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Capa 18 de abril de 2018

Seguro de Transporte: Garantia contra roubos, acidentes e danos materiais

A cadeia logística tem de estar atenta não só ao seguro de Transporte ou da frota de veículos, mas também ao dos galpões de armazenagem, Centros de Distribuição, empilhadeiras e outros equipamentos, além dos seguros de Vida e Saúde dos colaboradores.

É notório que o Seguro de Transporte é imprescindível hoje, mais do que nunca, em virtude de vários fatores, principalmente o roubo de cargas. Mas há outros itens que impõem a necessidade de se ter seguro na área da logística.
Amilcar Spencer, superintendente de Soluções de Transportes da Seguros SURA (Fone: 0800 774.0772), destaca quatro fatores principais que movimentam o segmento de logística a buscar soluções em seguros.
O primeiro é “Garantir a continuidade dos negócios”. Spencer explica que um dos principais motivos da realização de um seguro é evitar que um acontecimento imprevisível acarrete em perda de rentabilidade ou mesmo na descontinuidade de determinado negócio. Ou seja, o seguro tem a importante finalidade de dar estabilidade econômica e evitar sobressaltos financeiros, especialmente no segmento de logística, que costuma trabalhar com margens baixas e valores financeiros relativamente altos.
O segundo fator apontado pelo superintendente da SURA é “Proteção à marca”. Por trabalhar com bens que, ao todo, representam valores altos em relação aos seus respectivos negócios, seja pelo valor do bem, seja pelo volume de bens em questão, a ocorrência de um sinistro pode representar um alto impacto financeiro para o setor de logística que, se não assegurado, dificulta e praticamente impossibilita o ressarcimento dos bens assegurados. “Diante de tal situação, a reputação da marca pode ser atingida, impactando mais uma vez a sustentabilidade dos negócios, em um exemplo mais extremo”, adverte Spencer.
Já o terceiro fator envolve “Aspectos legais e contratuais”. O superintendente da SURA diz que ambos os aspectos são muito comuns em operações logísticas, principalmente de comércio exterior. O descumprimento de exigências dessas ordens, além de impactar em sanções legais, dificulta ou até impossibilita a realização de financiamento bancário, muito comum nesse mercado, para viabilizar os negócios. Nessas ocasiões – avalia Spencer –, por exemplo, quando um banco está financiando um processo de operação logística ou transporte de mercadoria, ele só emite uma carta de crédito mediante a condição de que a mercadoria esteja assegurada.
O último fator é o “Gerenciamento de Riscos”. Trata-se de um serviço de consultoria que periodicamente mitiga os riscos e propõe ações de correção para se evitar o sinistro. “O Gerenciamento de Riscos agrega valor aos negócios, uma vez que vai além de assegurar os bens, atuando na melhoria contínua das operações que atuam com esses bens”, pondera Spencer.
A análise de Adailton Dias, diretor executivo de Produtos e Sinistros da Sompo Seguros (Fone: 0800 771.9719), segue pelo mesmo caminho.
Ele diz que a necessidade de ter garantias de que a saúde financeira da operação logística estará resguardada caso algum imprevisto aconteça é o fator primordial para a contratação e o motivo pelo qual toda empresa da cadeia logística deve incluir os seguros no planejamento e gestão financeira. “O segmento logístico é um ramo que, para operar, demanda de uma infraestrutura física e de pessoal significativa. Mesmo pequenos transportadores devem considerar a contratação de diferentes modalidades de seguros para evitar que, em caso de sinistros, o fluxo de caixa não fique comprometido. Imagine, por exemplo, uma pequena transportadora que tenha como cliente uma indústria de cosméticos e que seja responsável pela entrega das caixas com os pedidos feitos pelas representantes. É uma carga fracionada, que demanda várias paradas ao longo do dia. Um acidente que danifique o conteúdo ou o roubo de uma única caixa onera substancialmente o caixa dessa empresa”, alerta Dias.
Há ainda questões relacionadas aos diversos trâmites que envolvem operações complexas, como a armazenagem de produtos ou uma operação de importação ou exportação por qualquer tipo de modal, seja terrestre, marítimo etc., continua o diretor executivo da Sompo. Nesses casos entram também os seguros de Property (voltado ao conteúdo armazenado) e o Garantia Aduaneira (para admissão temporária), por exemplo.
“Portanto, a cadeia logística tem de estar atenta não só ao seguro de Transporte ou da frota de veículos, mas também ao dos galpões de armazenagem, Centros de Distribuição, empilhadeiras e outros equipamentos, bem como aos seguros de Vida e Saúde dos colaboradores, entre outros”, acrescenta Dias.
Resumindo a exposição dos dois profissionais, outros atuantes no segmento de seguros de transporte citam como principais fatores que impõem a necessidade de se ter seguro no segmento de logística hoje os acidentes e o roubo de cargas.
“É essencial garantirmos a preservação do patrimônio da empresa, que pode ser impactado por acidentes e roubos durante o transporte. Roubo e danos materiais durante a armazenagem são os riscos mais comuns e que frequentemente são transferidos às seguradoras”, afirma Ricardo Baz, gerente de produto Ramos Elementares da BR Insurance (Fone: 11 3175.2900).
Ele é complementado por Ronaldo Ribeiro, diretor comercial, e Antonio Odalí Gomes Bonfim, sócio-diretor, ambos da Gera Corretora e Administração de Seguros (Fone: 11 3966.1220). “Há riscos em toda a operação logística, envolvendo transporte, operações de movimentação da carga, armazenagem, legislação (tributária, aduaneira e trabalhista). E sobre causas externas podemos citar o alto índice de roubos de cargas e de acidentes em função da infraestrutura precária, em todos os modais.”
Por sua vez, Rose Matos, gerente do produto Porto Seguro Transportes da Porto Seguro (Fone: 0800 727.2761), salienta que o segmento de logística depende do transporte de cargas para viabilizar suas atividades e, sendo assim, o Seguro de Transportes torna-se importante para mitigar os inúmeros riscos aos quais as cargas são expostas da origem ao destino final, como acidentes rodoviários, roubos e furtos, operações de carga e descarga, permanência nos depósitos dos transportadores, entre outros.

