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Infraestrutura 7 de novembro de 2019

Centro Logístico da CNH Industrial em Sorocaba, SP, é modelo de sustentabilidade e eficiência

Cobertura: Carol Gonçalves

 

Reconhecida como uma das líderes globais no setor de bens de capital, a CNH Industrial convidou a imprensa especializada para visitar o mais moderno Centro Logístico da empresa na América do Sul, localizado em Sorocaba, SP.

A apresentação, que aconteceu no dia 10 de outubro último, foi organizada pela Aftermarket Solutions, unidade de negócios responsável pela estratégia comercial, marketing, serviços, customer care, product support, treinamento e distribuição logística de peças para as seis marcas do grupo: Case IH, Case Construction Equipment, New Holland Agriculture, New Holland Construction, IVECO e FPT Industrial.

Com área de armazenagem de 66.000 m², capacidade de estocagem de até 20 milhões de itens e alto fluxo de expedição de peças, o Centro de Distribuição é considerado um exemplo de sustentabilidade e modernidade. Por ano, são implementadas 3.000 inovações, sugeridas, inclusive, pelos próprios colaboradores.

Toda a estrutura em termos de logística e distribuição foi baseada no conceito WCL – World Class Logistics, que tem entre seus principais pilares a segurança do trabalho, a excelência no serviço ao cliente, a melhoria contínua e o controle de qualidade.

“Nosso objetivo é proporcionar a melhor experiência de pós-venda aos nossos clientes, por isso, nos dedicamos a garantir a mais alta qualidade dos produtos e serviços, no amplo suporte logístico de peças e na melhoria contínua da gestão de estoques. Tudo isso, em sinergia e relacionamento diário com nossas redes de concessionários”, comenta o diretor de marketing de Aftermarket Solutions, José Queiroz.

Construído nos conceitos de Green Building, o CD de Sorocaba é certificado Aterro Zero, ou seja, 100% dos resíduos gerados na unidade recebem destinação adequada de acordo com as normas ambientais.

Entre as iniciativas de destaque estão as cinco unidades de tratamento de água com capacidade para tratar 500 m³ por dia. Além disso, 100% das empilhadeiras que operam dentro do CD são elétricas, o que reduz a zero a emissão de CO2. Outros fatores que contribuem para essa conquista são a reciclagem de 97% dos resíduos de embalagens dos produtos que chegam ao local e a reciclagem de 21 toneladas por mês de madeira oriunda de embalagens dos fornecedores.

“Somos o primeiro CD do setor na América Latina a receber a certificação LEED Gold, o mais importante selo internacional de meio ambiente para edificações sustentáveis e, agora, somos também Aterro Zero, outro importante título que reafirma o nosso compromisso em benefício do meio ambiente”, conta o gerente de operações do Centro Logístico em Sorocaba, Sergio Cavalheiro.

 

Operações

O CD segue um fluxo linear, com recebimento em uma ponta e expedição na outra. Nas estruturas de armazenagem, que alcançam 10 metros de altura, são organizados os contenedores, padronizados e completamente alinhados. As áreas são separadas em baixo, médio e alto giros, sendo que as peças da IVECO ficam em local separado das demais.

Os itens dos setores agrícola e de construção, juntos, representam 70% do total do CD, sendo os outros 30% referentes à área de caminhões, cujas peças com maior saída são filtros, rolamentos e correias.

Todos os produtos importados que chegam ao local são etiquetados em uma área própria. Os nacionais entram por prioridade e tipo de linha. Segundo Cavalheiro, essa foi a primeira área que passou por melhorias a partir da aplicação da metodologia lean. Com o fluxo organizado de acordo com a urgência, a empresa aumentou sua produtividade em 30%, sem falar nos benefícios ergonômicos.

Nas áreas de baixo fluxo, onde estão peças de reposição antigas, os corredores são mais estreitos para otimizar o espaço. Para atuar nestes setores, a CNH utiliza empilhadeiras trilaterais da Jungheinrich.

Já no mezanino, há 90.000 posições de estoque de peças de alto giro, segregadas entre elas em baixo, médio e alto giros. Cavalheiro contou que 92% são separadas no mezanino e na parte inferior dos portapaletes. As esteiras transportam o material separado para a expedição, onde ele é pesado, etiquetado e, se for o caso, agrupado.

