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Modal Marítimo 17 de setembro de 2020

Modal Marítimo – Ed. 210

Porto de Santos: Protocolo Digital já está em funcionamento

Em linha com o objetivo do Ministério da Infraestrutura (Minfra) de reduzir custos e aumentar a competitividade do setor de transportes do país por meio da desburocratização de processos, o Porto de Santos conta com mais uma ferramenta de acesso para os usuários dos serviços da Santos Port Authority (SPA): o sistema Protocolo Digital. Com acesso diretamente pela capa do site da SPA, o novo sistema melhora a gestão e garante o recebimento de documentos, que são registrados com um número de controle, o qual anota data e hora da entrada do protocolo.

O novo sistema aumenta ainda mais a confiabilidade sobre a gestão documental da SPA e agiliza o controle no recebimento e registro dos documentos, uma vez que permite o acompanhamento inicial de todos que foram recebidos e registrados. É um sistema que tende a melhorar ainda mais com o tempo, podendo se tornar uma ferramenta de apoio, com excelência, na  gestão documental.

Desenvolvido pelos técnicos da SPA ao longo de dois meses, envolvendo principalmente os setores de desenvolvimento e de protocolo, o projeto passou por etapas de levantamento de requisitos, desenvolvimento, testes, homologação, implantação e suporte. Trata-se do primeiro projeto totalmente implementado dentro dos padrões definidos no novo ambiente tecnológico da empresa, elaborado com foco na experiência e praticidade do usuário.

A homologação do sistema passou por diversos setores, o que permitiu validar a solução desenvolvida com um produto final que proporciona mais segurança e facilitação, tanto ao setor de protocolo como para os usuários do serviço, a partir de um ambiente que praticamente dispensa assistência e orientações específicas para sua utilização, pois opera de forma bem prática e intuitiva, com o menor esforço possível.

 

 

Porto de Suape: Disque Caminhoneiro tira dúvidas sobre novo acesso

O Disque Caminhoneiro, serviço gratuito disponibilizado por Suape para prestar apoio à categoria com informações sobre os serviços essenciais no Estado durante a pandemia da Covid-19, passou a funcionar com outro enfoque: tirar dúvidas sobre o novo acesso ao Porto de Suape, via pátios de triagem. O telefone 0800.095.0448 continua operando 24 horas por dia, nos dias úteis, por tempo indeterminado.

Três pátios de triagem de caminhões foram inaugurados recentemente pelas empresas Sulog, Cone e Êxito e vinham funcionando em regime soft opening (gratuitamente) e, após vistoria, tiveram homologação para operar formalmente.

Todos os caminhões que acessam o Porto devem estar previamente agendados e triados. A triagem é automatizada, garantindo mais agilidade nos serviços dos caminhoneiros durante o processo de coleta e descarga nos 21 terminais presentes na área do Porto Organizado. Cada pátio conta com 500 vagas estáticas. Todos operam 24 horas por dia, de domingo a domingo. O investimento total dos três projetos foi de R$ 70 milhões, com geração de 140 empregos diretos e 463 indiretos.

“O principal ganho com os pátios é a questão da segurança dos caminhoneiros e de toda a comunidade portuária. E como o sistema passou a ser automatizado, teremos maior controle de informações e isso nos ajudará a tomar decisões mais assertivas e, em um curto espaço de tempo, vamos ter melhorias operacionais significativas”, explica o presidente do Porto de Suape, Leonardo Cerquinho.

O ordenamento do tráfego de veículos dentro do Porto está previsto na Resolução 3274/2014 da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), que determina ser de competência da Autoridade Portuária fiscalizar o acesso à área do Porto Organizado e estabelece infrações administrativas, caso as atribuições não sejam desempenhadas a contento. A implantação dos pátios também está de acordo com determinações da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) no que diz respeito à fiscalização do transporte rodoviário de cargas.

