WMS: mercado em crescimento e tendências de adição de novas ferramentas ao sistema

11/11/2012

Wanderley Gonelli Gonçalves

 

O crescimento econômico e, consequentemente, o maior consumo, provocou o incremento no uso do WMS. Por outro lado, as tendências apontam para a aplicação de novas tecnologias, como voice picking, radiofrequência, RFID e geoprocessamento, integrando máquina a software.

 

O desenvolvimento econômico, a ascensão da nova classe média e a elevação do padrão de consumo no país geraram grandes oportunidades de crescimento para inúmeras pequenas e médias empresas, mas o incremento dos negócios trouxe vários desafios aos gestores. O aumento do volume de operações veio acompanhado de uma série de complicadores: aumento explosivo dos preços dos imóveis (o que inviabiliza a construção ou locação de armazéns), escassez e aumento do valor da mão-de-obra (o que dificulta a contratação e manutenção de grandes equipes), aumento da demanda por novos produtos (para satisfazer às exigências dos novos consumidores), acirramento da concorrência, aumento da expectativa de qualidade nos produtos e serviços, novas e complexas exigências da legislação fiscal e sanitária e mais uma infindável lista de problemas a serem enfrentados e resolvidos.

Com esta análise, Marco Antonio Salvo, consultor nacional sênior da Sankhya (Fone: 0800 940.0750), dá início a esta matéria especial de Logweb, que trata do WMS – Warehouse Management System, ou Sistema de Gerenciamento de Armazém.

Segundo ele, uma grande parcela do mercado de WMS no Brasil, hoje, é formada por essas empresas que tiveram o mérito de compreender as modificações econômicas experimentadas pelos brasileiros e, agora, têm de otimizar suas operações para que possam continuar crescendo, aumentar o nível de serviço prestado aos seus clientes, diminuir custos e aumentar a qualidade da operação. Uma solução robusta e madura de WMS deve ser capaz de proporcionar este resultado às empresas. “Mesmo com um bom número de empresas com ferramentas WMS implementadas atualmente, o mercado para este tipo de software tem um potencial muito interessante, por conta da importância que as empresas e os profissionais da logística vêm dando para a gestão em processos de movimentação e armazenagem”, completa Ricardo Montagna, diretor geral da Inovatech (Fone: 11 3061.2443).

A análise do mercado de WMS, hoje no Brasil, feita por Yuri Perra, partner da Iride Soluções de Informática (Fone: 11.5102.2611), também passa pelo aspecto econômico.

Em sua percepção, o mercado brasileiro de WMS continua com um bom grau de expansão comparado a outros mercados mais maduros. “O crescimento da economia do Brasil gerou novas necessidades nos Operadores Logísticos (terceirizados ou internos), exigindo soluções mais sofisticadas e flexíveis para gerenciar operações maiores e mais complexas.”

Um aspecto pelo qual Perra observa uma atenção cada vez maior é a capacidade de integração do WMS com os outros softwares que compõem a arquitetura dos sistemas informativos empresariais. O impulso para redução de custos e melhora nos níveis de serviço levou a uma visão integrada dos processos logísticos e dos seus custos, o que impõe um continuo fluxo de informações entre as diversas áreas da cadeia de suprimentos e do inteiro ecossistema no qual a empresa opera. “Nesse contexto, viram elementos chave de sucesso a eficiência e flexibilidade com as quais o WMS gerencia os diversos fluxos de informações”, conta o partner da Iride.

Wagner Tadeu Rodrigues, diretor-presidente da Store Automação (Fone: 11 3087.4400), faz sua análise destacando, também, que a demanda está aquecida, sendo puxada por: Operadores Logísticos (cujos clientes exigem a utilização de um WMS no gerenciamento de seus produtos e querem consultas via WEB de informações operacionais e gerenciais); distribuidores e atacadistas (onde cada vez mais existe a necessidade de melhor gestão dos produtos devido ao maior número de SKU´s lançados pelas indústrias e em períodos cada vez menores); fabricantes que preferem fazer a própria gestão da logística (inbound e outbound); e, também, os recintos alfandegados (que precisam de um gerenciamento eficaz, pois tratam de mercadorias que são exportadas e qualquer não-conformidade gera retrabalho e custos).

