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Conteúdo 9 de agosto de 2021

Protagonistas do crescimento do Agronegócio no Brasil

O crescimento do agronegócio tem sido uma constante no País. O setor, que é considerado a força motriz da economia brasileira, também é um dos poucos mercados que apresentou aumento significativo na geração de trabalho e renda durante a pandemia do coronavírus.

Em 2020, o Produto Interno Bruto (PIB) do agro teve uma expansão de 24,31%, segundo dados divulgados pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) e do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea). O segmento aumentou para 26,6% a sua participação no PIB total no ano passado, contra 20,5% registrado em 2019. Ao ser feita uma análise do cenário positivo, muito se fala nos projetos do governo e dos avanços em tecnologia e inovação. No entanto, há outros protagonistas nessa história: os Operadores Logísticos.

Os Operadores Logísticos (OLs) são essenciais para que o caminho do agronegócio, seja aos portos brasileiros ou para o abastecimento interno, aconteça de forma ágil, com ganhos em eficiências operacional e de custo. Parece uma máxima óbvia para quem está acostumado com a logística de cargas, mas a verdade é que os insumos e mercadorias do agronegócio contam com peculiaridades e complexidades que precisam ser levadas em consideração desde a fase de elaboração do plano logístico.

Os OLs que atendem o mercado do agro precisam ter um olhar abrangente para atender a demanda apresentada pelos produtores e clientes e oferecer um diferencial competitivo. Um dos grandes desafios é assegurar que o produto chegue no tempo certo e com as propriedades preservadas. Na prática, isso significa seguir um plano de ação afiado, que inclua planejamento, execução, controle de armazenagem e distribuição. E não apenas da mercadoria final, mas também dos suprimentos da cadeia.

Não é à toa que há um grupo específico de Operadores aptos a oferecerem esses tipos de serviços e que há muito já atuam no mercado. Entre as associadas da ABOL, por exemplo, estão inseridas no agronegócio: BBM, Grupo Toniato, Mundial, Brado, Gefco, Santos Brasil, Wilson Sons, e muitas delas também são responsáveis pelo transporte de máquinas e equipamentos agrícolas. Todas estão devidamente preparadas para a expansão do setor, acompanhando as tendências tecnológicas e se adequando a cada safra e safrinha.

A BBM, por exemplo, é um dos Operadores Logísticos mais tradicionais em soluções para o agronegócio. A empresa conta com uma divisão de contratos dedicados “Florestal e Agro” (DCC F&A), realizando operações complexas in loco, no próprio campo, para empresas não só do agrobusiness, mas também para os segmentos de papel e celulose e mineração. O know How da empresa é fundamental para manter a resiliência do agronegócio no Brasil, já que oferece logística integrada com ativos e recursos dedicados, que permitem solução completa, desde a colheita, passando pelo carregamento, transporte e atividades de apoio até a entrega no destino. Todo o serviço é ofertado com equipamentos adequados, tanto para off, quanto para on road e as operações são monitoradas 24h para evitar e mitigar eventualidades.

O Grupo Toniato também entendeu que o agronegócio precisa de um atendimento especializado e é exatamente a disponibilidade de OLs direcionados a este segmento que tem contribuído sobremaneira para a alta nos números do setor e para os recordes batidos em produtividade e escoamento observados na última década. Um dos diferenciais da empresa está na sua expertise na construção de armazéns com características próprias para o apoio ao mercado. Além dos espaços adequados, o Grupo também está preparado para vencer aquele que considera ser o maior desafio: a manutenção da estrutura diante da sazonalidade, intrínseca à produção do agro. O segundo semestre é marcado pela concentração de faturamento em detrimento de um baixo volume registrado no primeiro semestre, quando a operação é sempre acompanhada por prejuízo, e isso repercute tanto no transporte quanto na armazenagem.

Essas questões enfatizam a dinâmica diferente do agronegócio, que gera esforço e competência adicionais para o Operador Logístico. Conforme também destaca o Grupo Toniato, há uma falta de previsibilidade generalizada, pois as empresas e os produtores lidam com as variáveis clima e pragas, dois pontos capazes de acelerar algumas entregas. Outra demonstração da importância da atividade para o incremento do setor está em novas ações e apoios que as empresas podem oferecer, como é o caso do Grupo, que leva o seu conhecimento para os clientes na ponta, ou seja, no campo. Muitas vezes, os produtores dispõem de recursos para investir, porém não sabem como direcioná-lo, e é aí que entra novamente o OL, auxiliando no controle de lote, armazenagem, segurança patrimonial, gestão de custos e operações.

Isso tudo demonstra a amplitude de atuação dos operadores que, na maioria das vezes, foge do alcance dos espectadores. Eles estão por trás do crescimento do e-commerce, são responsáveis pelo abastecimento de supermercados, fábricas, e tantos outros, e também estão dentro desse contexto substancial, que envolve o agronegócio.

Marcella Cunha Marcella Cunha

Natural de Brasília, tem mais de 10 anos de experiência nos setores de transportes e tecnologia. Graduada em Relações Internacionais, com pós-graduação em Ciência Política, é a atual diretora Executiva da Associação Brasileira de Operadores Logísticos (ABOL). Tem passagens pela Associação Nacional dos Transportadores Ferroviários (ANTF) e pela empresa Uber.

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