 

e-Navigation: Marinha brasileira inicia a implantação

A Organização Marítima Internacional (IMO) define o e-Navigation (navegação aprimorada) como sendo a coleta, a integração, o intercâmbio, a apresentação e a análise harmonizada de informações náuticas, a bordo e em terra, por meios eletrônicos, com o propósito de aprimorar o controle e a segurança da navegação aquaviária de berço a berço e serviços portuários relacionados, bem como para o aumento da eficiência comercial marítima e a preservação do meio ambiente marinho. A implementação do e-Navigation impacta, a nível mundial, diversos setores que exercem suas atividades no ambiente marítimo, em águas interiores e dos respectivos portos. Da mesma forma que aeronaves e aeroportos se comunicam com rapidez e segurança, a implantação do e- Navigation permitirá a ampliação dessas capacidades para navios e os portos. Não se trata de um tipo de equipamento, mas sim de um “conceito”, que contempla uma ampla gama de sistemas e serviços de informação integrados e harmonizados, relacionados à segurança da navegação e aos serviços portuários. Atende as necessidades de usuários conhecidos e identificados, unificando equipamentos como o Automatic Identification System (AIS), Electronic Chart Display System (ECDIS), Automatic RADAR Plotting Aid (ARPA), Sistemas Integrados de Passadiço (IBS), Sistemas Integrados de Navegação (INS), Long Range Identification and Tracking (LRIT), bem como auxilia na busca e no salvamento (SAR) e em situações de emergência de poluição marinha, permitindo o aprimoramento da Consciência Situacional Marítima e na tomada de decisão de comandantes no mar e autoridades portuárias em terra. Após o cumprimento de uma sistemática própria da IMO, foram priorizadas cinco soluções para o e-Navigation, com base nas necessidades identificadas dos usuários: S1: projeto de passadiço aperfeiçoado, harmonizado e funcional; S2: padronização e automatização de relatórios; S3: aprimoramento da confiabilidade, resiliência e integridade dos equipamentos do passadiço e informações de navegação; S4: integração e apresentação, em display, das informações recebidas via equipamentos de comunicações; e S5: aperfeiçoamento das comunicações no portfólio dos serviços de VTS – Vessel Traffic Service (não limitado às estações VTS). As soluções S2, S4 e S5 têm como foco a transferência automática de informações e dados entre todos os usuários, enquanto as soluções S1 e S3 promovem o uso funcional e prático de informações e dados a bordo. As necessidades de harmonização e de padronização dos serviços portuários resultaram na elaboração do Portfólio de Serviços Marítimos (Maritime Service Portfolio – MSP), que categorizaram esses serviços por áreas geográficas, de modo a facilitar a determinação do tipo e da quantidade de informação a ser transmitida, considerando o sistema de comunicação empregado e a identificação das entidades ou organizações responsáveis pela disseminação da informação. Atualmente, 16 Serviços Marítimos (MS – Maritime Service) foram mapeados nesse Portfólio da IMO, mas esse número poderá ser alterado durante os estudos para a sua implantação. À proporção que o transporte marítimo incorpora o mundo digital, informações e infraestrutura digitais serão implantadas em benefício da segurança marítima e proteção do meio ambiente, mitigando, por exemplo, possíveis acidentes, como o derramamento do óleo ocorrido no litoral brasileiro em 2019. A implantação do conceito em nível nacional deverá basear-se em um ambiente que proporcione a participação de outros parceiros, governamentais ou não, e a criação de uma Estrutura Comum de Dados Marítimos (CDMS) que deverá seguir as orientações de organismos internacionais, em concordância com a legislação nacional. A comunidade marítima brasileira e os organismos de normatização e fiscalização da atividade marítima deverão estar preparados para participar dessa evolução. No âmbito da Autoridade Marítima (AM), a Diretoria-Geral de Navegação (DGN) é a responsável pela implementação desse conceito, o qual está centrado nas necessidades dos usuários da navegação marítima, visando à eficiente transferência de informações e dados marítimos entre todos os usuários (navio-navio, navio-porto, porto-navio e porto-porto), por meio de um Portal. Será necessário que as ferramentas utilizadas atualmente sejam aprimoradas, facilitando o acesso pelos usuários e, principalmente, garantindo a segurança digital e a integração das diversas agências, que necessitarão de eficaz infraestrutura de tecnologia da informação e comunicação. A Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN), organização militar subordinada à DGN, será demandada em aperfeiçoamentos para os seus produtos e serviços, de forma a atender as demandas quanto ao aprimoramento da posição, por meio da transmissão das correções diferenciais (DGNSS), e a produção e disseminação de informação meteorológica, cartas e publicações náuticas eletrônicas.  A evolução do processo de navegação tradicional para o e-Navigation promoverá ganho em segurança, produtividade e eficiência, onde o elemento humano continuará sendo essencial nesse processo e a sua formação e treinamento serão fundamentais para a implementação desse novo conceito. A Diretoria de Portos e Costas (DPC), outra organização militar subordinada à DGN, deverá capacitar os profissionais, de bordo e de terra, para utilizar as ferramentas que contribuirão para o aperfeiçoamento da Segurança da Navegação. Órgãos como ANVISA, Receita Federal e Polícia Federal, além das Autoridades Portuárias, dentre outros, provedores de serviços e produtos dentro dos 16 Serviços Marítimos (MS) atualmente previstos, deverão também adotar estratégias para essa nova realidade. A Marinha está elaborando a sua estratégia de implantação do e-Navigation e irá apresentar em breve a esses órgãos a sua proposta para discussão. As atividades de cooperação regionais e técnicas vêm sendo realizadas em várias partes do mundo com o objetivo de promover e fornecer informações sobre a forma de implementação e desenvolvimento do e-Navigation. Nesse sentido, vislumbra-se a importância do Brasil na coordenação da implantação desse conceito no âmbito da América do Sul, sendo de grande relevância para a segurança da navegação nas águas do Atlântico Sul. Na área econômica, abrem-se perspectivas para a comercialização de produtos desenvolvidos especificamente para atender ao conceito do e-Navigation, sendo uma ótima oportunidade para a indústria brasileira. Cumprindo orientações da IMO, a iniciativa da implementação do conceito e-Navigation pela Autoridade Marítima e, posteriormente, a sua adoção em âmbito nacional, gera expectativas de grandes melhorias para a Segurança da Navegação e para a proteção da Amazônia Azul. Essas expectativas refletirão na proteção do meio ambiente e no incremento da economia do mar, com aumento significativo da eficiência comercial marítima, reduzindo-se os riscos de colisão, encalhe dos navios, custos com seguros, bem como de emissões de gases poluentes por conta da indicação de uso de melhores rotas e velocidades, além do ostensivo monitoramento do tráfego mercante, contribuindo para o Sistema de Gerenciamento da Amazônia Azul (SisGAAz) empregado pela MB.

