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Conteúdo 8 de agosto de 2022

E-commerce não terá crescimento econômico e logístico sem sustentabilidade

Logística ambiental deve fazer parte da expansão do setor durante o segundo semestre deste ano
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Com todos os desafios enfrentados na pandemia, alguns setores se sobressaíram e seguem em projeção de crescimento, como é o caso do e-commerce. Segundo pesquisa realizada pela DHL, líder mundial em transporte expresso e logística, apenas no início de 2022, o setor apresentou crescimento de 20,56% em vendas no Brasil, aumentando significativamente os processos de logística.

Ao mesmo tempo, profissionais da área acreditam que os avanços tecnológicos são as principais tendências nas entregas, facilitando as operações e simplificando o mercado.

Segundo dados do indicador MCC-ENET, uma parceria entre a Companhia Compre & Confie e a Câmara Brasileira da Economia Digital: na comparação entre janeiro de 2022 com o mês de dezembro de 2021, as vendas realizadas por e-commerce tiveram uma leve alta de 0,63%. No acumulado dos últimos 12 meses, a expansão foi de 16,14%.

Se antes da pandemia a tecnologia já batia às portas das empresas, com o fechamento dos espaços físicos a digitalização se tornou um pré-requisito. Alguns empreendimentos precisaram reinventar o formato de fazer negócio, e sobrevivência foi a palavra do momento.

O que houve foi um crescimento de dois dígitos do e-commerce. As empresas um pouco mais estruturadas, que tinham mais base de sistemas em automação, softwares de gestão, rapidamente se adequaram à nova realidade.

Em contrapartida, enquanto o e-commerce acaba faturando mais em vendas, muitas empresas acabam perdendo parte desse lucro, como é o caso das empresas de logísticas, ligadas a mobilidade.

Estas empresas precisam rever seus impactos, repensar seus modelos de atuação, optar por meios viáveis aos envolvidos e escolher formas mais acessíveis e sustentáveis.

Quando se pensa em transporte, uma empresa verde economiza, no mínimo, 12% de óleo diesel, por exemplo. Quando você roteiriza, busca as melhores formas. Evita passar por determinados lugares desnecessários, faz economia em consumo, potencializa os lucros e todo mundo acaba ganhando, a empresa e o meio ambiente.

A logística verde ou logística ambiental deve fazer parte da expansão do setor durante o segundo semestre deste ano, a partir de medidas e políticas sustentáveis que visam reduzir o impacto ambiental causado pelas atividades do setor.

Não será mais possível obter crescimento sem conscientização ambiental, a união entre as novas tecnologias, economia e consciência ambiental são as necessidades urgentes da década, que além de proporcionar vantagem competitiva frente aos concorrentes, fica alinhada às tendências e projeções do mercado.

A partir de cada contexto e das necessidades de cada empresa logística, o mais importante para o restante deste ano é focar na redução de emissões e optar por transportes e combustíveis menos poluentes. Esse é o conflito existente entre expansão do mercado logístico e a necessidade de planejar e executar ações mais sustentáveis, soluções que favoreçam tanto ao segmento quanto à natureza. Não existe crescimento logístico, não existe estabilidade empresarial (seja em qual área for) sem a sustentabilidade.

Antonio Wrobleski Antonio Wrobleski

Especialista em logística, presidente da BBM Logística, sócio e conselheiro da Pathfind. Engenheiro com MBA na NYU (New York University) e também sócio da Awro Logística e Participações. Ele foi presidente da Ryder no Brasil de 1996 até 2008. Em 2009 montou a AWRO Logística e Participações, com foco em M&A e consolidação de plataformas no Brasil. Foi Country Manager na DHL e Diretor Executivo na Hertz. O trabalho de Antonio Wrobleski tem exposição muito grande no mercado Internacional, com trabalhos em mais de 15 países tanto no trade de importação como de exportação. Além disso, ele é faixa preta em Jiu-jítsu há 13 anos e pratica o esporte há 30 anos.

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