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Especial 24 de junho de 2019

Alimentos e Bebidas: Embarcadores falam de sua logística e dos desafios do shelf life curto

E, o que chama a atenção também, é o uso da cabotagem como modal para grandes distâncias, oferecendo segurança no transporte.

 

Vigor Alimentos: logística com 100% dos CDs alugados

Darlan Carvalho, diretor executivo de Operações da Vigor Alimentos (Fone: 0800 724.6433), conta que a conhecida empresa trabalha com uma logística de abrangência nacional, com CDs localizados nas mesorregiões de maior volume e com sistema de TSPs (transshipment point) em regiões estratégicas. “Operamos nas regiões mais distantes por meio de distribuidor, com frota 100% terceirizada. Nossos CDs são 100% alugados, com exceção de um único CD, que é alugado, mas possui operação própria da Vigor. Quanto aos modais que operamos, utilizamos majoritariamente o transporte rodoviário e, para o Norte, usamos o serviço de cabotagem.”

Com relação aos maiores desafios logísticos, Carvalho diz que, tratando-se de bens de consumo e de produtos de shelf life curto, prever a demanda diária é um exercício constante que obriga a empresa conhecer todas as variáveis de mercado e da cadeia de Supply Chain. Outro ponto importante é a otimização dos ativos de logística, aliada a um bom nível de serviço. “Entender e buscar soluções que equacionem essas variáveis são os maiores desafios dos nossos times da cadeia de Supply.”

E o diretor executivo de Operações continua: “para garantirmos uma previsão da demanda eficaz, temos investido em ferramentas de tecnologia da informação, processos de otimização e projetos de alta produtividade de nossos ativos de logística. E, como trabalhamos com produtos de shelf life curto e que exigem uma alta eficiência operacional, o nosso grande diferencial é ter uma logística bastante ágil, com uma malha logística simples, evitando deslocamentos desnecessários de produto e priorizando entregas diretas de fábrica para os clientes”.

Além da agilidade logística, a Vigor também tem trabalhado bastante para a melhoria do nível de serviço, sendo que os seus indicadores de mensuração da satisfação dos clientes – Case Fill Rate e OTIF (On-Time In-Full) – vêm trazendo melhora na performance ano após ano, conforme diz Carvalho.

E, com frequência, a empresa faz uma revisão apurada da sua malha logística para identificar se estão atuando da melhor forma possível e, se não, o que precisam adaptar para que isso aconteça. “Contamos, também, com um banco de projetos para melhorar a nossa eficiência operacional e os níveis de serviço. Além disso, fazemos anualmente uma pesquisa de satisfação aprofundada com os nossos clientes para podermos utilizar os resultados como inputs para planejamentos de melhorias internas. A partir desse estudo, geramos um plano de ação, tomamos medidas e reavaliamos nosso trabalho com eles novamente. Essa é uma forma de nos retroalimentarmos e nos adequarmos constantemente ao mercado e ao que os nossos clientes esperam de nós.”

Já quanto às tecnologias utilizadas pela Vigor, são as de roteirização e de WNS já conhecidas no mercado. “Como diferenciais, utilizamos tecnologia de rastreamento de frota online, que nos permite controlar a temperatura de nossos caminhões de maneira online para melhor preservação dos produtos, e estamos adotando a descarga automática de produtos, que possibilita que nossa carga seja descarregada ‘sozinha’ no momento em que o caminhão encosta na doca”, completa Carvalho.

A Vigor oferece mais de 32 categorias e 100 produtos, que variam entre itens como iogurtes, queijos, margarinas, sobremesas e leite, distribuídos entre as marcas Vigor, Leco, Danubio, Faixa Azul, Serrabella, Amélia, Carmelita, Mesa, Jong, Margarett, Le Chef e Vigor Profissional.

 

 

Marfrig: foco em tecnologia para aumentar nível de serviço

A Marfrig Global Foods é uma das maiores produtoras de carne bovina do mundo, com 22 unidades de abate e 12 de processamento e Centros de Distribuição instalados no Brasil, na Argentina, no Uruguai, no Chile e nos Estados Unidos. Seus produtos chegam a consumidores de cerca de 100 países.

Na área de distribuição urbana no Brasil, a empresa possui seis Centros de Distribuição, sendo dois com operação interna própria e transporte terceirizado. Nos outros quatro CDs, a logística interna é feita por Operadores Logísticos, e a distribuição, por transportadoras parceiras. Os CDs estão localizados em Itupeva, SP, Santo André, SP, Recife, PE, Curitiba, PR, Belford Roxo, RJ, e Esteio, RS, tendo como alguns dos parceiros FrioZem, ArFrio, Superfrio e Comfrio.

Luciano da Silva Alves, diretor de Logística, explica que são utilizados diariamente 400 veículos para distribuição urbana e 200 para transporte de transferência e abastecimento dos CDs. Pelo modal rodoviário, a Marfrig atende o mercado interno em dois segmentos: atacado e varejo (grandes redes de restaurantes, por exemplo). Na exportação, a empresa utiliza o modal marítimo através dos principais provedores de serviços no setor, como MSC, Maersk e Hamburg Süd.

Alves cita como o maior desafio logístico da área de alimentos perecíveis as longas distâncias percorridas, pois a maioria das plantas fica em regiões pecuárias, como Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Rondônia, distantes dos grandes centros de consumo, como São Paulo, e do Porto de Santos, de onde saem 80% das exportações da empresa. “Na área frigorífica, a disponibilidade do gado e a negociação na compra determinam como a cadeia vai funcionar. Então é preciso ter uma logística muito mais ágil para conseguir coletar essas mercadorias nas plantas.”

No mercado externo, as compras são feitas por contratos mensais. “Se eu perder a agenda de um navio, só consigo embarcar depois de quinze dias. A carga congelada tem validade de dois anos, mas a refrigerada tem shelf life de apenas 60 dias, então qualquer demanda com atraso no embarque diminui o tempo para consumo. Além disso, é preciso considerar que a viagem de navio dura em média 40 dias”, conta.

Com a chegada de Alves, há um ano, a Marfrig iniciou um alto investimento na área de logística. “Pelo novo Plano Diretor para os próximos três anos, começamos a investir na implantação de alguns sistemas de planejamento logístico para termos uma visão mais rápida e clara de todas as operações, da coleta à chegada ao destino”, explica.

Uma das ações foi a implantação da grade de carregamento das plantas, que permite sincronizar a chegada do veículo no local com a disponibilidade para seu carregamento, evitando o desperdício de tempo em longas esperas ou em viagens perdidas. “Chegamos a gastar R$ 18 milhões devido à falta de planejamento, valor que conseguimos reduzir em cerca de 52% com as novas práticas.”

Entre outras ações com foco na melhoria contínua está o uso do TMS, para gerenciar a área de transporte em conjunto com os parceiros, e do monitoramento on-line dos veículos, que permite obter informações em tempo real de tudo o que acontece no percurso, como uma parada não prevista, por exemplo. “Uma vez, a transportadora informou que o caminhão estava em trânsito, indo para a nossa planta, mas conseguimos identificar que ele estava, na verdade, carregando em outra empresa sem a nossa permissão.”

Para garantir a qualidade do atendimento prestado por suas parceiras, a Marfrig criou, em maio último, o Programa de Gestão do Transportador, com oito critérios de pontuação, incluindo sustentabilidade, documentação, segurança e toda a parte de gestão de frete. Faz parte do programa uma premiação anual: os mais bem qualificados conquistam mais volumes para transportar, os que possuem pontuação ruim perdem o contrato.