Fernando Di Giorgi, sócio-fundador da Uniconsult Sistemas (Fone: 11 5535.0885), completa esta análise destacando que os Operadores Logísticos estão fazendo grandes investimentos em armazéns e softwares logísticos orientados para o varejo, notadamente, para o comércio eletrônico. “Há vários motivos para isso: o varejo tradicional tem crescido acima da inflação, devido ao estímulo ao consumo que está sendo feito pelo governo federal como forma de se contrapor à estagnação do comércio internacional devido ao prolongamento da crise financeira; altas taxas anuais de crescimento do comércio eletrônico, ‘roubando’ mercado do varejo tradicional; a inevitabilidade de o comércio operar em múltiplos canais, aliando o varejo tradicional ao eletrônico (movimento ainda lento, porém inexorável), tem lavado à necessidade de softwares bem mais flexíveis do que aqueles usados apenas para reabastecer lojas; a entrada da Amazon no mercado nacional está motivando investimentos do grande varejo eletrônico; há excesso de demanda por transporte de carga leve no Brasil, fato que vem explicar a capitalização de várias empresas do setor. Tais empresas, por pressão de seus clientes, são obrigadas a se dedicar à logística interna, derivando disso a necessidade de sistemas específicos”, completa Di Giorgi.

E Rodrigues, da Store Automação, continua a sua análise. “Em relação aos fornecedores de WMS, notamos que são diversificados, especializados e atendem nichos de mercado, por exemplo: foco no e-commerce, operador logístico, indústria (e entre elas o que se especializa em indústria farmacêutica), comércio e varejo. Há, também, fornecedores que têm o WMS agregado ao equipamento de movimentação e aqueles embutidos ao ERP.

E mais: o diretor-presidente da Store diz que sua empresa vê como problema as empresas que customizam o WMS para cada projeto, ao invés de o software oferecer parametrizações para atender às várias necessidades do cliente. Isto os torna inflexíveis, tendo como resultado maior tempo gasto em cada implementação, mais custos e mais tempo no suporte para atendimento. “Como o mercado está crescente e maduro, está atraindo mais empresas (nacionais e internacionais) de WMS, consultoria, auditoria e equipamentos de movimentação e automação, entre outras”, complementa Rodrigues.

Já para Hélcio Fernando Lenz, CEO da Otimis – Supply Chain Intelligence (Fone: 11 3027.4197), o mercado amadureceu muito de alguns anos para cá, com a chegada ao Brasil dos grandes players globais. Já é possível ver implementações classe mundial, tendo como resultado CDs com as melhores práticas e ganhos de eficiência e qualidade significativos.

“A dificuldade de atração e retenção de mão-de-obra, fenômeno que vem se intensificando com o crescimento recente do país, tem colaborado com este amadurecimento, à medida que as empresas percebem que precisam ser capazes de crescer seu volume de operações sem aumentar o quadro de funcionários – e isto só é possível com o suporte das melhores práticas e tecnologias que um WMS oferece”, aposta Lenz.

Além disso, ainda segundo ele, o grande desenvolvimento pelo que passaram as tecnologias de AIDC (Automatic Identification and Data Collection) nos últimos anos, tornando-se menos complexas, mais padronizadas e até mais acessíveis, ajudou a alavancar o amadurecimento deste mercado, afinal apenas quando um WMS é totalmente real-time ele pode gerar benefícios reais nas operações.

Pelo seu lado, Ailton Sobral, gestor de WMS da PC Sistemas (Fone: 0800 707.2707), lembra que o conceito de WMS se torna cada vez mais um linguajar comum e uma necessidade eminente para todos que desejam otimizar seus recursos logísticos e ter, de fato, controle sobre seus processos de movimentação de produtos dentro do Centro de Distribuição.

Segundo ele, trata-se de uma tendência inquestionável, tendo em vista o aumento pela procura por estas soluções – “na nossa empresa, por exemplo, as vendas de WMS aumentaram em 43%”.

O mercado de tecnologia tem oferecido recursos e evolução necessária para que as softhouses especializadas no desenvolvimento de ferramentas de WMS usem de sua criatividade para agregar o maior número de recursos úteis. O desafio é oferecer soluções estáveis, eficientes e acessíveis, com custos viáveis para implementação, pondera Sobral.