Seguro na Logística
Também é importante notar que o seguro é bastante aplicado nas áreas de armazenagem (incluindo Centros de Distribuição) e transporte. “Apesar de toda tecnologia empregada no Gerenciamento de Risco para a proteção das cargas em movimento, o índice de roubo continua crescendo e as tentativas de roubo a armazéns, pátios e Centros de Distribuição seguem esta estatística. Os seguros de armazenagem e transporte das cargas são os mais procurados pelo setor”, comenta Baz, da BR Insurance.
Ribeiro e Bonfim, da Gera Corretora, também apontam as áreas da logística onde o seguro é mais aplicado: principalmente na movimentação, no transporte, na armazenagem de cargas, em trânsito dentro do território nacional e/ou destinada ao comércio exterior. “O Seguro de Transportes é aplicado nas diversas operações logísticas, de pequeno, médio ou grande porte, sendo o principal objetivo minimizar possíveis perdas com o roubo de carga. No caso de transporte rodoviário, por exemplo, a contratação do seguro de Responsabilidade Civil – que ampara a carga transportada em casos de acidentes ou incêndio no veículo transportador, é obrigatória e prevista em lei (decreto 61867/67)”, explica Rose, da Porto Seguro.
Ainda de acordo com ela, outras operações de transporte, nacionais ou internacionais, nos modais aéreo, marítimo e ferroviário, também apresentam riscos à operação logística e, por isso, necessitam do seguro para mitigar perdas financeiras ao setor.
Spencer, da SURA, também reforça que, como a maioria das empresas, o segmento de logística consome uma gama diversificada de seguros, como: os Seguros de Vida e Saúde (para os seus colaboradores), de Autofrotas (para os carros e caminhões da empresa), Empresarial (para assegurar a infraestrutura da companhia) e de Responsabilidade Civil (que protege a empresa no caso de ela causar algum dano involuntário a terceiros durante o desenvolvimento de suas atividades).
“Mas, o tipo de seguro que está vinculado diretamente à atividade core do segmento de logística é o Seguro de Transporte, com destaque para os seguros usuais de embarcadores e transportadores”, completa Spencer.
De fato, a área que atualmente tem mais visibilidade é a de Transportes, por conta do panorama que temos vivenciado de índices significativos de roubo de carga. Com isso, a sociedade percebe de forma mais premente a necessidade de contratação de seguros nesse caso.
“Mas, não é somente ao roubo ou furto que uma carga está sujeita. Há outros sinistros, que vão desde o derramamento da carga, acidentes de trânsito, no embarque ou armazenagem. Cada vez mais a gestão de risco faz toda a diferença na eficiência operacional de uma empresa. Com a abertura do mercado de resseguros, desde que a Lei Complementar 126/07 foi sancionada, em 2007, as seguradoras passaram a obter mais expertise e tecnologia para a subscrição e, consequentemente, um constante aprimoramento do trabalho de Gerenciamento de Riscos. Isso também trouxe à cadeia logística a oportunidade de contar com produtos cada vez mais sofisticados e adequados às necessidades específicas de cada segmento. Atualmente, cada vez mais as seguradoras e os corretores estão oferecendo o acompanhamento de gerenciamento de riscos para agregar valor às empresas e seus produtos, por exemplo”, comenta, agora, Dias, da Sompo.
Ainda segundo ele, antigamente, as empresas de seguros estavam focadas em buscar mecanismos de Gerenciamento de Riscos que pudessem mitigar os sinistros de roubo de cargas. Ao longo dos anos, não só os mecanismos ligados a questões do roubo de carga foram desenvolvidos, mas também um gerenciamento que considere a composição da frota, pessoas e adequação de operações logísticas que pudessem reduzir os sinistros de acidentes e de avarias de transportes.
O Gerenciamento de Riscos hoje é uma ferramenta essencial para o trabalho da área de logística de transporte. Ele não é simplesmente uma ferramenta necessária para a área de seguros. Hoje, o Gerenciamento de Riscos faz parte do rol de especialidades necessárias para a boa gestão do segmento. Ele é essencial para que a empresa, seja embarcadora ou transportadora, tenha mais eficiência e otimização de recursos, além de controle na prevenção e redução de perdas e danos. Também é um recurso eficaz para contribuir com a segurança e qualidade de vida dos colaboradores envolvidos nos processos de embarque e transporte.
“Investir num programa de Gerenciamento de Riscos estruturado, desenvolvido e acompanhado por especialistas no segmento é crucial e pode ser um ponto chave na rentabilização das operações de transporte”, completa o diretor executivo da Sompo.