A empresa também está investindo em um equipamento para monitorar a temperatura da carga on-line. Alves explica que, comumente, no transporte de produtos refrigerados, é utilizado o termógrafo, que vai dentro do baú do veículo e registra as variações de temperatura, mas a informação só chega no final da viagem. Com o monitoramento em tempo real, é possível atuar no momento em que a temperatura está saindo do padrão, evitando o risco de perder a mercadoria. “É uma sequência de ações: como implementamos o monitoramento das coletas e entregas, que é feito pelo rastreador do veículo, utilizamos essa tecnologia também para acompanhar a temperatura da carga”, conta, acrescentando que a parceira no gerenciamento de risco é a Brasil Risk.

Alves ressalta, ainda, que o transporte de carga refrigerada é muito particular e que o veículo utilizado tem um alto custo, reduzindo o número de players disponíveis no mercado, sem falar na forte concorrência no segmento de cargas frias. “Disputamos espaço em contêineres com frutas e chocolates, por exemplo, dependendo do período do ano”, expõe.

Assim, a Marfrig realizou, recentemente, um estudo de malha com o objetivo de melhorar a previsão de entregas para não só gerar mais rentabilidade para a companhia, como também torná-la mais atrativa para o transportador que quer investir nesse tipo de veículo. Outro projeto com esse intuito é a emissão do CT-e pela Marfrig, reduzindo o prazo de pagamento do frete ao transportador.

De olho na satisfação do cliente, a empresa investiu, ainda, em uma área específica para entender as particularidades de cada um, como horário de atendimento e capacidade de recebimento de caminhões, se alinhando às suas necessidades. “As tratativas acontecem entre a nossa área comercial e a área de compras do cliente, mas quando se fala em operacional, precisa ser a nossa logística em comunicação com a logística do cliente. Dessa forma, a conversa flui melhor”, reconhece.

O uso dessas tecnologias tem permitido à Marfrig mensurar seu nível de serviço, visualizando exatamente o que é oferecido para cada cliente. “Quando observamos que não estamos oferecendo um bom serviço a uma determinada empresa, marcamos uma reunião para entender o que está acontecendo. Na maioria das vezes, é apenas falta de alinhamento.”

Para este ano, Alves diz que a meta é conservadora: a ideia é chegar em 85% dos pedidos entregues conforme a demanda do cliente. Para o próximo ano, são 95%.

 

Gomes da Costa: cabotagem garante entregas no Norte e Nordeste

A Gomes da Costa (Fone: 11 5503.6800) é líder na produção e comercialização de pescados enlatados na América Latina e está comemorando 65 anos de atividades. Como parte do espanhol Grupo Calvo, a empresa tem ampliado sua oferta de produtos e também a malha de distribuição e as vendas ao exterior. Sua sede industrial, localizada na cidade de Itajaí, SC, constitui hoje o maior complexo de recepção e processamento de pescados da América Latina, produzindo diariamente mais de dois milhões de latas – é a maior fábrica de sardinhas em conserva do mundo.

E a logística? – Marcos José Stachera, gerente de Logística da Gomes da Costa, ressalta que, nas operações de armazenagem, a empresa atua com operação própria e terceirizada.

“Contamos com um Centro de Distribuição próprio em Itajaí, SC, e um terceirizado no Nordeste. Optamos pela operação própria em Santa Catarina, pois nosso Centro de Distribuição – com área de 12.500 m² e capacidade estática de armazenagem de dois milhões de caixas –, além das operações de recebimento, armazenagem, controle de estoque, picking e expedição, realiza operações de suporte à indústria, como revisão de produtos, reembalagens e etiquetagens. Também opera toda a logística reversa do processo de distribuição física no Brasil.”

Já no Centro de Distribuição do Nordeste – continua Stachera –, a empresa conta com uma operação terceirizada para atender a demanda regional. “A terceirização foi fruto de um grande estudo e analisamos como melhor opção para atender o nível de serviço e custos adequados para a região.”

Em relação ao transporte, a Gomes da Costa opera 100% com frota terceirizada e as suas principais transportadoras são: Transmagna, Tecmar, Mira, TransOliveira, Transbem, KR Transportes, Transpezini, Aliança e Poloni Transportes, entre outros parceiros.

“Para entregas diretas aos nossos clientes utilizamos carretas e trucks.Temos, em média, 12 carregamentos diários, mas com maior concentração de expedição no final e início de cada mês. Operamos também com cargas fracionadas, onde as transportadoras especializadas compartilham nossas entregas com produtos alimentícios de outras indústrias. Neste modelo de transporte temos em média 1.500 entregas mensais. A origem das cargas é Santa Catarina e o destino, todo o território nacional e o Mercosul”, explica o gerente de Logística.

Destaque no transporte da Gomes da Costa é o uso da cabotagem, para entregas no Nordeste e Norte do país – mas a origem é sempre Santa Catarina. “Este modal tem crescido muito em nossas operações de transporte, em função do menor custo e da maior segurança. Atualmente, 12% do peso total distribuído no Brasil são decorrentes deste modal de transporte.”

E, em meio a todo este processo, Stachera aponta um grande desafio logístico enfrentado pela empresa: o atendimento no nível de serviço acordado com os clientes, em contraponto aos custos logísticos empregados em cada serviço.

“A otimização de recursos logísticos, a melhoria de nossos processos e o treinamento constante de nosso pessoal são condições imprescindíveis para equilibrarmos esta equação. Operamos com uma pequena margem operacional e, obrigatoriamente, temos que planejar de forma adequada nossas operações logísticas. Receber ou expedir fora do prazo adequado irá gerar custos adicionais e reduzir nossa eficiência, por exemplo.”

Um grande desafio para a Gomes da Costa e, também, para outras empresas é a situação precária do asfalto nas rodovias, o que provoca atrasos e avarias nas mercadorias.

É importante lembrar que a Gomes da Costa investe constantemente em tecnologia de localização e rastreamento de suas cargas – Portal Logístico/WEB/rastreabilidade e gestão de entregas – com o objetivo de eliminar a possibilidade de roubos nas estradas, um desafio constante para o seu processo de distribuição física.

A propósito da tecnologia, outras também são utilizadas: WMS – Gestão de Armazenagem e Movimentação; GKO – Gestão de Fretes; e Protheus – ERP/TMS –  Gestão de Transporte.

Diferenciais – O gerente de logística também relaciona os diferenciais da logística da empresa, levando em conta o tipo de produto transportado e armazenado, destacando que a operação logística da Gomes da Costa trabalha fisicamente ao lado do setor de Customer Service, com o objetivo de promover e facilitar o fluxo de informações. As decisões operacionais e estratégias são tomadas em conjunto e sempre observando o atendimento das expectativas dos clientes, como o nível de atendimento definido por canal de distribuição, e os custos adequados para cada operação.

“Também temos as novas tecnologias como nossas aliadas, utilizamos várias ferramentas para o suporte de nossas operações logísticas com o objetivo de controlar e gerenciar cada etapa do processo. Nas operações de armazenagem e expedição utilizamos sistema WMS, nas operações de transporte utilizamos o GKO, na gestão das entregas, além de sistemas de rastreamento dos veículos, temos um Portal Logístico que opera remotamente com nossas transportadoras. As ocorrências em qualquer etapa de distribuição física são registradas no Portal Logístico, trazendo clareza e segurança a todos os envolvidos na entrega de nossos produtos.”

Já se referindo aos diferenciais da logística da empresa em benefício dos clientes, Stachera informa que é entregar os produtos no prazo acordado, na quantidade e qualidade esperadas pelo cliente. “A Gomes da Costa tem um forte compromisso com todo o processo de pedido, transporte e entrega, e isso, em conjunto com a alta qualidade do produto, nos torna a marca mais vendida nos supermercados”, destaca. E acrescenta que nos últimos anos a empresa investiu em treinamento, instalações, tecnologia, processos e desenvolvimento de fornecedores. “Basicamente, a Gomes da Costa se atualiza constantemente para que a alta qualidade logística não seja quebrada.”

