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Empilhadeiras 3 de fevereiro de 2020

Distribuidores: 2019 foi marcado pelas incertezas de um novo governo. Mas 2020 promete…

De fato, a posse e as ações do novo presidente do Brasil marcaram o início de 2019, mas o mercado foi, ao longo do ano, se adptando e crescendo, enquanto as empresas buscavam renovar as suas máquinas.

 

O ano de 2019 foi marcado pela recuperação do segmento de empilhadeiras. Pelo menos é o que aponta a maioria dos representantes das empresas distribuidoras destes equipamentos.

Por exemplo, Eduardo Makimoto, diretor da AESA Empilhadeiras, diz que foi um ano bastante positivo para a distribuição. “A CLARK está com uma ampla gama de produtos e observando de perto as necessidades do mercado brasileiro, equilibrando preço e tecnologia. Com isso conquistamos bons negócios na venda de máquinas novas. O setor de serviço também merece destaque. Com a frota do país envelhecendo pela baixa reposição de máquinas dos últimos anos, os clientes estão voltando a enxergar as vantagens de realizar uma boa manutenção preventiva com um distribuidor autorizado”, diz ele.

Na opinião de Vinicius Santiago, coordenador de Marketing da Marcamp Equipamentos, o ano de 2019 foi dividido em dois pontos: as incógnitas de um novo governo e o desafio de consolidar a recuperação no segmento.

“2019 foi um bom ano em relação aos resultados, conseguimos crescer e ativar negócios adormecidos. Dessa forma, fechamos o balanço próximo ao que prevíamos e certos de que a crise ficou pra trás. Aproveitamos para investir em qualificação do nosso time e reforçamos nossa disponibilidade.”

Andrigo Cremiatto, CEO da Promov Empilhadeiras, também coloca que, apesar de ser um ano dominado por incertezas no campo politico, a empresa conseguiu crescer 22%, aumentando seu portfólio e se especializando em soluções personalizadas multimarcas. “2019 foi um ano de recuperação, apontando para uma melhoria e recuperação em relação ao ano de 2018”, completa Armando Campanini Neto, gerente de Vendas da SGB Máquinas e Equipamentos.

Por sua vez, Priscila Souza, gestora de Vendas da Tradimaq, ressalta que o ano de 2019 foi, sem sombra de dúvidas, muito desafiador para a sua empresa. “Começamos o ano muito otimistas, mas devido às instabilidades políticas e econômicas do nosso país, acabou se tornando um ano de incertezas. Ressaltamos como ponto positivo o crescimento do mercado de empilhadeiras, que ultrapassou o mercado de 2018, com um crescimento maior que 17%. Isso mostra que o mercado está reagindo à crise econômica e em 2020 irá demandar um número ainda maior de máquinas.”

Como ponto negativo, Priscila destaca o crescimento do consumo de empilhadeiras de marca chinesa. “Isso impacta diretamente no nosso market share. Infelizmente a mão de obra barata e a baixa carga tributaria que a China aplica aos seus produtos contribui para um produto com custo agregado menor que o nosso, estimulando o mercado a consumir cada vez mais produtos chineses.”

Jean Robson Baptista, diretor comercial da Empicamp Comércio e Serviços de Empilhadeiras, também coloca os percalços enfrentados no ano que terminou, destacando que foi um ano de grandes expectativas, frustradas pelo engessamento político, cujos protagonistas, nossos parlamentares, contribuíram para prorrogar ainda mais a sensação de insegurança de empresários e investidores, gerada pela polarização vinda das eleições de 2018.

“Um ano melhor que o anterior, mas que deixou a desejar no que se refere a investimentos, que se submeteram a várias aprovações do congresso brasileiro para se concretizarem.”

Jean também lembra que o empresariado brasileiro, gerador de impostos e detentor de mais de 85% dos empregos em nosso pais, é refém de uma crise gerada pelos três poderes que, ao invés de terem o crescimento do pais como alvo, se digladiam para mostrar quem manda mais, mesmo contra o que reza a constituição brasileira.

Mais cético, Bento Gonçalves Neto, diretor da Master Serviços e Locações – Master Empilhadeiras, destaca que as vendas de empilhadeiras em 2019 ficaram abaixo do esperado, visto que o mercado ainda não tem a segurança e a confiança necessárias para retomar seus investimentos em renovação de suas frotas e ampliação de suas operações de movimentação e armazenagem.

 

E 2020?

Diante das condições do mercado de empilhadeiras, em termos de distribuidores, no ano passado, quais as “previsões” para 2020?

Makimoto, da AESA, diz que a perspectiva é bastante otimista. “Estamos estimando um crescimento de 10% no mercado de empilhadeiras, puxado principalmente pela renovação de frota.”

De fato, Priscila, da Tradimaq – também prevendo crescimento nas vendas – lembra que muitos clientes acabaram postergando a compra da empilhadeira nova buscando soluções como reforma, prolongando a vida útil do equipamento, até mesmo partindo para a aquisição de máquinas usadas. Com o mercado mais promissor, a gestora de Vendas diz que a Tradimaq acredita na retomada da confiança do cliente final, fomentando o mercado de empilhadeiras novas.

Jean, da Empicamp, também mostra otimismo. “Com algumas reformas já aprovadas e outras encaminhando, esperemos um Congresso mais focado em crescimento, sustentabilidade e segurança empresarial, para que possamos voltar a ter um crescimento tão bom quanto o de 2013. Nosso pais tem muito potencial agrícola, industrial e tecnológico. Juntar isso à credibilidade interna e externa traria um ambiente extremamente positivo ao crescimento e, portanto, ao investimento em equipamentos. Está na hora de nossos políticos serem menos Brasília e mais Brasil.”

