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Conteúdo 14 de outubro de 2020

Os pequenos negócios e a troca dos Correios pela logística privada

*Por Ricardo Hoerde

O vai e vem das greves dos Correios estão mobilizando os pequenos e médios negócios, que mais dependem do serviço da estatal, a buscarem as empresas de logística privadas para continuar entregando os seus produtos sem provocar atrasos ou insatisfação. Nem mesmo o recente anúncio do Governo Federal de que cinco grandes empresas têm interesse na privatização e compra dos Correios resolve, no curto e médio prazo, a experiência dos comerciantes que não têm transportadoras parceiras. Um processo complexo como este leva tempo e pode custar a sobrevivência de lojistas de menor porte diante da atual instabilidade econômica no Brasil.

Dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm) indicam que, apesar de a dependência dos correios por parte das empresas estar caindo, em 2019 ao menos um terço dos negócios com faturamento acima de R$ 10 milhões ainda usavam os Correios para fazer entregas de vendas online, enquanto 61% dos e-commerces disseram usar os serviços da estatal – 21 pontos percentuais menor em seis anos.

O fato é que as sucessivas greves e a imagem de que os Correios virou uma empresa engessada e até sucateada em termos de processos, atendimento e tecnologia está encorajando esses e-commerces a abandonarem a carteira da estatal. Eles estão buscando alternativas ao passo em que as empresas privadas realizam comunicação ativa entre cliente e operador logístico; são mais flexíveis; e estão se desenvolvendo em cobertura geográfica; redução de custos; resolução de problemas; e tecnologia para cobrir e ocupar este espaço no mercado de entregas.

É perceptível a ampla concorrência, porém são poucas as empresas que também investem nas personas envolvidas nesse processo, que são os funcionários das transportadoras, os entregadores, os parceiros estratégicos, os clientes e os clientes dos clientes, havendo muito o que ser feito. Na Diálogo Logística, especialista nacional em entregas de itens leves, neste ano conseguimos uma aproximação extraordinária com o mercado e dobramos a capacidade de entregas, ampliando nossos hubs de distribuição, atraindo novos parceiros de negócios e entregando, neste ano, mais de cinco milhões de produtos em mais de 1400 municípios brasileiros até setembro.

Tudo isso com investimento direto em inovação pensada para as pessoas, por exemplo, com o primeiro comprovante de entrega por comando de voz do país, que permitiu a realização de entregas seguras para entregadores e clientes diante da pandemia de Covid-19. Também ampliamos em 30% nossos talentos na operação e passamos de mil para mais de dois mil motoristas cadastrados, alinhados a nossa missão de trabalhar para entregar sonhos nos lares brasileiros.

Esse know-how e a confiança conquistada junto a grandes redes do varejo impulsionaram a busca dos pequenos e-commerces pelos serviços da companhia, mais fortemente a desde que a greve dos Correios começou e mesmo após seu término. O acréscimo de negociações iniciadas entre agosto e setembro superou os 200%, pulverizado em diferentes setores econômicos.

O impulso demonstra que os empreendedores estão entendendo que buscar apoio na logística privada não é complexo, nem caro, mas esse movimento exige um pouco dos pequenos negócios para que entendam levemente de tecnologia, e que abram um diálogo com as transportadoras para que elas os auxiliem para tornar a sua operação uma realidade de acordo com suas necessidades.

Para que a proposta atenda as expectativas do comerciante é indicado a ele conversar com a área comercial da empresa de logística, sondar os clientes que operam com a transportadora para entender o nível de operação, performance e velocidade na solução de problemas e avaliar a reputação no site “Reclame Aqui”. É importante considerar ainda o quanto do serviço de entrega representa do todo da experiência com este embarcador, e o quão relevante é apostar nessa estratégia para garantir a competitividade do negócio – fator decisivo para se tomar a decisão de migrar para a logística privada. As possibilidades são inúmeras, o inaceitável é se acomodar, sob pena de ser deixado para trás pela concorrência.

*Ricardo Hoerde é especialista no setor logístico e CEO da Diálogo Logística

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