Linha de produtos – A linha de produtos da empresa é bastante grande. Abrange: peitos de frango em diversos tipos e consistências, sardinhas também em várias opções, filés de sardinha, sardinhas com baixo teor de sódio, atuns sólidos, em pedaços, ralados e na forma de filés e de baixo teor de sódio, patês de atum e de sardinha, saladas com atum e outros vários ingredientes, alcachofras, aspargos, champignons, cavalinhas e mexilhões.

 

Bem Brasil: investimentos para entrega do produto certo, no prazo esperado e com o menor custo

A competitividade atual do mercado não permite falhas e, visando melhorar o nível de serviço, a Bem Brasil Alimentos (Fone: 34 3669.9000) está automatizando seus processos, desde a colocação do pedido no cliente, contratação, carregamento e lead time, até a chegada ao cliente para entrega do produto certo, no prazo esperado e com o menor custo.

“O investimento em tecnologia se faz necessário para solucionar problemas operacionais, otimizar rotinas em diversas áreas, incluindo a gestão de pedidos, monitoramento de entregas e, também, avaliação de transportadoras”, comenta a supervisora de logística da Bem Brasil, Regimara Leite de Faria.

A propósito destas últimas, a supervisora revela que o transporte do produto acabado na Bem Brasil é todo terceirizado, pois o foco principal da empresa é no core business, com aquisição e fidelização de clientes e aperfeiçoamento de produtos e, também, para não haver investimentos em ativos (caminhões), bem como manter isenção de gestão direta de motoristas e passivo trabalhista e contar com o know-how logístico dos prestadores de serviços. “Trabalhamos hoje com uma média de 45 transportadoras homologadas, entre elas Cootravale, Zilli, Damiao, Lunardi, Angelim e Jontaff.”

Regimara também afirma que, contando as duas unidades industriais da empresa, são carregados na Bem Brasil, em média, 60 veículos a cada 24 horas, atendendo todas as regiões do Brasil. “Utilizamos apenas o transporte rodoviário para entrega de produtos, pois, apesar do custo ser mais alto que o de outros modais, consideramos algumas vantagens: venda na condição de entrega porta a porta, rapidez na entrega da carga em curta distância e menos manuseio da carga, portanto, mais segurança, já que o veículo é lacrado no local de carregamento e aberto somente no cliente, reduzindo o risco de avarias.”

Ainda falando em termos de segurança, a supervisora de logística conta que a empresa exige que todos os veículos sejam rastreados e com sensor de temperatura, medidas que fazem com que o índice de cargas que chegam até o cliente que apresentem problemas com temperatura seja quase zero. A maioria dos transportadores fornece informações em tempo real no que diz respeito às cargas. “Estamos em processo de automatização do processo de rastreabilidade para que o cliente receba, também, esse rastreamento a partir do momento que o veículo for carregado.”

Quanto à questão de armazenagem, a Bem Brasil conta com duas câmaras frias na unidade de Araxá, MG, com capacidade para armazenar 14.500 toneladas, sendo uma de 1.702 m² e outra de 7.519,48 m², enquanto em Perdizes, MG, a capacidade de armazenamento é de 33.000 toneladas de produto acabado, sendo que a câmara fria possui 8.664,70 m².

“O custeio da operação de transporte, preço do combustível, pedágio e encargos relativos ao seguro de carga são fatores que oneram significativamente os custos. Para amenizar esses impactos, trabalhamos na captação diária de veículos com as transportadoras já cadastradas, sem ter a necessidade do custo com frota dedicada. Para as cargas com mais de uma entrega, buscamos a melhor roteirização que proporcione o menor deslocamento possível entre as entregas”, diz, agora, Regimara, referindo-se aos desafios enfrentados pela empresa e as soluções tomadas.

Ela também relaciona os diferenciais da logística da empresa em benefício dos clientes, salientando que o impacto do transporte no serviço ao cliente é um dos mais significativos e as principais exigências do mercado estão ligadas à pontualidade dos serviços, além do próprio tempo de viagem.

A linha de produtos da empresa inclui batatas nos mais diversos tipos e formatos, para uso caseiro e em restaurantes, além de anéis de cebola, purê de batata, batata doce e, último lançamento, filé de tilápia.

 

Mondelez Brasil: frota e armazéns terceirizados garantem o atendimento do mercado

Com receita líquida aproximada de US$ 26 bilhões em 2018, a Mondelez International está liderando o futuro de snacks com marcas globais e locais icônicas, como Oreo, belVita, Cadbury Dairy Milk, Milka e Toblerone, além de Sour Patch Kids. No Brasil, a empresa tem em seu portfólio marcas como Trident, Chiclets e Halls, os chocolates Lacta, Bis e Sonho de Valsa, os biscoitos Club Social, Oreo e Trakinas, os refrescos em pó Tang, Clight e Fresh, as sobremesas e o fermento em pó Royal e o cream cheese Philadelphia.

E para entregar todos estes produtos, a Mondelez Brasil (Fone: 11 2179.1600) trabalha com dois operadores logísticos e 30 transportadoras para as operações de In Bound, Transferência e Out Bound. Não há frota própria em nenhuma operação do Brasil e todos os armazéns também são terceirizados. “Temos uma média mensal de 1.000 viagens de In Bound (apenas volume FOB), 1.800 viagens de transferências e 5.500 entregas a clientes finais. E utilizamos também cabotagem, tanto para transferências como para entrega a clientes finais”, conta Filipe Gino Almeida, gerente de Transportes da Mondelez Brasil.

Ele também destaca que o Brasil é um país muito grande em tamanho e consumo e, sem dúvida, isso traz desafios logísticos. Por isso, a empresa tem Centros de Distribuição estrategicamente posicionados, por todo o país. de forma a não comprometer a entrega de seus produtos.

“Temos uma cadeia de temperatura controlada, buscando ao máximo sinergias entre as operações para diluir os custos dos ativos utilizados pelas transportadoras. Além disso, buscamos iniciativas de redução de número de veículos/viagens para reduzir a quilometragem rodada e entregar um beneficio ambiental e em custos. Também prezamos pela qualidade dos produtos em toda a cadeia: desde a saída da linha de produção até a entrega ao cliente final controlamos temperatura e umidade nos armazéns e veículos para garantir que o consumidor final tenha a experiência de consumo completa”, explica Almeida.

Sobre o que a empresa adotou em termos de logística para se adequar ao mercado, o gerente de Transportes da Mondelez Brasil diz que estão especialmente focados em eficiência operacional a partir de colaboração com os clientes, trabalhando com segmentação e integração de informações para atender as necessidades do mercado.

Em termos de tecnologia, além dos sistemas de tradicionais (TMS e WMS), a empresa usa um sistema avançado de tracking e Gerenciamento de Risco. Também trabalha com Torres de Controle, tanto para In Bound como para Out Bound, para centralizar programação e confirmação das rotas.

 

Nissin Foods do Brasil: saída de produção automatizada, com robôs paletizadores

No país desde 1965, a Nissin Foods do Brasil (Fone: 0800 727.6020) se consolidou como líder na categoria de macarrão instantâneo. Atualmente, fabrica 55 produtos para consumidores diretos: Nissin Miojo Lámen, Nissin Miojo Lámen Light, Nissin Miojo Cremoso, Nissin Miojo Turma da Mônica, Nissin Miojo Hot, Nissin Miojo Nosso Sabor (exclusivo das regiões Norte e Nordeste), Nissin Miojo Yakissoba, Nissin Miojo Talharim, Nissin Cup Noodles e Nissin Miojo Espaguete.

