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Logística Farmacêutica 29 de fevereiro de 2016

Novos prefeitos precisam estar atentos a logística e gestão de medicamentos e insumos médicos

Este ano, no Brasil, acontecem as eleições municipais para prefeitos, vice-prefeitos e vereadores. Em meio à crise financeira instalada em diversas esferas, inclusive na saúde, somado a ocorrência de epidemias como dengue, zika vírus e outras doenças antes extintas e que agora voltam a atingir a população brasileira, os novos prefeitos, ou os reeleitos, possuem uma tarefa árdua.

Com grande frequência, os noticiários tem retratado a dificuldade de acesso a vacinas e medicamentos em geral em UPAS e hospitais públicos, que a despeito da falta de verbas, também estão atrelados a problemas de gestão logística que orientem processos de compra, estoques e demandas de forma eficiente.

Para Domingos Fonseca, especialista em logística e presidente da UniHealth Logística Hospitalar, a implantação de serviços de inteligência neste segmento, com apoio de softwares customizados, é de suma importância para garantir a permanência da distribuição destes insumos de primeira necessidade para a população.

Ainda que a gestão profissional da logística hospitalar requeira investimentos inicias de infraestrutura e capacitação de mão de obra, diversas pesquisas e cases atestam a redução de desperdício de medicamentos e materiais, economicidade e segurança para gestores, profissionais da saúde e pacientes.

“Quando a complexidade do atendimento de insumos e medicamentos é mapeada de ponta a ponta da cadeia, ou seja, do momento da prescrição do médico até a distribuição e/ou administração do medicamento no serviço de Saúde, obtém-se a clara visualização e provisionamento do uso para reposição em estoques e prazos de compras, de forma transparente e acessível a todos os gestores do processo na instancia pública que o órgão queira disponibilizar a informação. Com este mapeamento, é possível vislumbrar as necessidades de compras em curto, médio e longo prazo, especialmente considerando os processos de licitação que podem demandar cerca de 120 dias, do edital até a entrega do medicamento”, explica Domingos Fonseca.

“Aos novos prefeitos cabe ficarem atentos ao assunto, entenderem os processos e verificarem se o sistema utilizado e as equipes já formadas estão realizando um trabalho de eficiência, já que esse é um dos grandes problemas na troca de gestão, a mudança de todo processo e pessoal que impacta, muitas vezes, negativamente. Da mesma forma, o contrário, onde esse serviço não estiver desenvolvido, é hora de pensar cuidadosamente em realizar uma gestão de qualidade”, relata o especialista.

“Os novos líderes de nossos municípios devem manter um olhar estratégico sobre essa questão, já que é na mudança de administração que, muitas vezes, vemos milhares de equipes substituídas, com perda significativa de capital intelectual, de tecnologias bem instaladas e rotinas perdidas”, pondera Domingos. “

A importância da gestão de insumos médicos e medicamentos em números:

  • Segundo pesquisa da consultoria McKinsey de 2013, apenas no Brasil, os insumos médicos são responsáveis pelo segundo maior custo nas instituições de saúde, perdendo apenas para a folha de pagamento.
  • O índice de obsolescência chega a 20%, levando a perdas de até 15% da margem financeira de um hospital.
  • Os erros de medicação ocorrem em até 33% das internações. Ou seja, de cada dez remédios que pacientes recebem em hospitais e clínicas, três sofrem alguma intercorrência, seja por erro no medicamento administrado, horário de administração, na dose ou na via.
  • Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), cerca de 1.000 medicamentos passam por recall todos os anos no Brasil, o que reforça a necessidade de controle de lotes, data de validade e dos pacientes que fazem uso de um determinado produto, e a consequente identificação de pessoas que possam ser expostas a insumos inadequados.
  • Insumos de saúde das OPMEs (materiais, medicamentos, órteses, próteses e materiais especiais) estão entre as principais fontes de receita (48,6%) e de custos (30%) dos hospitais privados, de acordo com o Observatório ANAHP de 2014 (Associação Nacional de Hospitais Privados).
  • Um Estudo da Escola Nacional de Saúde Pública (ENSP/Fiocruz) com hospitais públicos do Rio de Janeiro mostrou que apenas 10% das farmácias hospitalares fazem seu planejamento com objetivos e metas e somente 15% utilizam a curva ABC para programação dentro daqueles que possuem uma relação de produtos para compra.
  • Estudos realizados com a utilização UnilogWF na administração de medicamentos e materiais médicos apresentam queda de erros nos horários de administração de 32% para 2% na área de hospitalização e na administração de medicamentos não prescritos de 4% para 0,75% na mesma área. Já na área de UTI, a redução de erros nos horários de administração foi de 24% para 0,6% e na administração de medicamentos não prescritos de 3,5% para 0,26%.
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