Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Ferroviário 25 de março de 2019

Terminais conectados à FCA movimentaram mais de 55 milhões de toneladas

A VLI (Fone: 0800 022.1211), empresa especializada em operações logísticas e controladora da Ferrovia Centro-Atlântica – FCA, tem nos milhares de quilômetros que passam por Minas Gerais parte importante da sua atuação. Nos últimos anos, a empresa passou a contar também com terminais integradores. Essas unidades recebem produtos pelas rodovias e transferem as cargas para vagões. O sistema conecta ferrovia, terminais e portos, garantindo eficiência e capacidade na movimentação de grãos, insumos e produtos siderúrgicos, entre outros itens.

Esse serviço, ofertado nos últimos ano, é também a base do conceito de integração entre terminais, ferrovias e portos e a intermodalidade – fluxos compostos por modais diferentes – que a VLI pratica. Quatro dos seis terminais ligados à FCA atendem o agronegócio, segmento que responde por mais de 50% dos volumes.

“A VLI, controladora da FCA e do tramo norte da Ferrovia Norte Sul – FNS, construiu ao longo dos últimos anos seis terminais integradores ao longo da malha da Ferrovia Centro-Atlântica. Há ainda outros dois conectados à FNS em Tocantins. Esses ativos fazem parte de um plano de investimento da companhia orçado em R$ 9 bi”, explica Cesar Toniolo, gerente geral Terminais Sudeste.

Minas Gerais conta com cinco terminais, que movimentaram, em média, mais de 10 milhões de toneladas por ano entre 2013 e 2017. No Triângulo Mineiro, em Araguari e Uberaba, e no Noroeste, em Pirapora, as unidades recebem cargas do agronegócio – farelo, soja, açúcar, fertilizantes, enquanto Ouro Preto e Santa Luzia movimentam itens ligados à siderurgia e mineração.

Em Guará, interior de São Paulo, a VLI conta com o sexto terminal conectado à FCA. Essa unidade, inaugurada em 2015, recebe açúcar pela rodovia e envia o produto para o Tiplam, no litoral santista. Entre 2015 e 2017, o Terminal de Guará movimentou mais de seis milhões de toneladas de açúcar.

O ativo será ampliado dentro da parceria VLI e Tereos. Em junho, as empresas anunciaram um acordo para o transporte de açúcar no interior paulista e a parceria prevê a construção de um armazém de açúcar em Guará, com capacidade de armazenamento de 80 mil toneladas. Hoje, a unidade já dispõe de um armazém para 40 mil toneladas.

 

Integração

O modal ferroviário é apontado por especialistas como o mais adequado para movimentar grandes volumes. Um vagão graneleiro, por exemplo, comporta, em média, mais de 70 toneladas, enquanto um caminhão bitrem carrega somente 36 toneladas, comenta Toniolo.

“O país vem evoluindo na parte de capacidade logística, o desafio é integrar cada vez mais os modais – rodovias, hidrovias, ferrovias – e utilizá-los de acordo com a vocação de cada um: por exemplo, a ferrovia é mais adequada para grandes distâncias e grandes volumes, a rodovia tem como diferencial a capilaridade. Essa melhor integração dos modais também gera mais eficiência nas operações e facilita os fluxos, como observamos no escoamento da safra agrícola”, diz o gerente geral Terminais Sudeste.

Ainda de acordo com ele, o papel dos terminais contribui para proporcionar mais velocidade no escoamento das cargas. “Antes de essas unidades centralizarem grandes volumes, o processo de embarque nas composições era disperso e resultava em longos intervalos para formar o trem. Araguari, no Triângulo Mineiro, sedia o primeiro terminal da VLI. Por lá, um processo que durava 72 horas sem o terminal, passou a durar, em média, sete horas.”

Um recurso importante para agilizar esse processo é a pera ferroviária. Trata-se de um pátio em formato similar à fruta, que possibilita o transbordo da carga sem a necessidade de desmembrar o trem. Todos os terminais da VLI contam com pera ferroviária para tornar o transbordo da carga para a unidade mais rápido.

Sobre os próximos passos da FCA no sentido de interligação dos modais, Toniolo lembra que concluíram recentemente o plano de investimento de R$ 9 bi, que permitiu conectar ferrovia, terminais e portos. “Nesse momento focamos em extrair o máximo de eficiência do sistema desenvolvido e avaliamos oportunidades de investimentos junto com nossos clientes, como no caso da Tereos, em que vamos fazer um investimento conjunto de ampliação dos nossos terminais em Guará e Santos para garantir um contrato de transporte de longo prazo”, completa.

 

Raio-x dos terminais integrados à FCA

Terminal de Araguari

Principais produtos: soja, farelo milho e fertilizantes.

Origens: recebe cargas de Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso e Goiás. Fertilizantes chegam do porto.

Destinos: grãos, Porto de Tubarão, em Vitória; fertilizantes, Triângulo Mineiro.

 

Terminal de Uberaba

Principais produtos: soja, farelo, milho e açúcar.

Origens: recebe cargas de Minas Gerais,  São Paulo, Mato Grosso e Goiás.

Destino: Tiplam, no litoral santista.

 

Terminal de Ouro Preto

Principais produtos: siderúrgicos acabados.

Origens: recebe produtos siderúrgicos  do Vale do Aço mineiro.

Destinos: mercados do Rio de Janeiro e São Paulo.

 

Terminal de Santa Luzia

Principais produtos:  produtos siderúrgicos acabados  e minério de ferro.

Origens: recebe produtos siderúrgicos  do Vale do Aço mineiro.

Destinos: Grande BH, interior de Minas Gerais,  São Paulo e região Sul do Brasil.

 

Terminal de Guará

Produto: açúcar.

Origens: recebe cargas do interior de São Paulo.

Destino: Tiplam, no litoral santista.

 

Terminal de Pirapora

Principais produtos: soja e milho.

Origens: recebe cargas de  Minas Gerais, Bahia e Goiás.

Destino: Porto de Tubarão, em Vitória.

BR-101
Mundial Express
Savoy
Globalbat
Retrak
postal