Em termos de logística, a empresa conta com dois Centros de Distribuição próprios que são conectados as suas fábricas. Uma é localizada em Ibiúna, SP, e outra em Gloria do Goitá, PE. A planta de Ibiúna abastece as regiões Sul, Sudeste e Centro Oeste, enquanto a planta de Glória atende as regiões Norte e Nordeste.

“Nossa distribuição é praticamente toda atendida pelo modal rodoviário, onde atuamos com cerca de 50 transportadores. Também utilizamos a cabotagem para atendimento de Manaus, AM, Boa Vista, RR, e para as transferências entre as plantas de Ibiúna e Gloria. Hoje, movimentamos cerca de 100 carretas por dia, entre insumos, matéria prima, peças e produtos acabados. E atendemos todos os estados, além de exportamos para toda a América Latina”, explica Paulo Andrade, gerente de Logística da Nissin Foods do Brasil.

E para superar os desafios logísticos – como o alto custo do frete e os roubos de carga – a empresa busca operações mais enxutas e automatizadas para conseguir compensar o alto custo do frete. “Também trabalhamos fortemente na área de prevenção de risco com nossa seguradora e com os transportadores, buscando soluções de proteção aumentada para rotas com alto índice de roubo.”

O gerente também comenta que a logística da empresa está preparada para atender todas as demandas da área comercial, em todos os estados brasileiros. “Nossos transportadores atendem a um rigoroso padrão de qualidade, limpeza e conservação de suas carretas. Cada carregamento que chega a nossa unidade é inspecionado e validado nos mais altos critérios de limpeza. Também contamos com distribuidores especializados nas entregas mais fracionadas, onde conseguimos atender praticamente todos os municípios brasileiros. Hoje, nossa área de Expedição e Faturamento funciona 24hs por dia. Com isso, com nossos transportadores e nossos distribuidores, conseguimos chegar a praticamente todos os municípios brasileiros.”

Finalizando, Andrade ressalta que a saída de produção é automatizada com robôs paletizadores e sistema WMS nos dois CDs. Toda transferência dos paletes montados na produção para o CD também é feita de forma automatizada, com esteiras e elevadores. “Nossos produtos atendem rigorosamente todas as normas da ANVISA e temos a rastreabilidade de toda a cadeia produtiva, desde nossos fornecedores de matéria prima até a gôndola do supermercado.”

 

CRS Brands: processo de logística tem como diferencial o pool de paletes

O processo de logística da CRS Brands Indústria e Comércio (Fone: 0800 702. 2517) tem como diferencial o pool de paletes, que realiza o carregamento dos produtos desde a linha de produção até o ponto de venda e distribuição, realizada em parceria com a CHEP Embalagens. Todas as entregas são feitas com agendamento junto ao cliente, evitando custos desnecessários de reentregas, diárias de serviço, devoluções e outras despesas extras.

“Essa solução já representa 70% do total das nossas entregas nos pontos de venda. Claro que com isso criou-se mais confiabilidade na operação, com a diminuição das avarias em 50%, além da facilidade de conferência na carga e descarga. Existe também a flexibilidade no carregamento em vários tipos de veículos que saem para entrega diariamente”, aponta Edgar Galbiatti, gerente de marketing da empresa.

Quanto aos diferenciais da logística em benefício dos clientes, o gerente de marketing destaca a flexibilidade operacional, separando e embarcando desde pequenos pedidos – usando vans, VUC’s, etc. –, até grandes pedidos, transportados em rodotrens. “Novas parcerias de transportes garantem a distribuição em nível nacional.”

Parcerias – Aliás, quais são estes parceiros? A CRS Brands conta com logística própria, mas com transporte terceirizado. “Com esse modelo temos melhor controle e facilidade nas operações de entrega, carga e descarga, além da flexibilidade para aumentar a frota conforme a demanda dos nossos produtos, permitindo melhor gestão de custo. São empregados cerca de 13 veículos/dia, partindo da unidade de Jundiaí, SP, para todos os estados do Brasil. E também usamos o transporte marítimo de cabotagem, por conta da redução do custo de frete.”

Galbiatti diz, ainda, que a empresa tem um armazém e Centro de Distribuição na fábrica matriz de Jundiaí, interior de São Paulo, de 23.000 m². “O principal desafio da CRS Brands é administrar a logística dos seus produtos sazonais, como sidras e vinhos, que têm pico de vendas no final do ano. Por isso, a empresa precisa de soluções que agreguem valor à cadeia de abastecimento, de forma que os produtos cheguem aos pontos de venda, espalhados por todo o território nacional, dentro do prazo e sem avarias, e ao mesmo tempo reduzam os custos da entrega.”

O gerente de marketing também revela que outro desafio foi reestruturar a equipe interna para atender o período sazonal, entre os meses de setembro e dezembro, distribuindo as funções, a fim de reduzir os custos operacionais.

“Crescemos em 10 vezes nosso modal de cabotagem nos últimos dois anos, trouxemos novos parceiros de transporte com a realização de um BID, redesenhamos nosso horário operacional para atender o período da campanha com melhor atendimento aos nossos clientes. Fizemos parceria com uma empresa conceituada na gestão de paletes, reduzindo, assim, o nosso carregamento estivado e, ao mesmo tempo, garantindo a entrega das nossas marcas de bebidas aos lojistas no melhor prazo, para que possamos conquistar a sua certificação do nosso nível de serviço. Tivemos uma redução de 3% nos custos de fretes com a inclusão de novos prestadores de serviço de transportes.”

Galbiatti diz que a empresa sabe da importância da equipe interna para otimizar a sua logística. Por isso, procuram manter um ambiente de trabalho favorável e cada vez mais produtivo, que motive os funcionários a atingir objetivos e metas estabelecidas pela empresa.

Ainda para se adequar ao mercado, a CRS Brands expandiu as instalações de armazenagem, com a construção de um novo CD (4.200 m² – 5.000 posições/paletes) ao lado do já existente, para ampliar a sua capacidade de armazenamento e manter maior inventário de produtos disponível, além de aumentar a oferta e disponibilidade de mercadoria. “Estamos sempre buscando novidades do mercado, com o objetivo de estarmos alinhados com novas tecnologias e as tendências do mercado logístico.”

Por outro lado, a empresa está instalando um sistema moderno de gestão de estoque (WMS) que irá contribuir ainda mais para a acuracidade dos produtos armazenados e a rastreabilidade destes. Também estão avaliando um projeto para verticalização do estoque.

A linha de produtos da empresa inclui a Cereser, a famosa linha de bebidas a base de maçã em diversas opções de sabor, inclusive sem álcool e na versão diet, sem álcool e sem adição de açúcar; Chuva de Prata, uma das campeãs de vendas da categoria sidra-filtrados; vermouth Cortezano, nas opções Bianco e Rosso; vinho Dom Bosco, nas opções tinto seco, tinto suave, branco seco e branco suave, além dos rótulos 100% Bordô nas versões seco e suave; 88 Old Cesar, aguardente de cana-de-açúcar com composto de carvalho; Chanceler, aperitivo de malte whisky; Roskoff, linha de vodka tridestilada e sete vezes filtrada nas versões tradicional e nos sabores limão e frutas vermelhas, além de coquetéis à base de vodka nos sabores blueberry, morango com limão e limão;  Kadov, linha de vodka Premium nas opções clássica e saborizada Cranberry e Vanilla; Georges Aubert, a premiadíssima marca de espumantes finos nas opções Moscatel, Brut, Brut Rosé, Demi Sec e os novos Moscatel Rosé e Nature; vinhos finos Massimiliano, que incluem vinhos finos e espumantes produzidos na Serra Gaúcha; e Spunch, a linha infantil composta de suco de uva tinta integral e xarope de groselha.