Não muito diferente é a análise de Eveli Morasco, diretor de operações da Sythex (Fone: 11 5506.0861). Em sua opinião, as empresas estão demandando cada vez mais soluções de WMS, porém a grande maioria delas não está organizada o suficiente para utilizar uma ferramenta desta em sua plenitude. “Ainda existe a expectativa de que a instalação de um Sistema de WMS resolva todos os problemas existentes na operação. Sem um mínimo de planejamento e organização, nenhum sistema resolverá estes problemas”, adverte.

Finalizando a análise do segmento de WMS, Alessandro Miertschink, diretor de TI da SSI Schaefer (Fone: 19 3826.8080), concorda com os outros participantes desta matéria especial e declara que consumidores finais cada dia mais exigentes, curtos prazos de entrega, precisão, transparência e flexibilidade dos processos logísticos, integração nativa com sistemas automatizados e possibilidade de parametrização dos processos logísticos pelo próprio operador logístico são alguns dos fatores que impulsionam o desenvolvimento de WMS’s cada vez mais poderosos, com recursos que vão muito além de gerenciar curvas ABC e da separação de pedidos. “Nos últimos anos procurou-se justificar a compra de um sistema WMS por meio da redução de mão-de-obra, redução de perda de produtos no armazém (extravio ou perda por vencimento da data de validade) e, em muitos casos, chegou-se à conclusão que tais fatores não eram suficientes para que se pudesse matematicamente garantir um retorno de investimento dentro de prazos razoáveis.”

Ainda segundo Miertschink, hoje em dia, esse ponto de vista vem mudando. Muitas empresas buscam a “fidelização de seus clientes”, e para atingir esse objetivo descobre-se que os termos “qualidade e flexibilidade” vêm se tornando cada vez mais importantes.

WMS E ERP
Mas, a análise do setor de WMS também acaba esbarrando em outras Tecnologias da Informação, como ERP – Enterprise Resource Planning, ou Sistemas Integrados de Gestão Empresarial, até o TMS – Transportation Management System, ou Sistema de Gerenciamento de Transporte.

“Entre as empresas de pequeno e médio porte existe, ainda, uma certa confusão entre o verdadeiro papel e potencial de um WMS e as simples funções de controle de estoque que alguns ERP’s ou até TMS’s fornecem. Esta falta de informação leva à adoção de processos logísticos poucos otimizados pelas limitações funcionais e pouca flexibilidade de sistemas voltados a atender outras necessidades”, aponta Perra, da Iride.

Jean Pitz, gestor do segmento de logística da Benner Sistemas (Fone:11 2109.8500), também faz sua análise por este caminho. De acordo com ele, atualmente o segmento que demanda de WMS vem sofrendo, principalmente, da falta de identidade de alguns players do mercado de TI, pois, se analisarmos, os grandes embarcadores normalmente utilizam soluções de ERP internacionais – estas não possuem cultura de WMS, mas, sim, de estoques e produção. Na outra mão, essas empresas utilizam sistemas especialistas somente em WMS (armazenagem), muitas vezes de pequeno porte, os quais atendem apenas a camada operacional.

“As aplicações precisam ofertar soluções que contemplem serviços logísticos e que estejam preparadas para atender qualquer dos elos da cadeia de abastecimento, sejam eles produção ou distribuição e armazenagem. Também, devem apoiar e servir todas as camadas e processos produtivos. Nesta linha, além da gestão dos produtos/mercadorias, teriam toda a gestão dos serviços adicionais, como tecnologias e conexões de plug-ins disponíveis. Também atenderiam as rotinas periódicas e legais, desde um simples inventário até demandas eletrônicas do governo”, completa Pitz.

TENDÊNCIAS
Pelo apresentado, quais seriam as tendências no segmento de WMS?