Santiago, da Marcamp, lembra, por outro lado, que, passada a fase inicial do novo governo e com os indicadores econômicos que se apresentaram, somados à demanda reprimida pela crise, teremos um panorama mais favorável do que no final de 2018. “Com isso, nossa expectativa é que, se confirmando as parciais de crescimento do PIB próximas a 2%, teremos um ótimo ano. Na Marcamp estamos fazendo um planejamento considerando um crescimento moderado, porém regular – com menos picos que 2019.”

Bento, da Master, também destaca que, visto que os principais índices econômicos apontam para um crescimento mais expressivo no país como um todo, e levando em conta que as empilhadeiras fazem parte diretamente das cadeias produtivas em toda movimentação e armazenagem de produtos, as expectativas são bastante positivas na venda de novos equipamentos. “2020 está se mostrando um ano promissor. Existe uma forte expectativa de investimento de muitas empresas”, também comemora Campanini Neto, da SGB Máquinas e Equipamentos.

 

Expansão

Sobre a expansão do setor, inclusive com a abertura de novos nichos de mercado, destacando as mais vendidas, Santiago, da Marcamp, ressalta que, tanto em 2019 quanto para 2020, as verticais tradicionais, como supermercados, indústrias eletrônicas, farmacêuticas e alimentícias, por exemplo, são os principais alvos. Isso porque após o retrocesso causado pela crise, esses segmentos estão apresentando altas na demanda novamente. “Nesse momento temos apoiado essas verticais e modernizando diversas operações, criando processos de melhorias e adequando para a era 4.0.” Aliás, de acordo com Cremiatto, da Promov, setores como alimentício e distribuidor estão adotando o uso de empilhadeiras com baterias de lítio. Afinal, segundo ele, “a maior inovação de todos os tempos nas empilhadeiras é a bateria de litio, que já esta dominando o cenário das multinacionais”.

Neste contexto, Makimoto, da AESA Empilhadeiras, coloca que todos os nichos de mercado estão olhando para as empilhadeiras elétricas, não somente as máquinas de Warehouse, mas as contrabalançadas para substituírem as a GLP em operações de doca e pátio, com o objetivo de reduzir custo com manutenção e combustível.

Bento, da Master, tem a percepção do uso maior de empilhadeiras especificas para manuseio de cargas fora de padrão, por exemplo, longas, como tubos, perfis, madeira e outros, além de chapas maiores, como MDFs e outros. Para esse trabalho, ainda segundo o diretor, as máquinas mais vendidas são as empilhadeiras multidirecionais ou laterais, que além de reduzirem os corredores operacionais aumentam a produtividade e segurança nas operações.

Ainda como novidades ou tendências, Campanini Neto, da SGB Máquinas e Equipamentos, aponta para a mecanização da movimentação de carga – com isso, empresas de pequeno porte começam a utilizar empilhadeiras e transpaleteiras na movimentação de carga.

 

Inovações

Também para incrementar o desempenho futuro do mercado de empilhadeiras é importante destacar as inovações feitas nestes equipamentos, inclusive em termos de tecnologia embarcada.

“O conceito de indústria 4.0, apesar de ter muitas ressalvas nas aplicações práticas, está puxando uma onda de inovação. Entre elas podemos destacar a conectividade entre máquinas, o uso de acessórios de segurança ativos e sistemas de gestão de frotas. Além disso, existe uma crescente preocupação com o meio ambiente, com isso as empilhadeiras elétricas vêm ganhando cada vez mais espaço”, explica Makimoto, da AESA. Ele também destaca que a CLARK irá lançar uma nova gama de produtos em 2020, bastante alinhada com a necessidade do mercado brasileiro. “Estamos bastante otimistas com o sucesso da nova tecnologia que está por vir.”

Campanini Neto, da SGB Máquinas e Equipamentos, também destaca como tendência a consolidação do mercado de máquinas elétricas frente ao mercado de empilhadeiras a combustão. Com isso, segundo ele, as baterias com íons de lítio parecem estar ganhando espaço no mercado.

“Assim como nos anos anteriores, apostamos ainda mais no crescimento das máquinas elétricas (classe I, II e III). Apesar de não ser nenhuma novidade para o mercado, notamos uma alta procura de máquinas elétricas com bateria de íons de lítio – tecnologia que visa a redução de custo, tempo e ganho de produtividade para a operação do cliente”, completa Priscila, da Tradimaq.

E Santiago, da Marcamp, também aponta que entre os lançamentos da KION em 2019 estão as soluções de empilhadeiras elétricas equipadas com baterias Li-ion que já são realidades em muitas operações.

Pelo lado da Epicamp, Jean diz que, sem dúvida, estamos passando por um importante momento de transição em equipamentos logísticos no Brasil. Assim como foi na década de 80, quando equipamentos frontais contrabalançados deram lugar a equipamentos de Warehouse, diretamente, empilhadeiras retráteis. Já na época, o espaço era valorizado.

“Fortalecidos a partir desse década, os equipamentos VNA (Very Narrow Aisle – De corredores estreitos), passam por uma nova avaliação do mercado, enfatizando equipamentos articulados, com olhar mais apurado no aumento de densidade nos galpões. Seguramente terminaremos a década com um novo olhar do cliente, no que se refere a equipamentos que gerem ganho de espaço”, completa o diretor comercial da Empicamp.

Bento, da Master, acredita que continuamente as indústrias procuram maior eficiência das máquinas, com mais tecnologia embarcada, visando minimizar os recursos em mão de obra. “Mas, principalmente, percebemos o grande crescimento na utilização de empilhadeiras articuladas para corredores estreitos, a exemplo das da Combilift, que conseguem um aproveitamento de espaço maior em até 30% em relação às empilhadeiras retráteis convencionais.”

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