 

Bimbo Brasil: produtos saem diretamente da linha de produção para os caminhões

A Bimbo Brasil (Fone: 0800 702.4626) é responsável por sete marcas bem conhecidas dos brasileiros – Pullman, Plus Vita, Nutrella, Rap10, Ana Maria, Crocantíssimo e Pingüinos – que contemplam pães brancos e especiais, snacks doces e salgados e tortilhas.

E, como conta Carlos Hernández, head de Supply Chain da empresa, a Bimbo Brasil utiliza transporte próprio e terceiros dedicados. Desta forma, consegue mais agilidade nas entregas de seus produtos, que saem diretamente da linha de produção para os caminhões. A definição do modelo de atendimento é de acordo com a quantidade de clientes e o nível de serviço para atendimento.

“A Bimbo Brasil utiliza em média 1.140 veículos para suas viagens diariamente em todo o Brasil. E possui plantas e Centros de Distribuição que atendem todo o país via transporte terrestre. São seis fábricas que abastecem mais de 70 mil clientes em todo o País por mais de 1.700 rotas de distribuição. Além disso, possui 48 CDs (chamados na Bimbo de Centros de Vendas) espalhados por todas as regiões do Brasil.”

Hernández acredita que o maior desafio logístico para a indústria de panificados em geral é a entrega rápida por conta do shelf life dos produtos. Este é um dos motivos que a Bimbo Brasil optou por fazer a própria distribuição, através de uma estratégia consistente com abrangência nacional. O grande diferencial é a agilidade desde quando o produto sai da linha de produção até chegar ao cliente e, consequentemente, à casa do consumidor. Desta maneira, este tem um prazo maior para o consumo do produto. “A Bimbo adota procedimentos rigorosos de qualidade em seu transporte. Além disso, diversificou sua frota para atender o mercado de forma ágil e com uma visão otimizada dos fluxos de Out Bound e In Bound.”

O head de Supply Chain conclui dizendo que utilizam monitoramento em tempo real de seus veículos, visando maior controle das entregas e eficiência de sua logística. As rotas de entregas são planejadas para otimizar o atendimento nas mais diversas regiões, gerando economia de combustível e mais assertividade na quantidade de veículos para sua necessidade.

 

Fini: gestão própria da logística pelas particularidades dos canais de vendas

Líder no segmento de candies no país, a Fini Brasil (Fone: 11 4589.6450) optou pela gestão própria da logística e a terceirização da maior parte dos transportes, principalmente pela complexidade e características de cada região do Brasil, além das particularidades dos canais de venda em que atua – varejo, atacado doceiro, franquias, e-commerce, cinemas e parques de todo o país. “Hoje contamos com 27 parceiros nas operações de transporte e armazenagem”, aponta Carlos Donizete Guimarães, diretor de Operações Logísticas da empresa.

Ele também conta que são movimentados em média 67 caminhões por dia, na fábrica e no CD, que estão localizados em Jundiaí, SP, e também nas filias de Recife, PE, e Itajaí, SC. “Partindo destas três origens expedimos cargas completas e fracionadas para todos os estados no Brasil.”

Todas as operações nacionais da Fini estão no modal rodoviário e para as exportações, que são feitas para toda a América do Sul, a empresa opera nos modais aéreos e marítimos. E também foram retomados os estudos sobre a viabilidade das operações com cabotagem para as cargas destinadas ao Nordeste.

Quanto à armazenagem, Guimarães lembra que no Sudeste a empresa possui dois CDs próprios, com capacidade de 25.000 posições-paletes, e nas regiões Sul e Nordeste possui CDs terceirizados, com capacidade de 2.800 posições-paletes cada um. “Realizamos a gestão dos Centros de Distribuição próprios e terceirizados com o objetivo de otimizar as operações e garantir a acuracidade dos estoques, promovendo, assim, maior controle dos processos.”

Sobre os maiores desafios enfrentados pela Fini – cujo portfólio completo, com mais de 200 produtos, inclui balas de gelatina, marshmallows, tubes e chicles, além da Linha Bem-Estar, que envolve balas enriquecidas com ativos funcionais como cálcio, colágeno e vitaminas – o diretor de Operações Logísticas diz que é manter a excelência nos níveis de serviços com tarifas competitivas.

“Entendemos que atuando com foco na produtividade, inovação e capacitação da equipe atingimos esses objetivos. E aqui na Fini compartilhamos os desafios com os nossos parceiros estratégicos, e trabalhamos juntos medindo e melhorando a performance dos serviços. Temos como objetivo também mitigar os aumentos nos custos da operação. Por exemplo, com a maior produtividade nos veículos dedicados conseguimos neutralizar os impactos nas variações de preço dos insumos. Com isso potencializamos a nossa competitividade frente ao mercado, otimizando os recursos e promovendo a viabilidade econômica em toda nossa cadeia logística.”

Guimarães também destaca que, como líder do segmento de candies no Brasil, a empresa tem expertise não só na produção, mas também em todo o processo logístico, e conta com um rigoroso critério de avaliação para homologação dos prestadores de serviços, além da gestão dos indicadores em sua Torre de Controle. E para garantir a qualidade dos seus produtos, em regiões mais quentes do país operam com armazéns climatizados.

“Em nosso DNA trazemos a paixão, o orgulho e o encanto, proporcionando boas surpresas e experiências aos clientes e consumidores. Quando falamos sobre os diferenciais da logística em benefício dos clientes podemos destacar a flexibilidade para atender às diversas demandas e necessidades dos clientes e com o alto giro dos produtos em nossos estoques garantimos a qualidade, disponibilidade e a entrega perfeita.”

O diretor de Operações Logísticas também fala sobre o que foi adotado em termos de logística para se adequar ao mercado. “Não só para se adequar ao mercado, mas também se destacar pelas soluções adotadas, fizemos um estudo da malha logística utilizando como principais critérios o nível de serviço, o custo logístico e os benefícios fiscais, e obtivemos excelentes resultados que nortearam nossas decisões estratégicas.”

No ano passado a empresa implantou uma célula de Gerenciamento de Risco com o objetivo de garantir o check list dos veículos para os carregamentos, segurança e o monitoramento on time de todos os veículos que transportam os seus produtos.

“Além disso – prossegue Guimarães – estamos próximos e em constante avaliação das necessidades dos nossos clientes, planejando e desenvolvendo ações para atender as particularidades de cada canal e região. Adaptabilidade e agilidade norteiam as nossas ações no dia a dia.”

Importantes ferramentas tecnológicas auxiliam a Fini em todo o processo da cadeia logística. Além do WMS e TMS, a empresa utiliza o roteirizador RoadShow, que, segundo o diretor de Operações Logísticas, proporciona maior efetividade no planejamento das entregas e otimização dos veículos, e a ferramenta Performaxxi, que garante o monitoramento das entregas em tempo real.

 

Cepera: modais rodoviário e marítimo atendem a demanda

A linha de produtos da Indústria e Comércio de Produtos Alimentícios Cepera (Fone: 0800 770.3480) inclui molhos, doces, temperos e conservas vegetais. E para atender ao mercado, a empresa trabalha com transportadora própria (Grupo – Onofre Barbosa) e terceirizada (R&D Transportes e Logistica, AGA Logistica e RDR Logistica, entre outras), analisando a demanda do mercado e a sua necessidade para o atendimento a nível Brasil.