Segmentos que mais usam o seguro
Sobre os segmentos que mais utilizam o seguro, Rose, da Porto Seguro, diz que o Seguro de Transportes está presente em praticamente todos os segmentos operados pelas empresas de logística. “Mas, os principais são alimentício, de bebidas, autopeças, cosméticos, perfumaria, eletrodomésticos/eletroeletrônicos, farmacêutico, de produtos têxteis e higiene, entre outros.”
Spencer,da SURA, também faz uma lista dos principais segmentos, dentro da logística, que se utilizam do Seguro de Transporte: e-commerce em geral, segmento alimentício, cargas com alto valor agregado (como eletrônicos e medicamentos, etc.), cargas de projetos (exemplos: usinas, etc.), agribusiness (dos fertilizantes aos grãos), comércio exterior (importação e exportação) e segmento metalúrgico.
“É possível afirmar que os produtos eletroeletrônicos, farmacêuticos e as cargas de cigarros são, disparadas, as mais visadas, por serem produtos de alto valor agregado e que podem render muito em uma única ação de roubo ou, no caso dos cigarros, por serem de fácil liquidez. Com o agravamento da situação econômica brasileira, vivenciamos a queda da empregabilidade e o aumento nos preços dos bens de consumo e itens do varejo. Hoje, o cenário brasileiro das cargas mais roubadas envolve alimentos, bebidas, cigarros, produtos eletroeletrônicos, remédios e peças automotivas”, completa Dias, da Sompo.

Tendências
Realmente, considerando que o índice de roubo aumentou significativamente, as empresas logísticas estão investindo cada vez mais em Gerenciamento de Riscos e na redução dos valores embarcados, pois este tem sido o responsável pelas maiores perdas no segmento.
Ainda de acordo com Baz, da BR Insurance, quando o assunto envolve as tendências no segmento, as perdas decorrentes de acidentes de veículos são menos frequentes quando comparadas às de roubo de carga. E podem ser mitigadas através de treinamento de motoristas, boa manutenção dos veículos transportadores e a experiência das transportadoras.
Rose, da Porto Seguro, também pondera que, atualmente, o segmento tem investido em recursos operacionais e tecnológicos que melhoram a experiência do cliente, tanto em termos de agilidade, flexibilidade e benefícios, quanto em questões de segurança.
Dias, da Sompo, também destaca que o caminho aponta para uma atuação das seguradoras e corretores de seguros cada vez mais próximos do segurado e contribuindo em cada etapa da operação logística por meio do Gerenciamento de Riscos e da prestação de serviços técnicos especializados. Com isso, a experiência do segurado com o seguro não fica apenas para o momento crítico do sinistro, mas sim, como um suporte constante ao processo de gestão e minimização de perdas durante a operação de seu negócio. O seguro passa a ter um caráter estratégico, que pode ser crucial para o incremento dos índices de eficiência e rentabilidade, assim como na redução de perdas.
“Outro ponto importante – conclui o diretor executivo da Sompo – é que, cada vez mais, novos recursos tecnológicos serão aplicados, de forma mais estratégica a um custo mais acessível. A rastreabilidade da carga, o monitoramento do veículo durante o transporte, entre outros, vão contar com recursos novos, mais efetivos e que, em última instância só devem agregar valor ao trabalho da cadeia logística.”

