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Conteúdo 18 de abril de 2011

A consolidação do mercado logístico brasileiro

O movimento de fusão e aquisição entre os operadores logísticos tem se intensificado nos últimos anos, mas o processo de consolidação do mercado está apenas começando. Atualmente, são cerca de 70 mil empresas logísticas em todo o país, que operando de maneira desarticulada resultam em um segmento ainda muito fragmentado e receita média pouco expressiva.

No entanto, este é um cenário que deve e precisa mudar em breve. Isso porque as empresas estão em busca de provedores com capacidade para executar todo o processo logístico, ou seja, delegar a gestão a um único operador. Nesse sentido, as transportadoras, apesar de importantes agentes do processo, já não podem mais simplesmente incorporar a palavra logística em seus portfólios. A competência passa a ser de operadores logísticos terceirizados e operadores da cadeia de suprimentos.

A logística representa um diferencial competitivo e estratégico para as empresas, por isso, a principal exigência dos executivos diz respeito ao preço e principalmente à capabilidade, ou seja, o valor calculado da capacidade do processo, além de tecnologia. E para acompanhar esse processo, os operadores devem investir em TI e mão de obra qualificada. Aliás, uma das grandes dificuldades do setor é justamente a capacitação profissional. Apenas recentemente a logística passou de fato a compor os programas universitários. Outro problema conhecido é a falta de investimentos na infraestrutura do país.

Contudo, esses obstáculos não podem justificar a falta de uma visão de negócios bem articulada e a longo prazo por parte dos operadores. O mercado está repleto de oportunidade e a demanda supera a oferta. É necessário, neste momento, que os operadores substituam a simples relação de prestadores de serviços por parcerias e principalmente que não tenham medo de arriscar. A nova realidade comercial, as transações internacionais e os desafios de infraestrutura e qualificação, tornam a logística um processo cada vez mais complexo.

Manter uma estrutura capaz de gerir todo o processo da operação logística exige investimento. Também, nesta conta, tamanho faz toda a diferença. Porém, enquanto o setor insistir na fragmentação estará perdendo oportunidades. Basta avaliar o market share das empresas no Brasil. A questão não é defender monopólios ou diminuir a competitividade. Pelo contrário, a consolidação do setor elevará os lucros, a qualidade da operação e a satisfação do cliente.

 

 

Antonio Wrobleski Antonio Wrobleski

Especialista em logística, presidente da BBM Logística, sócio e conselheiro da Pathfind. Engenheiro com MBA na NYU (New York University) e também sócio da Awro Logística e Participações. Ele foi presidente da Ryder no Brasil de 1996 até 2008. Em 2009 montou a AWRO Logística e Participações, com foco em M&A e consolidação de plataformas no Brasil. Foi Country Manager na DHL e Diretor Executivo na Hertz. O trabalho de Antonio Wrobleski tem exposição muito grande no mercado Internacional, com trabalhos em mais de 15 países tanto no trade de importação como de exportação. Além disso, ele é faixa preta em Jiu-jítsu há 13 anos e pratica o esporte há 30 anos.

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