 

Portonave: Otimização de processos com incremento da informática

A Portonave, um dos maiores terminais portuários do Brasil, potencializou a eficiência de seus processos de gestão e manteve certificações com solução da SoftExpert – fornecedora global de softwares e serviços para automação e aprimoramento de processos de negócio, conformidade regulamentar e governança corporativa.

Com uma infraestrutura de 400.000 m² de área, localizada em Navegantes, SC, a Portonave se destaca na movimentação de contêineres, contribuindo tanto para o escoamento da produção brasileira e de outros países da América do Sul, quanto para o ingresso, no País, de matérias primas e mercadorias produzidas no exterior. Em 2019, a Portonave figurou como o terminal portuário com maior produtividade média por navio entre os portos brasileiros, movimentando 752.266 TEUs e gerando Receita Operacional Bruta de 550,3 milhões.

Necessidades – De acordo com o Analista de Sistema de Gestão Integrado da Portonave, Carlos Leandro Assini, a empresa precisava de uma solução que entregasse mais agilidade e confiabilidade na recuperação de informações durante a execução e o monitoramento dos processos, bem como apoiasse o atendimento de requisitos legais e regulamentares do negócio. “Existe uma série de órgãos municipais, estaduais e federais que regulam a nossa atividade, e sentíamos a necessidade de ter uma ferramenta de gestão 100% confiável”, lembra.

Assini conta que a Portonave buscava uma empresa que apresentasse um pacote de soluções que atendesse ao máximo as suas necessidades. “Vivíamos um desgaste proveniente das falhas das ferramentas de gestão anteriores, por isso, fomos buscar no mercado uma empresa que fornecesse confiabilidade à gestão corporativa e otimizasse os processos, e encontramos a SoftExpert”, reforça.

Com a otimização de recursos de mão de obra aplicada às atividades de gestão foram incorporados novos processos, como responsabilidade da equipe, gestão de ideias (projetos, melhorias e mudanças) e desenvolvimento de BPMNs (automatização de processos).

O SoftExpert Suite, utilizado por todas as áreas da empresa, permite flexibilidade e integração de processos, centralizando informações em um só lugar. “Com a automatização dos processos, conseguimos reduzir o tempo de execução das tarefas, assim como diminuir falhas e retrabalhos, resultando em mais eficiência. Além disso, a solução é uma forte aliada na manutenção das certificações ISO 9001, ISO14001, ISO45001, OEA (Operador Econômico Autorizado) e ISPS Code (International Ship and Port Facility Security Code)”, pontua. Para o futuro, a empresa pretende implementar os componentes Auditoria e Risco, já adquiridos no pacote inicial.

