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Distribuição 4 de maio de 2021

Grande Goiânia se consolida como hub logístico nacional e pode se tornar um grande centro de distribuição internacional

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A privatização do recém-internacionalizado aeroporto de Goiânia confirmada em leilão público realizado em abril, pelo Ministério da Infraestrutura; a inauguração no último mês de março de mais um trecho da Ferrovia Norte-Sul, que já corta seis municípios goianos; e privatização prevista para julho do trecho entre Anápolis (GO) e Aliança do Tocantins (TO) da BR-153, principal corredor de integração do meio-norte com o centro-sul do País. Todas essas novidades, agregadas à uma localização geográfica privilegiada, bem no centro do país, podem consolidar a Região Metropolitana de Goiânia como um importante hub logístico do Brasil e da da América Latina.

E para fortalecer ainda mais este potencial logístico da região, estão em construção, na cidade de Aparecida de Goiânia, na Grande Goiânia, dois grandes empreendimentos privados: o Polo Aeronáutico Antares, que ocupará uma área de 209 hectares; e o bairro industrial Global Park, que abrangerá uma área total de 1,8 milhão de m².

“Esse movimento consolida sim a região da Grande Goiânia como um importante hub logístico do país, devido à sua localização geográfica privilegiada, que permite distribuir tanto produtos in natura oriundos da produção agropecuária e extrativista de nossa região e da região norte, quanto de produtos acabados produzidos aqui e nas regiões sul e sudeste”, avalia Adalberto Bregolin, economista e diretor comercial do Global Park.

Bregolin lembra que grandes investimentos, sejam públicos ou privados, estão previstos para construção e aprimoramento de infraestrutura para explorar vários modais de transporte na Região Metropolitana de Goiânia, que será um hub logístico importante, não só para o Brasil, mas também para a América Latina. “Tendo em vista o grande volume de investimentos previstos em rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, logo todos esses modais estarão conectados. Então é bastante factível que em breve uma carga possa sair de Itaituba (PA), região metropolitana de Belém, por rodovias ou ferrovias, e de lá embarcar para países da América Latina e Caribe de navio, graças à proximidade da capital Belém com o Canal do Panamá, o que possibilita acesso a um transporte de baixo custo numa via fluvial de cerca de 3.600 km”, explica o economista. Ele também salienta a internacionalização do nosso aeroporto, que nos coloca muito próximos de países como Colômbia, Peru, Bolívia e Venezuela, por exemplo.

E para atender justamente essa grande demanda de um grande centro distribuidor de produtos é que foi criado o Global Park, um loteamento empresarial com 2.000.0m² de extensão,que está sendo construído a apenas três quilômetros da BR-153 e do anel viário que liga à BR-060, ou seja, muito próximo do maior entroncamento de carga rodoviária do centro-norte do país.

O bairro industrial foi planejado para essa nova realidade da Indústria 4.0 e da Logística 4.0. Com lotes que vão de 2.800 m² a 25.000 m², o Global Park contará com estrutura urbana completa, com água, energia, rede de esgoto, asfalto CBUQ – durável e resistente – e fibra óptica com alta velocidade de dados. “Pensamos justamente em atender essa demanda de indústrias e operadoras logísticas que buscam o lugar certo para se instalar e se modernizar, fazendo frente às novas necessidades do mercado, tanto de aumento de produtividade, quanto de ganho de escala, redução de custos e agilidade na entrega de seus produtos”, detalha Bregolin.

O bairro industrial tem como diferencial ruas com 18 metros de largura, que são ideais para rodagem e manobras de grandes veículos sobre rodas como caminhões-cegonha, bitrens ou treminhões. O bairro empresarial terá ainda uma área verde de 365 mil m², destinada à preservação. “O projeto também oferece configurações de áreas que permitem layouts modernos, tanto para a indústria, quanto para operadoras logísticas”, completa o diretor comercial do Global Park.

Modal aéreo
Com a internacionalização do aeroporto de Goiânia, a região metropolitana da capital goiana ganha ainda mais atratividade para empresas, que queiram ter um ponto estratégico para distribuição de suas cargas para o Brasil e para o continente latino. É o que avalia Eumar Lopes, piloto de linha aérea e gerente de produto do Antares Polo Aeronáutico, empreendimento em construção na cidade de Aparecida de Goiânia.

Localizado a 15 minutos do Flamboyant Shopping Center, um dos principais centros comerciais da capital goiana, e às margens da BR 153, o empreendimento terá acesso facilitado por via expressa dupla. Com um investimento da ordem de R$ 100 milhões, o polo aeronáutico será voltado para aviação executiva, manutenção e operações logísticas. As obras da estrutura de apoio e da pista de 1.800 metros têm previsão de conclusão para o ano 2024. O Antares poderá receber todos os modelos de aviação geral, jatos executivos, monomotores, bimotores, até o Embraer 195.

“Embora ainda requeira mais investimentos em infraestrutura, a homologação do Santa Genoveva como aeroporto internacional é um grande avanço logístico para a região metropolitana de Goiânia, que já tem a vantagem de ter um acesso fácil a outros grandes sistemas modais de transporte ferroviário, com a [Ferrovia] Norte-Sul, e rodoviário, com a BR-153 [Transbrasiliana]”, explica.

Cargas fracionadas
O especialista avalia também que o Pólo Aeronáutico Antares trará um grande ganho para o sistema logístico doméstico do Brasil, já que pode ser escolhido por várias empresas para um hub nacional. “Estamos em Aparecida de Goiânia que está bem no centro do País e próximo de grandes sistemas modais rodoviários, ferroviários e aéreo, como os aeroportos internacionais de Goiânia e Brasília”, acrescenta.

O Polo Antares também contará com infraestrutura para apoio ao transporte de cargas fracionadas, que consiste justamente em realizar pequenas e médias entregas, por meio do agrupamento de diversos tipos de mercadorias, geralmente de diferentes remetentes e para diferentes destinatários, sendo uma alternativa para as empresas que não possuem quantidades suficientes de itens para ocupar a capacidade total de uma aeronave.

Para atender a essa demanda, o polo aeronáutico contará com um centro de distribuição dentro de sua área aeroportuária. “O terminal também terá central de abastecimento, pista de acesso aos hangares (taxiway), Fixed Base Operator (FBO) completo para assistência aos proprietários de aeronaves, estacionamento para visitantes e área destinada para helicentro e demais atividades ligadas à aviação”, explica Eumar.

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