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Economia 20 de dezembro de 2017

Ritmo lento da economia ainda impacta atacado, mas expectativa é crescer em 2018

O faturamento do setor atacadista distribuidor segue influenciado pelo ritmo lento da retomada econômica. A pesquisa mensal da ABAD (Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores de Produtos Industrializados), apurada pela FIA (Fundação Instituto de Administração), mostra, em termos nominais, estabilidade em outubro na comparação com setembro, com alta de 0,08%. Em relação ao mesmo mês de 2016, no entanto, o faturamento caiu -5,47%. De janeiro a outubro, ante ao mesmo período do ano passado, a queda foi de 2,77%.

“O ano de 2017 começou mal para o setor produtivo. E ficou ainda pior por conta dos episódios políticos. Mas, apesar do prognóstico ruim, o governo se restabeleceu e conseguiu colocar o país de novo na rota do crescimento. Estamos ainda no início da retomada, que vai se tornar consistente se continuarmos com a inflação e os juros baixos e com o emprego crescendo. E para consolidar esse cenário favorável, as reformas estruturantes, com a da Previdência, precisam avançar”, afirma Emerson Destro, presidente da Abad, que acredita ser possível fechar o ano perto da estabilidade em termos nominais.

Para 2018, embora seja um ano eleitoral, as expectativas são boas, pois há um claro descolamento entre política e economia. “A confiança está se restabelecendo e é uma condição essencial para a retomada do consumo das famílias e dos investimentos dos empresários. Para isso, é fundamental o aumento das vagas de emprego e ganhos reais de renda”, diz Destro.

Consumidor

Um importante desafio em 2018 será lidar com o novo perfil do consumidor, que ainda tem receio em relação ao desemprego e tende a manter uma postura cautelosa mesmo depois da crise.

De acordo com o estudo Consumer View 360O, elaborado pela Nielsen e apresentado em primeira mão no final de novembro, durante o Encontro de Valor realizado pela ABAD, o consumidor incorporou a organização financeira no seu dia a dia. Daniela Toledo, diretora da Nielsen, explica que o consumidor não vai abandonar o comportamento que vinha adotando nos períodos mais agudos da crise.

“Temos uma nova realidade em relação ao perfil do consumidor e isso obriga toda a cadeia de abastecimento a se ajustar. Mesmo assim temos expectativas positivas, pois sabemos que, com um ambiente de negócios melhor, propiciado pelas reformas estruturantes, podemos nos reinventar e crescer”, conclui Destro.

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