Escolha
Um fator também importante envolve os fatores a serem considerados na escolha do seguro dentro da logística.
O gerente da BR Insurance diz que primeiro é necessário entender toda a cadeia logística para verificar quais riscos podem ser transferidos às seguradoras e quais destes o segurado pretende transferir. “Considerando uma empresa que faz a armazenagem e distribuição dos insumos/mercadorias para terceiros, entendemos de imediato a necessidade da apólice de armazenagem destes produtos sob sua responsabilidade e, também, as apólices de RCTR E RCF-DC. Nos casos em que o segurado for o proprietário da carga, entendemos que a maior procura seria pelo seguro de transporte nacional/internacional e armazenagem dos produtos”, explica Baz.
Também para Ribeiro e Bonfim, da Gera, primeiramente, a contratação deve envolver determinados seguros de responsabilidade sobre o transporte, que são obrigatórios. A seguir são definidos os demais, através do planejamento e da avaliação dos riscos envolvidos nas operações logísticas, analisando detalhadamente os riscos ambientais, para a sociedade e de segurança dos colaboradores.
Spencer, da SURA, destaca que um dos fatores essenciais a serem analisados é a Capacidade, ou seja, entende-se aqui por Capacidade o adequado dimensionamento do limite a ser contratado para uma operação: nem mais nem menos, visto que em ambos os casos o cliente terá prejuízo – se contratar mais, gastará mais por algo que não vai usar, por outro lado, se contratar menos, poderá ter prejuízo diante de um sinistro, já que o valor não estará totalmente coberto. Por isso avaliar e dimensionar, exatamente, a Capacidade do risco é tão importante.
“Essa mesma linha de raciocínio deve ser utilizada na avaliação das Coberturas – continua o superintendente da SURA. Se a necessidade do cliente está relacionada a Roubo, por exemplo, e sua apólice não tem essa cobertura, ele poderá vir a ter problemas. Em contrapartida, se o cliente contrata uma apólice muito detalhada e a sua necessidade é apenas relacionada a Acidentes, ele estará gastando mais, por algo sem utilidade.”
Mas, o terceiro fator, se bem atendido, acaba por impactar também nos dois anteriores: a escolha por uma seguradora que tenha experiência em Seguro de Transportes, que possua uma operação bem estruturada nesse setor, com equipe especializada, tecnologia de ponta a serviço do cliente e ambos, bem direcionados por uma operação com processos consolidados e fluidos.
“O Seguro de Transportes tem as frentes Estratégica e Operacional muito bem equilibradas. Quando se trata da frente Estratégica, contar com uma seguradora com experiência em auxiliar o cliente desde a aquisição da solução, oferecendo o dimensionamento adequado dos limites e coberturas, e durante a vigência da apólice, oferecendo o serviço de Gerenciamento de Risco com equipe especializada para mitigar riscos e evitar os sinistros, além de possuir toda uma infraestrutura para o atendimento rápido e eficaz no caso de um sinistro é fundamental. Quando falamos da frente Operacional, o Seguro de Transportes é rico em processos, burocracias, questões legais e diversas transações – principalmente quando falamos em Transporte Internacional. Ter uma seguradora parceira que tenha profunda expertise e operação estruturada para tornar esse dia a dia mais fluido é um grande diferencial a ser analisado no momento da contratação”, aconselha Spencer.
Também para Rose, da Porto Seguro, ao optar pela contratação de um seguro de Transportes, é fundamental avaliar a qualidade e quantidade de serviços disponibilizados pela seguradora, pois estes devem, necessariamente, tornar os fluxos de trabalho ágeis e simples, além de reduzir retrabalhos e custos para a empresa contratante. Por fim, deve-se observar se as condições e coberturas oferecidas são compatíveis com as necessidades da operação.
Dias, da Sompo, também destaca que a primeira iniciativa do segurado é contatar um corretor de seguros de sua confiança e que conheça as especificidades de seu ramo de negócio. Ele é o profissional legalmente habilitado a orientar o segurado sobre os produtos que são adequados ao seu perfil.
“Daí, com base nas opções apresentadas pelo corretor de seguros, o segurado deve avaliar a que melhor atende às suas necessidades. É importante ressaltar que o corretor de seguros e a seguradora são parceiros que procuram apresentar soluções para atender às demandas específicas do segurado. O objetivo primordial de todos é único: garantir a continuidade do negócio e contribuir para que ele se torne cada vez mais eficiente. O segurado deve sempre pesquisar sobre a seguradora que pretende contratar. Ela deve ser uma empresa registrada na SUSEP – Superintendência de Seguros Privados, que é a autarquia que regulamenta o segmento, deve ser uma empresa idônea, com expertise e que apresente soluções apropriadas ao negócio. Além disso, deve ter infraestrutura para prestar o suporte necessário durante toda a vigência do contrato”, finaliza o diretor executivo da Sompo.

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