Scania investe R$ 65,7 milhões na ampliação do centro logístico de peças de reposição

R$ 65,7 milhões é o valor do investimento que a Scania acaba de anunciar para ampliar em 50% a capacidade, tanto operacional quanto de armazenagem, de seu centro logístico de peças de reposição (LPC). Com isso, a estrutura, localizada em Vinhedo, SP, passará de 15.000 m² para 22.500 m² até 2025. Há potencial para chegar aos 30.000 m².

A Logweb esteve na visita que apresentou todos os detalhes do local – que completou 10 anos em 2023 – e do investimento, que fará com que a empresa possa expandir o número de mercados atendidos a partir do Brasil, como o México, além de melhorar a eficiência dos processos e fluxos e preparar o armazém para receber itens relacionados a novos produtos, como carros elétricos.

“Somos responsáveis por abastecer 180 pontos de atendimento no país, somados aos destinos internacionais da Bélgica, África do Sul, América Central e sete Unidades de Negócio da Scania na América do Sul. Com esse aporte, estamos nos preparando para o futuro, com foco sempre na garantia da disponibilidade para os clientes”, contou Paulo Moraes, vice-presidente de Vendas e Marketing da Scania para a América Latina.

O LPC escoa diariamente mais de 42 mil peças para distribuição e/ou armazenamento visando à reposição pós-venda, realizando 20 despachos por dia, somando 1.000 toneladas no mês. São 5.500 linhas faturadas por dia. É a única unidade de negócios de logística e reposição de peças da Scania no mundo com estrutura semelhante à sua matriz logística, que fica na Bélgica.

Do total de peças na entrada, 60% são importadas, 25% são nacionais e 15% vêm de São Bernardo do Campo. A empresa conta com 200 fornecedores locais.

Produtividade

As atividades do centro logístico de peças têm foco estratégico em ganhos de produtividade. E isso é alcançado através do acompanhamento de dados coletados dos caminhões em tempo real e que tornam possível os serviços de manutenção programados, garantindo redução do tempo de parada do caminhão de até 30%.

“Esses dados nos permitem antecipar a necessidade de peças, trabalhar com previsibilidade e garantir maior qualidade e eficiência na distribuição dos itens para os clientes”, explicou Ademir Egídio, gerente executivo do centro logístico.

Atualmente, o LPC tem mais de 23 mil itens armazenados para pronta-entrega, com prazo de entrega de 2,5 dias em território nacional. O nível de serviço chegou a 97,4%, o maior índice da história, o que representa a quantidade de pedidos que chegam para o centro logístico e o quanto a equipe consegue atender de forma imediata.

Vale destacar que 60% do estoque da rede é programado com o uso da inteligência artificial. O DMS Scania, sistema global de gestão de estoques de peças das concessionárias, aprende qual o perfil de consumo da Casa Scania, com base no histórico dos clientes da região, e tipos de aplicação comuns de transporte, e faz a reposição automática das peças, eliminando processos manuais e propiciando maior ganho de escala.

Em relação ao uso de modais, os pedidos para reposição de estoque da rede são entregues 100% pelo rodoviário. Já os pedidos emergenciais são feitos 50% pelo aéreo e 50% pelo rodoviário. Nesse caso, as rotas são dedicadas e não fracionadas. “Estamos buscando soluções para carga fracionada sem impacto no lead time, equilibrando eficiência, rapidez e menor impacto ambiental”, disse Egídio.

Sustentabilidade

O centro logístico de peças da Scania tem um laboratório que trabalha em soluções inovadoras e de digitalização (LAB LPC), cujo objetivo é compartilhar insights e colaborar para a transformação de dados em insumos para os negócios ou para a otimização das operações.

Além disso, o LPC usa empilhadeiras elétricas movidas a íon-litio, aumentando a produtividade com segurança e proporcionando mais ergonomia aos operadores. Eliminou, ainda, o uso de gás GLP e adota a remanufatura de peças usadas.