“Uma coisa é certa: já é uma grande realidade no mercado a terceirização por mais este serviço logístico. Os embarcadores estão cada vez mais solicitando aos seus fornecedores de transportes que, além de transportar, armazenem e façam distribuição, ou seja, contribuam para o crescimento dos múltiplos serviços logísticos. Nesta onda, o mercado, até então acostumado e com cultura de sistemas de estoque, passou a necessitar da arquitetura e sofisticação de um WMS, com o objetivo de contribuir para a melhoria dos processos produtivos. Indústrias e varejos já demandam muito por estes serviços e, nesta onda, cresce a necessidade desta agilidade e precisão também em hospitais, que mantêm pequenos ‘armazéns’ dentro de suas estruturas”, aponta Pitz, da Benner Sistemas, enquanto Montagna, da Inovatech, se refere à rastreabilidade via integração com RFID, visibilidade e gestão a vista com indicadores de performance (KPI’s) como tendências.

Perra, da Iride, destaca que processos logísticos cada vez mais distribuídos geograficamente e integrados com fornecedores e clientes exigem grande flexibilidade de acesso ao WMS que somente soluções com arquitetura web podem oferecer. Requisitos como a possibilidade de gerenciar diversos armazéns e depositantes, cada um com suas especificidades, dentro de uma única instância da aplicação, são fundamentais para garantir eficiência operacional e baixos custos na gestão da infraestrutura de TI.

“Olhando para as ferramentas de execução, observamos grande interesse em volta dos terminais de reconhecimento vocal. Fundamental neste aspecto é a capacidade do WMS de interagir diretamente com os terminais vocais sem a necessidade de middleware adicionais, garantindo a adoção dos processos mais sofisticados do WMS e grande flexibilidade na configuração de eventuais processos customizados”, aposta o partner da Iride.

Lenz, da Otimis, revela que, nas grande empresas, tem visto como tendências o aumento na complexidade dos projetos, que se dá seja pelo maior grau de automação dos CDs ou pela maior diversidade de processos que os mesmos vêm executando. Este aumento de complexidade – segundo ele – tem gerado um crescimento proporcional na demanda por soluções especializadas, em detrimento dos módulos mais simples de ERPs.

Já nas empresas médias e pequenas, o CEO da Otimis observa a necessidade de buscar soluções top de mercado pelo aumento no nível de exigência de seus clientes, que demandam mais qualidade e eficiência do processo de distribuição como um todo. “Nestas, projetos com metodologia de implantação fast forward (com prazos entre 45 e 90 dias) e uso da solução WMS na nuvem (cloud computing) são fortes tendências.

Sobral, da PC Sistemas, também lembra que, atualmente, o mercado já oferece altas tecnologias e, algumas delas, viáveis, em contínua fase de melhoria, o que o faz acreditar que serão mais comuns em um futuro próximo. Exemplo disso é o voice picking, a radiofrequência, o RFID, o geoprocessamento e projetos de automação/mobilidade, integrando máquina a software.

O gestor de WMS da PC Sistemas destaca, também, que as pesquisas com o uso do RFID têm mostrado que seu alcance de aproveitamento vai muito além do controle de produtos, gerando novas posibilidades e aplicações no mercado.

De fato, Marcelo Ferreira Gonçalves, diretor de marketing da S&A (Fone: 31 4501.0001), ressalta que, como todos os WMS’s oferecidos hoje no mercado brasileiro, a tendência é a aplicação de novas tecnologias globais em seu sistema e novas ferramentas que aumentem a capacidade de operação ou maximização de despesas operacionais. “Um dos fatores mais relevantes atualmente é a aplicação da sustentabilidade na operação logística”, diz ele.

Gonçalves ressalta que também existe a tendência de simplificar a distribuição dos softwares WMS por meio de cloud, aplicativos descentralizados, mais leves, mais rápidos com menos investimentos em hardware para sua operação efetiva.

A análise de Salvo, da Sankhya, aponta para um mercado de WMS multifacetado no Brasil, e, também, para o uso de novas tecnologias.

Há, por um lado, segundo ele, uma grande massa de empresas que veem o WMS como um projeto de inovação, ou seja, estão em busca de implantar pela primeira vez uma solução de WMS. Esse tipo de empresa não será adequadamente atendida por um fornecedor que apresente apenas um pacote tecnológico composto por hardware e software. É necessário apresentar um projeto completo que inclua a transferência de conhecimento em gestão de armazéns, uma metodologia de implantação, treinamento dos usuários e a experiência em implantação de sistemas neste tipo específico de situação.

