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Tendências 14 de setembro de 2020

Estudo “Now How” apresenta tendências para o futuro da indústria, mercado, varejo, saúde e agro

O cenário de incerteza trazido pela pandemia colocou planejamentos e projetos em risco. Sendo um pequeno empreendedor ou uma grande empresa, é hora de repensar e seguir em frente ainda mais forte.

Pensando nisso, o Sebrae/PR e a consultoria de inovação IN.SIGHT estão lançando o report Now How, fruto de conteúdo produzido em uma reunião de 15 especialistas para mapear as principais mudanças em 5 setores da economia: Mercado Geral, Indústria, Varejo, Saúde e Agro/Alimentos. Foram mais de cinco horas de conteúdo, com a presença de profissionais de empresas como Embraer, Magazine Luiza, brMalls, Neodent, Unimed, Burger King e Mondelez.

As principais mudanças mapeadas estão disponíveis gratuitamente no link https://www.in-sight.cc/nowhow. O conteúdo conta com dados, tendências e dicas que ajudarão empreendedores e empresas a tomarem decisões melhores.

“O propósito é ajudar times e companhias a se adaptarem nesse momento de incertezas. Os convidados abordaram como empresas de diferentes tamanhos e segmentos têm se adaptado para se manterem relevantes, além de mudanças no comportamento dos consumidores e alterações importantes para ficarmos atentos no mercado macro”, avalia Guilherme Tanaka, sócio-fundador do IN.SIGHT.

Tendências

Logo no início do report, uma frase que chama a atenção no material. As palavras são da especialista em consumo e comportamento Marina Roale: “a gente estava vivendo no modo automático antes de tudo isso acontecer. Ficávamos buscando e replicando fórmulas. Agora, quem ficar buscando uma fórmula homogênea para um cenário tão complexo vai acabar entrando numa portinha errada”.

Na vertical do Mercado Geral, por exemplo, foram identificadas tendências como o efeito DAD: O primeiro D é da Desmaterialização, já que a pandemia trouxe a digitalização forçada e 30% da classe C fez sua primeira transação online. O A, de Assepsia, indica que os hábitos de higiene mudaram drasticamente e a cultura touchless tende a ganhar espaço. E o outro D é de Descontextualização, com o fim de espaços e horas para fazer o que se fazia antes da pandemia, o fim dos rituais como começar a vestir roupas para ir ao trabalho. Diante disso, as empresas precisam se atentar ao touchless, à higiene e segurança, e às tecnologias para se entregar o produto sem estar fisicamente ao lado dos clientes.

O estudo identificou ainda a China como referência de futuro de mercado, com componentes como o e-commerce e live streaming (com vendas dentro das transmissões), e a sociedade cashless, com pagamentos sem o dinheiro físico.

Já na vertical de Indústria, foram identificadas tendências como a produção dentro da atual base instalada, uma inversão da lógica histórica de adaptar a linha de produção ao que se quer produzir. Também foi notada a necessidade das empresas participarem mais ativamente do ecossistema de inovação, utilizando cocriação e contato com outras empresas e startups, inclusive com aquisições. O mercado vai lidar ainda com a desmaterialização, a indústria 4.0 e digitalização de processos, acelerando fatos que já vinham ocorrendo antes da pandemia, como a busca por mais produtividade e transformação digital, além do crescimento através de mais conectividade e parcerias em que todos se beneficiam.

Na área do Varejo, o aumento das vendas online e a crise dos pequenos negócios são tendências aceleradas por fatos como pagamento via meios digitais, realidade virtual e aumentada, uso de drones nas entregas e o potencial imenso do marketplace.

Na Saúde, houve o aumento da busca por conhecimento sobre ciência e tratamentos, com maior exigência em relação aos serviços e planos de saúde. Os médicos também devem se adaptar a fazer procedimentos remotos.

Já no setor Agro/Alimentos foram observados fenômenos como o consumo fora do estabelecimento (drive thru e delivery), preocupação com higiene e busca por marcas com propósito. Para as empresas do setor, diante de um maior protecionismo dos países, será necessário criar estratégias para antecipar essas dificuldades com a criação de novos canais e ações comerciais, ou transformar as commodities em alimentos já processados, bem como investimento em tecnologia e informação.

Exemplos

Dentro do Now How foram mostrados exemplos sobre caminhos futuros para o mercado. Letícia Setembro, head de verticais de inovação da Embraer, e Vinicius Cardoso, da AAM do Brasil, trouxeram casos de aquisições e parcerias com startups, por exemplo. Já Amanda Graciano, head de portfólio e business development da Idexo (TOTVS) e Top Voice do Linkedin, compartilhou uma pesquisa importante sobre vendas: 57% das empresas aumentaram tecnologia de vendas e 94% dos negócios B2B redesenharam a estratégia de go-to-market. Por sua vez, Marina Roale, da Consumoteca, apresentou o efeito DAD e disse que a pandemia trouxe uma digitalização forçada com a primeira compra online de muitos consumidores.

O CEO da Neodent e vice-presidente executivo Latam da Straumann, Matthias Schupp, apresentou informações sobre como foi o impacto da pandemia no mercado de saúde, com redução de 35% no mercado de implantes, mas destaca sua crença na recuperação do segmento.

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