro de Candelária?

Calderon: A maior parte das operações da Gollog é feita por meio de franquias. Apenas as três maiores operações – Guarulhos, Congonhas e Brasília – são próprias, representando um grande número de movimentação de carga.
A nossa movimentação de carga parte mais do Sul e Sudeste para o Norte e Nordeste. Transportamos muitas cargas de alto valor agregado, que precisam de velocidade na movimentação ou que são perecíveis.
Os próximos investimentos serão feitos em terminais de cargas em aeroportos do Nordeste e Norte. Hoje, os terminais ainda não são tão bons quanto achamos que deveriam ser. Então, iremos investir na melhoria do manuseio da carga, por exemplo. Por enquanto, não há planos de abrir muitas novas franquias. O foco está nos nossos terminais.

Logweb: Quais serão os próximos investimentos da companhia?

Calderon: Investimentos já foram feitos no terminal de Guarulhos, que passou por adequação e a utilização do espaço interno aumentou em 20%. O terminal de Porto Alegre também passou por melhorias. Investimentos em terminais ainda estão sendo feitos nos aeroportos de Fortaleza, Recife, Salvador, Galeão e Brasília, alguns a serem inaugurados até 2015 e outros em 2016.

(Foto: Divulgação/Gollog)

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