Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Frete 6 de outubro de 2017

Reajustes nos pedágios influenciam os valores de fretes de soja e milho

No mês de setembro, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) autorizou as concessionárias rodoviárias que administram os trechos da BR-163 a alterarem as tarifas cobradas nas praças de pedágios nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, trazendo reflexos nos preços de fretes para o agronegócio.

A agência reguladora permitiu uma redução de R$ 0,10 nas tarifas cobradas nas praças de pedágios da rodovia BR-163 no estado do Mato Grosso. Tal reajuste passou a ser válido desde o dia 6 de setembro, e permitiu uma redução do impacto do pedágio nos custos de transporte de cargas agrícolas. “Essa medida trouxe benefícios econômicos para importantes rotas de movimentação dentro do estado, envolvendo o abastecimento do mercado doméstico e entregas em terminais ferroviários”, afirma o pesquisador do Grupo ESALQ-LOG, Everton Costa. Um exemplo positivo dessa medida é a redução de R$ 0,11 por tonelada de soja e milho transportada na rota Sorriso (MT) para Rondonópolis (MT), principal corredor multimodal do país.

Entretanto, no dia 11 de setembro, a ANTT autorizou o aumento nas tarifas de pedágios da BR-163, cobradas nas praças do Mato Grosso do Sul. Nesse contexto, houve uma elevação de R$ 0,40 para R$ 0,50 por praça. A determinação levou a um encarecimento no custo de transporte para movimentações do Centro-Oeste para o Sul do país. “A diminuição no valor cobrado de pedágio do Mato Grosso permitiu uma redução de R$ 0,13 por tonelada no transporte de grãos no corredor de Sorriso (MT) para Paranaguá (PR). Em contrapartida, após o aumento no Mato Grosso do Sul, o custo por tonelada subiu para R$ 0,26 por tonelada, em uma rota onde o gasto com pedágio representa quase 11% do preço do frete”, comenta Costa.

De acordo com o coordenador do ESALQ-LOG, Thiago Guilherme Péra, a tarifa de pedágio é viável quando o benefício esperado com a melhoria das condições viárias traga mais segurança e reduza o custo de transporte. “A partir dos investimentos na melhoria da trafegabilidade nos corredores de transporte, é esperado uma compensação em segurança a partir da redução de acidentes e melhor nível de serviço ao motorista, além de melhorias nos indicadores de produtividade do transporte, envolvendo, por exemplo, redução do consumo de combustível, redução do desgaste dos pneus e dos gastos com manutenção, além de aumento da velocidade média. Isso tem que ser refletido rápido, ainda mais para um setor tão importante que é o agronegócio, o qual movimenta elevados volumes em grandes distâncias, muitas vezes em precárias condições e com um alto custo”, afirma Péra.

A tabela apresenta os impactos dos reajustes das tarifas de pedágios no mês de setembro para cada tonelada de grão transportado em diferentes corredores de movimentação.

image001 (1)

Enersys
Volvo
Savoy
Retrak
postal