Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Embalagem 17 de maio de 2017

Paletes plásticos: sustentáveis e atóxicos, contribuem para a redução de custos logísticos

Amplamente utilizados dentro da logística, os paletes de plástico possuem várias características que impulsionam o seu uso. “Trata-se de uma solução superior e segura para transportar e armazenar produtos ou embalagens nos mais diversos ambientes e configurações, mantendo todas as características dos itens, sem risco de contaminação ou avarias. Sua longa vida útil, aliada à leveza do plástico, proporciona, em curto prazo, uma redução significativa nos custos logísticos totais e nos gastos com embalagens não reutilizáveis”, afirma Clairton Tadeu Bidtinger da Silva, diretor da Tecnotri Indústria de Plásticos (Fone: 0800 648.1718).
Reinaldo Pereira, gerente de Desenvolvimento e Vendas da Embatech Plásticos (Fone: 11 4029.1222), diz que o fato de o palete retornar à origem faz com que o investimento seja menor, pois o usuário terá a embalagem em trânsito constante ou no abastecimento interno. “Antigamente comprava-se palete para enviar a mercadoria ao cliente e não se pensava em seu retorno. Hoje, a carga segue com uma NF e o palete também. O dono quer cuidar do investimento, esteja ele onde estiver, isso é muito bom.” Pereira lembra, ainda, que o palete quebrado pode ser usado como troca por novas unidades, fazendo com que a matéria-prima utilizada na fabricação seja completamente reaproveitada.
A análise de Gil Vieira, gerente comercial da PLM Plásticos (Fone: 41 2141.9400), segue por este caminho. Ele salienta que os paletes de plástico são 100% recicláveis, atóxicos, resistentes a produtos químicos e têm vida útil acima de 10 anos. Além disso, são 70% mais leves que os de madeira, não exigem fumigação para exportação, são laváveis, não absorvem umidade, resistem a temperaturas de até -35°, são totalmente encaixáveis, permitem armazenamento com economia de espaço e podem ser personalizados com cores e logomarca, facilitando sua identificação.
E tem mais. Claudio Mantovani Nóbrega, coordenador de vendas da divisão Eko Palete da Bells (Fone: 11 2379.6493), diz que os paletes plásticos, junto com as caixas plásticas, fazem um par perfeito, tendo uma importância muito grande dentro da logística, já que protegem o produto, organizam e otimizam espaços dentro das empresas e no transporte.
“Na indústria brasileira há uma diversidade de modelos e tipos de paletes plásticos, desde os mais leves, para aplicações simples, até os mais resistentes, para cargas de 5.000 kg”, comenta Sandra Tatiane Oliveira Schreiner, gerente de produção da Rotto Brasil Indústria e Comércio de Plásticos (Fone: 11 4693.4190).

Impeditivos
Apesar dos fatores que impulsionam a utilização dos paletes plásticos, apenas 14% dos cerca de 7 milhões de paletes usados atualmente no Brasil são de plástico, como conta Vieira, da PLM Plásticos.
Os entrevistados apontam como obstáculo o custo, pois os de madeira têm valor de compra menor. “O principal motivo que impede o maior uso dos paletes plásticos é, sem dúvida, a simples comparação do preço com o de madeira. Digo simples comparação, pois notamos que em diversos casos não há uma análise profunda do custo real com toda a operação e as vantagens e os benefícios que o palete plástico proporciona”, conta Sandra, da Rotto.
Para Pereira, da Embatech, a mudança desse comportamento somente ocorrerá no momento em que o cliente ver o palete como um investimento em embalagem, e não uma despesa. “É preciso mudar a cultura”, enfatiza. Enquanto o palete de madeira é utilizado uma única vez, o de plástico, usado da forma correta, tem a durabilidade superior a cinco anos, ressalta Nóbrega, da Bells.
Realmente, na análise de Silva, da Tecnotri, o mercado precisa compreender que esse tipo de palete é um investimento em médio prazo. Cezar Almeida, gerente comercial, e Edwin G. Sevilla, gerente industrial, ambos da Super Pallets Ind. e Com. de Produtos Plásticos (Fone: 41 3598.4525), entendem que a migração da madeira para o plástico será irreversível no cenário macroeconômico e ambiental. “Trata-se de uma quebra de paradigmas com relação ao assunto.”
Os profissionais da Super Pallets destacam, ainda, que além dos incentivos fiscais no ciclo de produção – retirada ou diferenciação dos impostos para produtos reciclados –, que com certeza alavancariam a indústria nacional de reciclagem de plásticos, um fator principal que poderia incentivar o uso dos paletes plásticos é a conscientização da sociedade empresarial para reduzir o consumo de madeira e, efetivamente, colaborar com a preservação do meio ambiente.
Novos nichos
O uso dos paletes de plástico tem se intensificado em operações que exigem cuidados com a higienização e segurança dos produtos armazenados e/ou transportados, incluindo a garantia de integridade, como conta Silva, da Tecnotri.
Na opinião de Sandra, da Rotto, as principais empresas que buscam os paletes plásticos são alimentícias, farmacêuticas, de cosméticos, bebidas e têxteis. “Há estudos de investimento em logística reversa de grandes corporações para atender a normas nacionais e internacionais, indicando a conscientização e o compromisso ecológico, o que valoriza a imagem das companhias. Com a otimização da logística reversa, poderemos alcançar diversos setores industriais”, acrescenta.
Também tocam nesse ponto Almeida e Sevilla, da Super Pallets. Para eles, os paletes plásticos têm ganhado espaço na logística reversa devido ao seu baixo peso e alta resistência mecânica. Os representantes da companhia veem com satisfação que algumas empresas/indústrias dos setores químicos, de embalagens e têxtil têm iniciado um processo de substituição gradativo dos tradicionais paletes de madeira por paletes em polietileno, indo ao encontro das normas internacionais de segurança do trabalho e, também, no sentido de reduzir os prêmios dos seguros por questões de sinistros envolvendo riscos ambientais e de incêndio.
“Acredito que todas as indústrias devem exigir que seus fornecedores usem paletes de plástico, como já faz o setor de autopeças, com a utilização de caixas móbil de plástico. Com isso teriam, além da economia, a responsabilidade ambiental sendo atendida, afinal, plástico dura mais de 100 anos e a madeira exige reposição constante”, expõe Gilberto Andrade, diretor operacional da Rei do Pallet (Fone: 11 5666.1822).