Os pedidos feitos até as 14h no caso de urgência e até as 17h em se tratando de máquina parada são enviados no mesmo dia, para todo o Brasil. Sem ser nestas situações, são até três dias para separação do pedido. A CNH conta com sete transportadoras parceiras, sendo que 90% dos pedidos são destinados ao mercado local, e 10% são exportados para a América Latina, seguindo os termos internacionais de comércio. No caso de grandes distâncias e urgências, é utilizado o modal aéreo.

Cerca de 60 veículos saem e entram por dia no CD. Diariamente, entram 1.500 linhas de pedidos e saem de 6.000 a 7.000. As operações de logística são 100% próprias.

Dentro do CD também há uma área de treinamento, onde os operadores podem aprender, por exemplo, a usar o equipamento de radiofrequência para as operações de picking de modo virtual e, depois, de forma prática, na estrutura montada especialmente para essa atividade, com carrinhos, materiais e marcações que auxiliam no aprendizado.

A CHN conta com 48 empilhadeiras das marcas Combilift, Hyster e Jungheinrich, incluindo uma articulada da Combilift para corredores estreitos. Cavalheiro diz que a empresa já chegou a utilizar 67 máquinas, mas reduziu para 48 nos últimos cinco anos com a otimização do fluxo a partir do uso de AGV e rebocadores.

Sobre o estoque, o controle é feito por amostragem, seguindo uma metodologia. O CD tem alta acuracidade: a cada mil peças, apenas 0,25 não é encontrada. Em valor, são estocadas em Sorocaba 100 milhões de dólares em peças.

 

Tecnologia

Para agilizar a separação de peças, a empresa utiliza um AGV (veículo guiado automaticamente), que percorre 11 quilômetros por dia dentro do armazém através de um cabo indutivo. Com capacidade de arrasto de 750 quilos em 13 vagões, transporta peças de um lado para outro no CD sem a interferência de operadores, sendo mais adequado que as empilhadeiras para esta atividade.

A CNH também conta com uma máquina semiautomática que produz sacos plásticos e outra para contagem e colocação de etiquetas. Além disso, possui um sistema de chamada que avisa a necessidade de operador em determinada bancada, otimizando as atividades. “Com as melhorias, ganhamos uma área livre, que decoramos com plantas para humanizar o ambiente”, explicou Cavalheiro. Ele revelou que está em estudo o uso de robôs em áreas de movimentação, mas não deu mais detalhes.

O CD de Sorocaba tem, ainda, seis carrosséis para movimentação de peças pequenas. Com 4 m² de área cada um, podem configurar até 10.000 itens cada. Atualmente, estão configurados para 1.150 itens cada.

 

Negócios

Queiroz revelou que, no próximo ano, a empresa vai investir forte na conectividade dos veículos comercializados, a fim de gerar dados para oferecer manutenção pay per use. “Precisamos sair do reativo para o preditivo”, ressaltou.

Ele também disse que a empresa está fazendo parceria com a startup AGXTEND, com foco na sustentabilidade para oferecer ao setor agro sensores de chuva, por exemplo, entre outras tecnologias.

A CHN apoia, ainda, uma iniciativa pioneira para promover tecnologias abertas em todas as áreas rurais do país: o ConectarAGRO. De acordo com o IBGE, 21% das pessoas não tem acesso à internet no campo.  O objetivo da CNH é garantir a conectividade de forma aberta, padronizada e acessível, a fim de atender aos clientes de uma forma completa e responsável.

 

 

Venda de peças online

Para facilitar a disponibilidade de peças e itens de reposição ao consumidor, as marcas de construção da CNH Industrial Case e New Holland Construction inauguraram recentemente as lojas oficiais de peças via Mercado Livre. A previsão do grupo é que outras estreias aconteçam ainda este ano.

A abertura do e-commerce oficial de peças para veículos IVECO está prevista para até o final de 2019. Já no primeiro semestre de 2020, a expectativa é inaugurar o e-commerce oficial para venda de peças Case e New Holland Construction e, em seguida, no segundo semestre, o e-commerce oficial para as marcas agrícolas Case IH e New Holland Agriculture.

O cliente faz o pedido pelo site e opta por retirá-lo na concessionária ou receber no seu endereço. “Estamos onde nossos clientes estão, por isso, queremos cada vez mais integrar a atuação de nossos concessionários às possibilidades do comércio eletrônico. Com as lojas online, ao longo de três anos estimamos um crescimento de 5% em vendas”, expôs Henrique Santos, responsável pelos projetos de e-commerce da CNH Industrial, nova unidade de negócios da marca.

 

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