“Diariamente utilizamos uma média de 20 veículos, dentre eles toco, truck e carreta. E temos parceria com a Truck Pad, por onde fazemos a contratação dos veículos de viagens. O atendimento é a nível Brasil, com a carga seguindo diretamente para os nossos clientes, e contamos com o apoio das transportadoras a nível Brasil. Utilizamos os modais rodoviários e marítimos, pois temos rotas de entregas rodoviárias com prazo superior ao dos marítimos. Por exemplo, para Manaus utilizamos o marítimo”, explica Kleber Pavolin, gerente de Logistica da empresa. Ele também informa que a Cepera tem um CD próprio com 3.000 m², localizado em seu parque industrial, onde há uma capacidade de atendimento mensal dos clientes.

“O nosso maior desafio logístico é a redução do ciclo do pedido (prazo de entrega), com isso estamos sempre nos aprimorando e buscando parceiros que possam fazer parte deste resultado.  O nosso diferencial é trabalhar com parceiros e transportadoras comprometidas com o seu resultado, analisando sempre a sua roteirização e clientes, para não termos custos altos e retrabalhos”, acrescenta, agora, Decio Augusto da Costa  Filho, CEO da Cepera.

Há vários anos já se fala que o serviço proporcionado pela logística é uma das grandes oportunidades para as empresas que desejam diferenciar seus produtos/serviços no mercado. “O serviço ao cliente é cada vez mais valorizado, tanto pelos consumidores finais quanto pelos clientes institucionais, pois apenas bons produtos e bons preços não são suficientes para atender às exigências de uma transação comercial. Isto porque, embora produto e preço sejam fatores essenciais, a rapidez na entrega, a disponibilidade de produto, o bom atendimento, a ausência de avarias, entre vários outros itens de serviço, criam valor ao reduzir os custos para o cliente e/ou aumentar sua vantagem competitiva”, diz agora Pavolin.

Sobre o que a empresa adotou em termos de logística para se adequar ao mercado, o gerente de Logística lembra que, primeiramente, precisou entender a necessidade de seus clientes e, a partir deste ponto, implantaram internamente alguns trabalhos como “OTIF”, para a garantia da qualidade de serviços aos clientes.

“Hoje contamos com sistema de rastreamento das entregas, controle do ciclo de pedido e o acompanhamento da demanda dos nossos clientes”, finaliza o CEO da empresa.

 

RAR: Terceirizados atendem várias  regiões no país

A linha de produtos da RAR (Fone: 54 3231.4700) compreende lácteos, cárneos, frutas, vinhos, azeites e acetos. “Atuamos com Operador Logístico – Transmassa (SP/RJ) – e frota terceirizada – Damacel Transportes, Tio Carlo Transportes, Stigma Transportes e MSB Transportes – para os lácteos, vinhos, cárneos, azeites e acetos. Para as frutas, operamos com 70% frete FOB e 30% frete SIF.”

A explicação é de Angelo Paulo Sartor, diretor da Unidade Láctea. E a razão? “Custos”. E ele acrescenta: a média de veículos usados na logística é de três caminhões/dia, enquanto o número de viagens envolve 15 veículos por semana, de Vacaria/RS para RS/SC/PR/SP/RJ e estados do Nordeste. “Outra peculiaridade é que o lácteo usa um só modal para operações de Out Bound, o rodoviário, enquanto nas exportações usamos dois modais, rodoviário e marítimo”, diz Sartor.

Ele também informa que a empresa conta um armazém próprio na origem (Indústria), em Vacaria, RS, com área de 25.000 m², usado para lácteo e fruticultura, e que os maiores desafios logísticos enfrentados pela empresa incluem o processo Demanda x Oferta, bem como o LSA – Level Service Agreement.

Sobre os diferenciais da logística da sua empresa, levando em conta o tipo de produto transportado e armazenado, Sartor aponta o refrigerado e rastreado na cadeia do frio, enquanto os diferenciais da logística da empresa em benefício dos clientes incluem atendimento on line x entregas com precisão.

Além de parcerias, para se adequar ao mercado, a RAR também emprega tecnologias como ERP – Controles Financeiros, Fiscal, Contábil e Administrativo; e GFE – Gestão e Frete Embarcador (TMS – Embarcador). Já o WMS, para CDs x Movimentação de Estoques, está em projeto.

 

Natural da Terra: desafio é oferecer produtos frescos em menos de 24h do fornecedor até a banca

Os produtos da Hortifruti Natural da Terra (Fone: 21 2111.7575) são divididos, em sua maioria, em três categorias : FLV, Perecíveis e Mercearia. No entanto, o grande negócio é o FLV (Frutas, Legumes e Verduras), com representatividade de 42% no faturamento. Os perecíveis representam 38%, a mercearia, 19% e outros, 1%.

“Temos, no momento, cinco Centros de Distribuição, localizados em três estados – Rio de Janeiro, São Paulo e Espírito Santo –, sendo São Paulo com um CD multicategoria de 6.600 m², Espírito Santo com um CD de FLV medindo 2.700 m², que abastece as lojas do próprio estado e o Norte Fluminense, além de ser um ponto consolidador de mercadorias para as lojas do Rio de Janeiro, e neste Estado temos dois CDs de FLV, somando 3.500 m². Por fim, temos um CD de Mercearia e Perecíveis com 5.600 m², localizado em Caxias, RJ. Um total de 18.400 m² para abastecermos nossas 55 lojas”, relaciona Paulo Zerpini, gerente geral de Supply Chain.

Ele destaca, ainda, que a empresa está em processo de centralização dos três pontos de distribuição no Estado do Rio de Janeiro, criando, assim, um grande CD de multicategorias com 17.000 m². O objetivo desse projeto é ter uma única operação, proporcionando ganhos de multifuncionalidade, sinergia de transporte, sustentação e garantia da expansão do grupo e clima organizacional ainda melhor para os colaboradores.

Já as operações de picking nos CDs e a entrega nas lojas são realizadas por equipe e frota própria. No entanto, as operações de transferência de mercadorias interestaduais são realizadas com motoristas próprios e por frota locada, da Transmarks e JSL.

“Para garantir o abastecimento de nossas lojas, contamos com 92 veículos para entregas urbanas, distribuídos em VUC, toco e truck, e mais 11 carretas de interestaduais que fazem o ciclo CD Espírito Santo x Lojas do Rio de Janeiro, CD São Paulo x Lojas do Rio de Janeiro e CD Espírito Santo x CD São Paulo. O modal rodoviário é o mais eficiente para o nosso negócio, mas, para mercadorias importadas da Europa utilizamos o modal marítimo”, comenta Zerpini.

Como se pode perceber, a logística do Hortifruti Natural da Terra tem como desafio colocar produtos frescos à disposição dos clientes em menos de 24h do fornecedor até a banca. Para isso, é necessária uma grande coordenação entre recebimento, separação e expedição para atender no prazo, buscando o menor custo e, principalmente, mantendo qualidade e frescor dentro dos padrões de excelência, garantindo, assim, o melhor para os clientes.

Para cada mercadoria manuseada, seja ela FLV (Frutas, Legumes e Verduras), Mercearia ou Perecíveis, Zerpini conta que “temos o cuidado de movimentar para a banca/gôndola como se estivéssemos colocando nas dispensas dos nossos lares. Minha filha adora nossas lojas, ela se diverte dentro delas, e ter a certeza de que estamos comprando juntas mercadorias frescas, com qualidade e saudáveis para minha família exemplifica o diferencial da logística da empresa em benefício dos nossos clientes.”

Ele também destaca que “o envolvimento do time, desde a elaboração do orçamento anual, passando pela construção do sonho, até as comemorações dos resultados, faz toda a diferença. Temos uma série de indicadores diários que são monitorados por diversas ferramentas de gestão para sustentar o resultado, além de corrigir rapidamente algum desvio que ocorra na cadeia sem gerar impacto para nossos clientes”.

