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Conteúdo 30 de novembro de 2021

Um fim de ano com muitos desafios para a logística nacional e internacional

*Por Sérgio Caron

Ao contrário do Natal de 2020, onde tudo era muito incerto e o Brasil estava atravessando um momento ímpar impactado pela pandemia da Covid-19, acreditamos que neste ano o cenário será mais otimista com boa parte da população vacinada e o país voltando ao normal, com a retomada e abertura ao público de bares e restaurantes, e os familiares podendo comemorar o seu final de ano – ainda tomando todos os cuidados necessários, claro.

Neste contexto, certamente o volume de cargas movimentadas crescerá exponencialmente, incluindo mercadorias com alto valor agregado e atrativas para o crime que alimenta o mercado paralelo – mais movimentado nesta época.

Acidentes e avarias também merecem especial atenção pelo crescimento do fluxo em estradas, portos e aeroportos. Aqui, um ponto de atenção para os produtos da cadeia fria, que requerem análises e cuidados especiais.

Os campeões de vendas nesta época são Alimentos & Bebidas (com destaque aos tradicionais panetones, bacalhau, castanhas e nozes, kits com produtos de época), Cosméticos, Eletrônicos Celulares, Brinquedos, Vestuários, Calçados e Decoração Natalina.

Além dos riscos mencionados anteriormente, um sinistro envolvendo produtos de época poderá representar a perda de timing e consequente perda de mercado, que não representam riscos seguráveis.

Portanto, a gestão e gerenciamento de risco devem ser recalibrados para assegurar que um produto encomendado chegará a seu destino em perfeito estado e no prazo esperado.

Aqui a análise compreende desde o desenho de apólices aderentes ao perfil individual de cada segurado, até a consultoria de mitigação de risco, através de profissionais com ampla experiência de mercado. É importante que os parceiros das empresas de logística e transporte atuem em sincronia com os stakeholders do processo, incluindo, principalmente, embarcador, transportador, gerenciadora de risco e seguradora.

E-Commerce

Cabe aqui outra análise complementar. O e-commerce está cada vez mais presente no dia a dia do consumidor. Esta mudança comportamental do consumidor veio para ficar e há expectativa de crescimento em sua participação no final de ano, também impulsionado pelos novos hábitos desde o início da pandemia. Isto traz consigo preocupações com as entregas ao consumidor final – B2C, conhecidas como o last mile, bem como, com elevados acúmulos em centros de distribuição.

Para a operação e-commerce é necessário estar preparado para entregar soluções customizadas que incluem, além dos riscos de transportes, consultoria em Loss Control, com enfoque nos riscos patrimoniais – por exemplo, em casos de incêndio e invasões de armazéns.

Comércio Internacional

Em relação às operações internacionais, temos recomendado especial atenção aos limites e prazos contratados, em particular nos portos, aeroportos e zonas de fronteira. O aumento do volume pode gerar morosidade nos procedimentos alfandegários, resultando em acúmulos e permanência de carga, além do projetado inicialmente.

Neste ano, com a retomada da economia mundial “pós-pandemia”, há uma escassez de containers, redução na disponibilidade de navios e espaço nas aeronaves. O preço dos combustíveis também contribui significativamente para levar o preço do frete às alturas. Tais ingredientes trazem novos desafios operacionais e financeiros para o tabuleiro da logística.

*Sérgio Caron é Diretor de Marine e Cargo da Marsh Brasil

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