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E-commerce 22 de março de 2016

E-commerce de autopeças cresce ao atrair cliente que adiou troca de carro

A queda nas vendas de veículos zero quilômetro pode ter gerado um fluxo maior de clientes para as lojas de autopeças. Com isso, alguns varejistas do e-commerce projetam alta de até 25% nas vendas durante o primeiro trimestre deste ano, em comparação ao mesmo período de 2015.

É o caso da Arsenal Car, que tem enxergado o momento de instabilidade do setor automotivo como oportunidade para ampliar as vendas e fazer investimentos. “É exatamente isso. A queda nas compras de veículos novos tem levado o consumidor a cuidar mais do seu carro antigo, o que tem nos beneficiado. Entre janeiro e a metade de março registramos uma alta de 25% nas vendas, em comparação com o primeiro trimestre de 2015”, diz o diretor executivo da Arsenal Car, André Belo.

Segundo ele, desde o ano passado percebe-se esse movimento no varejo de autopeças, ampliado no e-commerce pela confiança maior do consumidor em efetuar compras através da internet. “No ano passado nós crescemos 18%, em relação a 2014. Foi um ano bem significativo. Percebemos ali que a crise econômica seria a oportunidade para crescermos”, conta.

Para Belo, o mercado eletrônico de autopeças ainda tem muito espaço para crescer. Por isso, ele prevê a loja atinja um faturamento até 35% maior este ano, em relação ao montante alcançado no ano passado. O diretor, no entanto, não quis indicar os números.

“No Brasil ainda tem esse desafio de superar a confiança do consumidor em comprar pela internet. Principalmente no nosso setor”, afirma. “Mesmo assim, acho que vai acontecer com este mercado o que ocorreu com a linha branca e eletroeletrônicos, hoje amplamente vendidos pelo canal eletrônico”, acrescenta.

Além disso, por mais que a crise tenha favorecido seus os negócios, Belo diz que ela impacta de forma negativa por conta da falta de crédito. “Hoje, quase 8% dos consumidores que tentam efetuar uma compra no nosso site tem sua transação barrada pelo sistema antifraude, que avalia a situação financeira. Há um ano, o índice era de apenas 2%”, relata o diretor. De acordo com dados da empresa, os produtos com mais saída são kits para faróis de milha, tapetes e carpetes para automóveis e capas. O tíquete médio é de R$ 120.

Lojas Físicas

Enquanto o e-commerce mostra crescimento, as varejistas físicas de autopeças indicam estar com dificuldades em atravessar o período de instabilidade econômica, principalmente no que tange aos itens produzidos no Brasil.

Segundo os dados divulgados no relatório da pesquisa conjuntural, elaborados com base nas informações das empresas associadas ao Sindicato Nacional das Indústrias de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), o faturamento líquido do setor sofreu queda de 14,5% janeiro deste ano, na comparação com o mesmo período de 2015.

As vendas líquidas nominais para as montadoras, intrassetoriais e reposição registraram queda de 27,2%, 25,9%, e 3,6%, respectivamente, no mesmo período, quando comparado a janeiro do ano passado.

Ainda conforme um estudo da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP), entre o primeiro e o último mês de 2015, a queda no varejo de autopeças no Estado de São Paulo foi de 3,5%, em comparação com o mesmo período de 2014.

O faturamento total das lojas paulistas do segmento foi de R$ 901 milhões em 2015.

Fonte: DCI

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