“Por outro lado, há empresas que usam o WMS em nível de excelência e estão em busca de produtos e serviços de alta tecnologia, como WMS por comando de voz, controle por radiofrequência (RFID) e algoritmos inteligentes de ocupação de espaço. Entre estes dois extremos – as empresas que estão ingressando no WMS e as de vanguarda – existem todo tipo de necessidades intermediárias”, aponta Salvo.

Considerando essas características, ele diz que as tendências do setor de WMS no Brasil são, principalmente, duas: o amadurecimento do mercado, pelo ingresso de um grande volume de novos usuários, e a sofisticação da demanda de WMS, pela introdução de tecnologias de ponta, como radiofrequência e comando de voz.

Rodrigues, da Store Automação, também fala em uso cada vez maior de tecnologias de RFID e voice picking para aumentar a produtividade dos Operadores e obter mais confiabilidade nas informações, além da utilização de cloud computing, tornando a operação mais flexível e permitindo redução de custos com infraestrutura, e integração com equipamentos de movimentação em geral, como, por exemplo, o sorter. Ainda podem ser considerados, segundo ele: troca de informações (EDI) entre WMS e TMS para oferecer uma solução integrada de armazenagem e distribuição de produtos; EDI entre WMS e ERP, possibilitando uma visão integrada entre as diversas áreas da empresa, como operação, comercial, financeiro, contábil e controladoria; integração com as lojas de e-commerce; disponibilização de informações gerenciais através de BI (Business Intelligence) ou BD (Business Discovery); e utilização de SaaS.

“Foi-se o tempo que o WMS tinha como funcionalidade a impressão de etiquetas de código de produtos, de localizações, fazia o gerenciamento otimizado de armazéns, inventário, etc. Hoje, busca-se uma ferramenta em que o próprio Operador Logístico possa customizar seu próprio armazém e respectivos processos logísticos, ofereça capacidade de multicliente/multi-armazém, possua administração de fuso horários, que seja independente em termos de medidas e unidades, que ofereça interface nativa para sistemas de separação como pick by light, pick by voice, separadores automáticos de pedidos, estações inteligentes de multipedidos de produtos ao homem, sistemas dinâmicos e verticais de armazenamento, entre outros. Do ponto de vista tecnológico, o WMS, atualmente, precisa oferecer a flexibilidade de trabalhar com multiplataformas (Windows, Linux, Mac), possuir algoritmos sofisticados para o desenho da rota de separação, consolidação de pedidos e cross-docking avançado.”

À análise acima, Miertschink, da SSI Schaefer, lembra que outro ponto que merece atenção é quanto à assistência pós-venda, que além de cobrir 24 horas/7 dias por semana com colaboradores brasileiros (eliminando barreiras de idioma e fuso horário) e que tenham tido participação no projeto do cliente, precisa oferecer um programa de atualização do software com a finalidade de garantir por largo período o avanço tecnológico e logístico.

Para Morasco, da Sythex, as tendências vão para o lado profissional. Segundo ele, estão surgindo a cada dia, novos cursos técnicos e de especialização em logística no país. Com o tempo, a tendência é que os profissionais se capacitem mais e as empresas passem a valorizar mais aqueles que realmente dominam o assunto. Isto ocorrendo, será natural que a busca por sistema aumente e que a taxa de sucesso nas implantações cresça na mesma proporção. “Como a demanda tende a aumentar a exigência das empresas e dos profissionais de logística também, haverá menos espaço para fornecedores menos preparados ou menos estruturados”, completa o  diretor de operações da Sythex.

Finalizando, Di Giorgi, da Uniconsult, lista as tendências: atender, simultaneamente, o reabastecimento de lojas físicas e o cliente final (comércio eletrônico); sintonizar-se com sistemas de separação automatizados ou semi-automatizados; estender a abrangência da gestão do sistema para matérias-primas e semielaborados, além da clássica gestão de produtos acabados; flexibilizar interfaces com grandes sistemas corporativos, de modo a poupar custos do cliente; rodar em nuvem para reduzir o investimento inicial do cliente; incluir a consultoria como parte da instalação para eliminar divergências entre a especificação e a funcionalidade do sistema instalado; e base de dados explorada pelo BI da Qlickview, fornecendo indicadores básicos e permitindo o desenvolvimento de novos por parte do cliente.   
 

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