O gerente geral de Supply Chain também ressalta que o diferencial da empresa é não pensar somente como logística. “Sabemos da importância da coesão e alinhamento com o time comercial, e temos consciência de que o time de lojas são os nossos clientes internos e todos estão juntos no mesmo objetivo, que é proporcionar uma excelente experiência de compras para nossos clientes.”

Para garantir e suportar os seus processos de qualidade, o Hortifruti Natural da Terra utiliza o CLICQ, uma plataforma completa para gestão da qualidade dos produtos e padronização dos processos dos CDs. Essa ferramenta garante: fichas técnicas (especificações de cada mercadoria de FLV) padronizadas para check no ato da inspeção de qualidade no recebimento de mercadorias; registro de todas as inspeções de qualidade com fotos e comentários; relatórios personalizados; e painel de indicadores com a porcentagem de cada mercadoria recebida, bem como Ranking de Fornecedores.

“Com isso, conseguimos a cada dia buscar a melhoria contínua de nossos processos de qualidade, garantir a rastreabilidade de nossas mercadorias e, por fim, como nosso maior objetivo, a satisfação de nossos clientes”, finaliza o gerente geral de Supply Chain.

 

Vibra Agroindustrial: transporte marítimo para atender o mercado externo

Hoje, a Vibra Agroindustrial (Fone: 51 3883.2100) conta com transportadoras e Operadores Logísticos especializados em diversas partes do País, resultado dos investimentos em inovação e desenvolvimento de novos produtos. “Com o aumento das movimentações, passamos a focar ainda mais no mercado e, também, a investir em bons parceiros, que fossem capazes de acompanhar as nossas estratégias e tivessem interesse em crescer junto com a gente. Dentre os principais transportadores terceirizados estão a DMX Logística, Transportes Raízes, Ediza Transportes, Jonas Maschio, Cosma Fabiane, Vieira e Carvalho, Minas Brás, Transportes Souza Araújo, Comércio e Transportes Mariziléia, LB Multimodal, Yung e Yung, Friozem e Wiw.”

A afirmação é de Fabricio H. Gigena, gerente de Logística da empresa, que também expõe que é carregada uma média de 60 caminhões somente de produto acabado todos os dias. Os principais destinos no Brasil são os estados do Sul, Sudeste, Amazonas e alguns da região Nordeste. Já no exterior, os produtos da empresa chegam a mais de 50 países atualmente. A Vibra possui mais de 150 produtos em seu portfólio atual, que inclui as marcas Nat, com destaque para os cortes congelados um a um (IQF), e também a linha Nat Verde, com frangos embalados em atmosfera controlada (ATM). Já para atender parte do mercado externo a empresa possui a marca Avia.

A Vibra registra quase metade das suas vendas para o mercado externo, por isso, o transporte marítimo faz parte das suas operações, além da cabotagem para estados do Norte e Nordeste. “Estamos sempre atentos também às evoluções da estrutura da malha ferroviária, sendo, inclusive, uma opção que vem sendo pensada a médio/longo prazo”, diz Gigena.

Por outro lado, a empresa conta com estrutura de armazenagem própria nas suas unidades frigoríficas em Pato Branco, PR, Itapejara D’Oeste, PR, e Sete Lagoas, MG. Quando necessário, tem, ainda, a opção de armazenagem em seus parceiros, que atendem pedidos pontuais e específicos.

Desafios – O gerente de Logística destaca que um dos maiores desafios na Logística é atender às demandas diante desse mercado instável e de mudanças rápidas. Mas – continua ele –, assim como acontece com outras empresas, quanto melhor for executado o que foi planejado, menor será o custo e melhor será o nível do serviço prestado.  A Vibra tem conseguido administrar esse e outros fatores, obtendo a vantagem competitiva necessária para continuar crescendo.

“Em minha opinião, não existe fórmula mágica para isso. O que realmente contribui para termos alguma vantagem é uma boa comunicação com todas as áreas da empresa, principalmente Comercial e de Planejamento, além de uma visão sistêmica, sempre com o olho nos acontecimentos nacionais e internacionais.”

Gigena destaca, ainda, que a empresa tem uma cadeia muito grande: conta com o transporte da ração, do frango vivo e também dos produtos acabados. Tudo isso é gerenciado pelas áreas de Transporte (frango vivo) e Logística (produto acabado). Com relação ao produto acabado, a Vibra vem conseguindo uma redução no transit time de 17,5% para a operação internacional, baseada em uma reestruturação no processo de gestão e acompanhamento diário das cargas. Com isso, conseguiu elevar a qualidade do serviço como um todo e, ainda, obter uma substancial redução nos custos.

“O fato de possuirmos fábricas próprias de ponta a ponta no processo, sendo uma das poucas empresas brasileiras do setor avícola que dispõe dessa estrutura, conseguimos oferecer como diferenciais uma criação controlada, que reflete na qualidade dos nossos produtos. Aliado a isso, nossas embalagens da linha Nat Verde, por exemplo, garantem mais tempo de validade, por isso, é importante que a entrega seja eficiente desde o início. Essa expertise tem nos permitido operar de maneira a não impactar o preço nas gôndolas nem afetar os custos de logística como um todo.”

O gerente de Logística também informa que a empresa está investindo em gestão especializada. Para isso, formou um time com experiência focando em pessoas e na formação de equipes capazes de garantir melhorias de processos, um melhor uso das ferramentas de gestão e, consequentemente, elevar o nível de serviço. “Nossos indicadores refletem esta equação e mostram muitas oportunidades que ainda pretendemos explorar no futuro.”

 

Mordidela: são enfrentados pelo menos três desafios logísticos

A Mordidela (Fone: 17 3301.2029) trabalha atualmente com uma vasta linha de produtos congelados, dentre eles, salgados, minissalgados, hambúrgueres, pratos executivos congelados e linha de cremes: açaí, pitaya e cupuaçu.

E enfrenta pelo menos três desafios logísticos, conforme conta Bruno Zanetti, CEO do Grupo ZNTT, holding multissetorial de franquias que detém a marca Mordidela.

“O primeiro, a escassez de parceiros logísticos para transporte de produtos congelados no país – poucas empresas fazem, sobretudo em territórios geográficos pequenos. O segundo, os altos custos de manutenção e preços de insumos, como combustível, pedágio e pneus, que sofrem com inflação semanalmente. Em terceiro, a falta de infraestrutura rodoviária no país, principalmente nas regiões mais ermas. Não existe uma solução imediata, no caso dos três desafios infelizmente dependemos de uma melhora no cenário econômico geral do país.”

Com relação aos diferenciais da logística da empresa, levando em conta o tipo de produto transportado e armazenado, Zanetti relaciona agilidade e qualidade. “Como transportamos 70% de nossos produtos em frota própria e apenas produtos para nossa rede, temos o controle total da qualidade da entrega do produto congelado, respeitando as temperaturas indicadas e com velocidade inigualável para nossa rede.” Assim também podem ser colocados os diferenciais da logística da empresa em benefício dos clientes: qualidade do produto e agilidade na entrega. E, para se adequar ao mercado , a empresa adotou carros menores e mais econômicos para redução dos custos de transporte.

Operacional – Zanetti conta que trabalham tanto com logística própria, quanto terceirizada. Em um raio médio de 1.000 km utilizam logística própria. Acima dessa quilometragem, trabalham com parceiros terceirizados: Aliance, Rilog e Alaska, entre outros. “Em média são usados cinco veículos, em cinco viagens com destinos iniciais e finais por dia. Todas saem de São José dos Campos, SP, com destinos variados em 25 estados brasileiros. Para Manaus, AM, além do transporte rodoviário, utilizamos a balsa.”

Atualmente, a empresa conta com dois CDs: um em São José dos Campos, SP, e outro em Gravatá, PE, com aproximadamente 1.000 m² cada um.

