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Conteúdo 19 de janeiro de 2022

Lições para a cadeia de suprimentos em 2022

*Por Waldir Bertolino

Os últimos anos têm sido cheios de desafios para empresas em todo mundo. Transformações inesperadas surgiram, muitas das quais os times não estavam preparados para lidar. Enquanto algumas companhias foram capazes de reagir rapidamente a essas mudanças, muitas enfrentaram essa nova realidade sem as tecnologias ágeis e flexíveis para driblar as adversidades do cotidiano.

À medida que a crise sanitária foi evoluindo, as empresas de todos os portes e setores sentiram a necessidade urgente de reconfigurar seus processos na cadeia de suprimentos, não apenas para um mercado em mudança, mas também para um mundo diferente. Segundo as previsões do IDC Brasil, 71% do setor manufatureiro na América Latina, considera a tecnologia como o fator mais relevante para enfrentar a nova economia

Nesse contexto, com o avanço da vacinação, agora as organizações começam a concentrar seus esforços nas áreas que irão auxiliá-las a se estabilizar neste ambiente e planejar o que está por vir. No centro dessa estratégia devem estar sistemas, processos e pessoas que incentivem a agilidade e a inovação. A tecnologia claramente é uma aliada e desempenhou um papel importante na capacidade das organizações em enfrentar os desafios de 2021, mas quais são as tecnologias-chave que continuarão a ser importantes para as marcas que olham para 2022 e além?

Gestão de Armazéns na Nuvem

Segundo a IDC, quase 43% das empresas pretendem levar algum de seus sistemas de gestão para a nuvem nos próximos dois anos. Para 31%, substituir uma aplicação atual por uma em SaaS é a abordagem preferida para a modernização de workloads. Por isso, a IDC prevê alta de 12,6% nos gastos com soluções ERP (finanças, contabilidade, gestão de pessoas e ativos, controle de produção, logística, cadeia de suprimentos, etc.) chegando a US$ 3,4 bilhões. Desse valor, SaaS representará 14%.

O principal benefício das soluções em nuvem é reduzir o tempo entre a formação de uma ideia de negócio e a capacidade de colocá-la em produção, com a arquitetura nativa da nuvem funcionando melhor quando as cargas de trabalho são altamente imprevisíveis ou temporárias — exatamente o cenário que testemunhamos nos últimos anos.

Dos booms do comércio eletrônico à popularidade crescente de novas opções como compras online e retirada na loja, a primeira abordagem da nuvem é capaz de impulsionar e implantar soluções inovadoras que atendam aos requisitos de mudança dos negócios.

Ser nativo da nuvem oferece à organização a flexibilidade de escolher quais partes do aplicativo abstrair, o que significa que os aplicativos podem ser melhores projetados para lidar com frequências mais altas de mudanças (incluindo dimensionamento e falhas) e mais capazes de lidar com os desafios de negócios que se beneficiam da modularidade das aplicações. Esse nível de flexibilidade permite que as empresas incentivem uma cultura que seja mais propícia para o fomento de ideias inovadoras não apenas em TI, mas também em toda a organização. E em nenhum momento vimos a importância dessa abordagem flexível e ágil tanto como nos últimos tempos.

Numa época em que o comportamento do cliente está mudando em um ritmo tão rápido, as tecnologias baseadas em nuvem podem garantir que toda a rede da cadeia de suprimentos tenha flexibilidade e agilidade para adaptar, inovar e implantar soluções para atender a essas expectativas de mudança — obrigatórias para todas as marcas que buscam um panorama de longo prazo além de 2022.

A pandemia é um lembrete nítido de que não podemos prever e nem prevenir situações diversas, como desastres naturais ou atritos políticos. O que podemos fazer é mitigar os efeitos de tais eventos na sociedade e no comércio global, garantindo que a tecnologia que apoia as cadeias de suprimentos e negócios seja capaz de impulsionar e trazer inovação para o mercado, rapidamente, mesmo nos momentos mais desafiadores.

Inteligência artificial (IA): o benefício dessa tecnologia vai além de melhorar a tomada de decisão dos líderes logísticos. Ela ajuda a automatizar todas as atividades pertencentes ao ecossistema, além de realizar a convergência dos dados extraídos de sensores do chão de fábrica e do transporte para o varejo. E tudo isso vai oferecer mais visibilidade para todos os colaboradores envolvidos na operação logística.

Internet das Coisas (IoT): coleta e consolidação de dados em tempo real de ativos fixos e móveis. Com essa solução, é possível obter insights precisos sobre entrada e saída de produtos dos armazéns, aumentando a eficiência da gestão do estoque com a mitigação de excedentes ou reposição dos itens em falta.

A adoção em massa de IoT na indústria está impulsionando o crescimento do mercado de software de gerenciamento de estoque, que ultrapassou os US$ 3 bilhões em 2019, segundo a última edição da pesquisa Inventory Management Software Market, lançada em junho de 2020 pela consultoria Global Market Insights. O levantamento também estima que esse mercado deverá crescer 5% até 2026.

Análise de dados: Em 2023, 50% das atividades de armazenamento usarão robôs e análise de dados para aprimorar o gerenciamento do estoque, segundo previsão do IDC. A consultoria, por meio do seu relatório anual IDC Manufacturing Insights, também aponta que o uso de data analysis poderá reduzir o tempo do processamento de pedidos pela metade.

Conectividade 5G: conectar dispositivos móveis para transmitir dados ou insights valiosos para tomar decisões baseadas em dados em tempo real. Essa é a vantagem de se apoiar em uma das inovações mais promissoras da indústria móvel.

Por fim, até o final de 2022, a expectativa é de que mais de 176 milhões de pessoas na América Latina comprem serviços e produtos online, fazendo com que as vendas ultrapassem US$ 2,3 trilhões. Esses números podem parecer animadores, mas para empresas que não possuem uma cadeia de suprimentos eficiente e disruptiva, os números se transformam em motivo de pânico e medo. Se olharmos para o futuro, é cada vez mais evidente que as empresas precisam fortalecer as cadeias de suprimentos, tornando-as cada vez mais resilientes — e existem tecnologias que podem ajudar com essa tarefa.

*Waldir Bertolino é Country Manager na Infor no Brasil

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