Tendências
Muito relacionada à questão dos novos nichos de mercado está a de tendências de uso destes paletes. Pereira, da Embatech, afirma que a perspectiva é ampliar a utilização, tanto em território nacional quanto na exportação. São inúmeras as possibilidades.
Sandra, da Rotto, também está otimista. De acordo com ela, muitas empresas buscam a adequação às legislações existentes, que exigem o uso dos paletes plásticos para alguns tipos de atividades. “Entretanto, temos alguns clientes que os utilizam não por exigência de um regulamento, mas por todos os benefícios que eles proporcionam e também por perceberem que o custo-benefício é positivo. Vale lembrar que com a preocupação com a saúde amplia-se ainda mais o crescimento do uso do palete plástico em função de higiene, evitando transtornos de proliferação de pragas e doenças entre estados e países”, completa a gerente de produção da Rotto.
Vieira, da PLM Plásticos, também conta que esse tipo de embalagem vem ganhando importância dentro da indústria em geral e, principalmente, nas empresas alimentícias e farmacêuticas, pois proporciona uma solução ambientalmente responsável a um custo eficaz, gerando uma economia de até 75%.
O gerente comercial e o gerente industrial da Super Pallets acreditam que, a médio e longo prazos, além da utilização por força das normas Anvisa/Mapa, os paletes plásticos naturalmente também serão utilizados pelos demais setores produtivos, colaborando para um fluxo logístico ágil e limpo, ou seja, reduzindo o peso das cargas transportadas e agregando valor aos produtos desde a fabricação até o consumidor final.
Por fim, o diretor da Tecnotri aponta que a necessidade de reduzir o descarte de embalagens e a manutenção, tanto na logística interna, quanto na externa e reversa, tem sido a tendência principal, refletida no aumento da demanda por produtos plásticos rotomoldados, de longa vida útil, versáteis, leves e configuráveis, que no final de sua vida útil são reciclados, retornando ao fluxo logístico.

O que as empresas oferecem
Bells – Oferece paletes de contenção estáticos e móveis, com alma de aço, para caixa KLT e de encaixe, que atendem a indústria automotiva e linha branca, refrigeração e câmara fria, alimentícia e farmacêutica.
Embatech – Produz palete termoformado com o deck inferior quadriculado muito utilizado para movimentação de caixas do tipo KLT, com dimensões nominais de 1200 x 1000 mm; palete termoformado que pode também ser utilizado como tampa, na qual existe o encaixe entre as partes no empilhamento, com dimensões nominais de 1200 x 1000 mm; e palete termoformado de 1200 x 800 mm e de 800 x 600 mm.
PLM Plásticos – Fornece paletes termoformados em “twin-sheet” PEAD em diversos tipos, resistentes à temperatura de até -35°; totalmente encaixáveis, o que permite armazenamento com economia de espaço; com patas ovais, que auxiliam a entrada do garfo da empilhadeira e aumentam a vida útil do palete; com furos de drenagem, que eliminam o acúmulo de água; e com entrada pelos quatro lados.
Rei do Pallet – Oferece paletes que atendem a todas as necessidades de uso em processos de logística. O mais recente lançamento é o PBR-P, criado para substituir os atuais PBRs de madeira, que são os mais usados no Brasil para a logística reversa e interna, conforme explica Andrade. A empresa conta, ainda, com paletes de plástico com custo reduzido para substituir os one-ways em logística de exportação, evitando a burocracia com fumigação e, também, outros para big-bags e tambores.
Rotto – Comercializa paletes plásticos lisos e ranhurados, com abas e furos, duas ou quatro entradas, de face simples, dupla ou reversível, com alma de aço, para cargas até 5.000 kg e para estrutura empilhável.
Super Pallets – Os principais modelos de paletes em polietileno reciclado oferecidos pela empresa são os de 1.000 x 1.200 mm, inclusive em versão para uso em câmaras frias e estruturas portapaletes. A companhia é capaz de produzir medidas especiais, desde 1.000 x 600 mm até 1.700 x 1.500 mm sem custos adicionais de ferramental.
Tecnotri – Produz paletes padrão PBR, PBR II, paletes manga e dupla face, versões ergonômicas (mais altos), incluindo configurações com ranners e estrutura metálica interna, para uso no solo, drive in, portapaletes ou rack.

Enersys
Volvo
Savoy
Retrak
postal