A Mordidela atua com monitoramento do caminhão, para segurança dos colaboradores e acompanhamento de resultado e cumprimento de rotas e prazos. E com o rastreio da carga, para o seu cliente ter atualização e poder se programar com os clientes a carga e descarga e agilizar o trabalho completo entre vendedor x comprador. Utiliza, ainda, termômetro de carga e descarga, para manter a correta e perfeita qualidade do produto, desde a carga até a descarga, excluindo, assim, qualquer possibilidade de danos ou perdas.

 

Pif Paf Alimentos: atuando com diversos modelos operacionais

A Rio Branco Alimentos – Pif Paf Alimentos (Fone: 0800 283.0872) possui diversos modelos operacionais.

“Há casos em que fazemos as operações de armazenagem em nossas estruturas. Em outras situações, operamos em estruturas de terceiros, com mão de obra da Pif Paf, e há ocasiões em que nossas operações de movimentações são 100% terceirizadas. Neste último caso, possuímos somente recursos administrativos que gerenciam algumas rotinas e monitoram toda nossa operação, a fim de assegurar que as demandas sejam atendidas em sua plenitude.”

Quanto aos processos de transporte – continua Paulo Augusto Artifon, diretor de Logística – a empresa opera 100% com frota terceirizada, não possuindo nenhum veículo para os processos de distribuição e transferência.

“Por termos uma diversidade grande em nossas operações, somos bastante seletivos na busca de parceiros. Entendemos que a cadeia logística faz toda a diferença, não queremos ser referenciados como uma estrutura geradora de custos, mas, sim, como uma ‘estrutura que agrega valor ao negócio’. Por quê? Embora a logística seja, para nós, uma ferramenta de venda e agregadora de valor ao nosso negócio, acreditamos que o melhor local para investirmos o patrimônio dos acionistas é em nossa atividade principal. Obviamente, não perdendo o foco de seus diferenciais competitivos, no qual entendemos que somos um elo forte na cadeia de geração de valor.”

Artifon aponta que a empresa tem diversos parceiros estratégicos que contribuem fortemente para o seu modelo logístico, por exemplo, nos casos das transportadoras: TransZilli, Fitepaldi, Coopertruni, Coopertral, Coopernova e Cooperativa Montenegro, entre outros. No caso dos Operadores Logísticos, possui operações igualmente estratégicas, como: Friozem, MGFrio, Bem Frios, TotalService, entre outros parceiros que garantem o índice de excelência da empresa.

“Atuamos praticamente em todos os estados da federação, porém de forma mais ampla na Região Sudeste. Usualmente operamos com, aproximadamente, 450 veículos para distribuição e 110 veículos para transferências de congelados. Para as atividades intermediárias, possuímos frotas dedicadas especializadas e específicas para transporte de rações, frangos e suínos vivos, ovos e insumos para nossos processos produtivos. Atuamos, também, no mercado internacional: importamos e exportamos para diversos países. Parte de nossa operação ocorre por meio de transporte marítimo, tendo como principais destinos Hong Kong, Japão, Cingapura, Argentina e Rússia, dentre outros, e fornecedores do norte da Europa e Mercosul.”

O diretor de Logística também ressalta que a Pif Paf possui um Centro de Distribuição próprio, em sua maior unidade, que movimenta cerca de 40% da operação – a empresa possui 10 unidades industriais e 12 unidades produtivas, que geram 270 mil toneladas de produtos acabados por ano.

Ainda aluga e opera com mão de obra própria outros dois CDs em regiões estratégicas. E conta com mais duas unidades de venda e armazenagem, operando de forma híbrida com estoques posicionados e com operação de Cross-Docking, além de outras quatro dedicadas à operação de Cross-Docking, ambas em regiões de mercados em expansão.

“Nosso principal desafio é equacionar o nível de serviços com o custo de servir, pois os clientes estão ficando, a cada dia, mais exigentes, nos estimulando a reinventar as estratégias com uma grande frequência. As palavras de ordem hoje, em nossa logística, são flexibilidade, criatividade e inovação. Acreditamos, fielmente, que para surpreender nossos clientes, precisamos sempre estar na vanguarda da prestação de serviço, ou seja, termos os melhores níveis de serviços e produtos a custos competitivos. Dessa forma, estamos muito próximos de nossas estruturas de apoio, como as seguintes áreas: Recursos Humanos, que oferece capacitação da mão de obra e o melhor recurso humano disponível no mercado; Tecnologia de Informação (TI), que oferece o melhor sistema e auxilia, de forma bastante constante e eficaz, com ferramentas de gestão, nos permitindo ficar sempre em destaque frente ao mercado; área comercial, que é parceira e auxilia sempre que temos problemas com as anomalias durante o processo de entrega; além das demais áreas que são igualmente importantes em toda a cadeia, como Suprimentos, Agropecuário, Indústria e Financeiro.”

Artifon também revela que a cadeia logística da empresa é bastante complexa. Trabalham com alimentos congelados e entregam, anualmente, aproximadamente 2.300.000 pedidos. “Particularmente, acredito que nosso principal diferencial é o engajamento de todas as pessoas (funcionários e terceiros) na busca de um único objetivo: sermos os melhores no que nos propusemos a fazer. Temos uma equipe motivada, que acredita na nossa proposta e nos leva a indicadores de performance que, com certeza, são referência no mercado de produtos refrigerados. Possuímos, por exemplo, uma efetividade de entrega superior a 98,7%, devoluções abaixo de 0,6%, OTIF acima da casa de 93%, além de perdas de estoque abaixo de 0,015%. Embora parte de nossas atividades seja braçal, nossos índices de turnover e absenteísmo são bastante baixos em relação ao mercado. Investimos muito na capacitação de nossos colaboradores e de nossos parceiros, além de possuirmos um diálogo muito transparente e próximo, motivo pelo qual a relação se perpetua por longo tempo”, destaca o diretor de Logística da Pif Paf Alimentos, que é a maior companhia do setor no Estado de Minas Gerais e uma das 10 maiores empresas brasileiras no setor de processamento de aves e suínos. Seu mix contempla mais de 350 itens, entre eles elaborados de carnes de frango e suíno, pizzas, lasanhas, pães de queijo, embutidos, vegetais e pescados. Fazem parte do Grupo Pif Paf as marcas Pif Paf, Ladelli, Pescanobre, Flip e sucos Tial e Máximo.

Diferenciais – Artifon também fala sobre os diferenciais de logística da empresa em benefício dos clientes. A Pif Paf possui, em sua carteira, aproximadamente 90.000 clientes, sendo que 60% de seus pedidos são entregues em até 24 horas. Os demais obedecem ao gradeamento. “Temos, também, um alto índice de efetividade e um baixo índice de indisponibilidade de produto. Isso faz com que o cliente compre na certeza de receber no dia combinado e dentro das especificações do produto.”

O diretor de Logística também aponta que a Pif Paf possui uma relação muito próxima com a área de TI (Tecnologia da Informação), a qual apoia diuturnamente na busca das melhores soluções para surpreender os clientes. “Esse casamento é perfeito na busca da excelência. Implantamos, recentemente, o WMS para melhorar os controles de estoques. Nossas entregas são monitoradas, os conhecimentos de frete são emitidos imediatamente após o faturamento e sem intervenção humana, o que elimina erros. Desenvolvemos um dashboard para controlar todos os indicadores de performance, estamos implementando Torres de Controles para facilitar a gestão, além de outras implantações tecnológicas que desenvolvemos para melhorar ainda mais nosso atendimento e para nos manter na vanguarda.”

Todos os processos da empresa estão conectados a uma única plataforma SAP. Desde o processo de campo até o processo de entrega, todas as atividades conversam entre si, como, por exemplo, WMS, Transportation, estoques e vendas, entre outros.

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