 

 

Porto de Imbituba: Aprovado o novo PDZ

O novo Plano de Desenvolvimento e Zoneamento (PDZ) do Porto Organizado de Imbituba, em Santa Catarina, foi aprovado pelo Ministério da Infraestrutura e ratificado por meio de portaria, que entrou em vigor no dia 10 de agosto último. O documento traz um amplo descritivo da situação atual do porto e traça seu horizonte até 2034, propondo um caminho de desenvolvimento que se altera entre os cenários de curto, médio e longo prazo.  A versão atual vem sendo trabalhada pela SCPAR Porto de Imbituba, Autoridade Portuária, desde 2014, e substitui a versão instituída em 2006. A primeira parte do plano detalha as instalações de armazenagem e equipamentos portuários, descreve as áreas arrendadas e arrendáveis, instalações retroportuárias, áreas de apoio logístico, instalações de suprimentos, como energia elétrica e telecomunicações, situação socioambiental e aspectos de segurança portuária, dentre outros temas de grande relevância para o avanço sustentável do porto. O documento apresenta também o plano operacional, onde lista melhorias operacionais e de gestão, proposições de reorganização estratégica de áreas, além de investimentos para modernizar as instalações portuárias e seus acessos, e adequar a infraestrutura às demandas operacionais. As diretrizes do PDZ do Porto de Imbituba convergem com o Plano Nacional de Logística Portuária (PNLP), o Plano Geral de Outorgas (PGO), o Plano Mestre do Complexo Portuário de Imbituba (2018), o Plano de Negócios do Porto de Imbituba, dentre outros planos, resultando em um alinhamento importante e necessário entre os instrumentos que norteiam a gestão do porto.

 

ANTAQ: Movimentação de cargas do setor portuário cresceu 4,4% no primeiro semestre

O setor portuário brasileiro (portos públicos e privados) movimentou 538 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2020. Ainda que em meio à pandemia da Covid-19, que atingiu o mundo no período, o montante representou crescimento de 4,4% em relação ao primeiro semestre do ano passado, quando foram movimentados 515,2 milhões de toneladas.

Em relação aos tipos de carga, houve crescimento no primeiro semestre deste ano na comparação com igual período do ano passado de 2,2% na movimentação de granel sólido, com a movimentação de 323,5 milhões de toneladas, e de 15,5% na movimentação de granéis líquidos, com a operação de 134,2 milhões de toneladas. Já contêineres e carga geral solta apresentaram queda, respectivamente, de -1%, com 54,8 milhões de toneladas movimentadas, e de -6,2% (25,4 milhões de toneladas) em relação a igual período de 2019.

 

Perfil de Carga

Entre as mercadorias que registraram crescimento de movimentação em comparação com o primeiro semestre de 2019, as principais foram petróleo e derivados (+19,8%), com a movimentação de 123 milhões de toneladas; e soja (+31,4%), com 81 milhões de toneladas movimentadas. Já entre as que registraram queda na comparação com o ano anterior, as principais foram minério de ferro (-9,7) e contêineres (-1%).

Os números são do Estatístico Aquaviário, produzido pela Gerência de Estatística e Avaliação de Desempenho, da Superintendência de Desempenho, Desenvolvimento e Sustentabilidade da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (GEA-SDS/ANTAQ), e estão disponíveis para consulta no portal da Autarquia na internet (portal.antaq.gov.br).

“O crescimento nas exportações de Petróleo e Derivados (+76%) e na exportação de soja (+32%), principalmente em portos públicos, foi o grande destaque no primeiro semestre de 2020. Essas duas mercadorias representaram 38% de toda a movimentação portuária no período, tendo impacto significativo na movimentação total de cargas”, apontou o gerente de Estatística e Avaliação de Desempenho da ANTAQ, Fernando Serra.

De acordo com o levantamento da ANTAQ, o Porto de Santos foi o de maior movimentação entre os portos públicos. No período, o porto santista movimentou 55,7 milhões de toneladas de cargas, representando crescimento de 10% em relação ao primeiro semestre de 2019. O porto santista também foi destaque na movimentação de soja ao operar 16,1 milhões de toneladas (4,5 milhões de toneladas a mais em comparação com o primeiro semestre de 2019), representando crescimento de 39%.

O segundo lugar em movimentação entre os portos públicos no semestre ficou com o Porto de Paranaguá. O porto paranaense movimentou 25,7 milhões de toneladas de cargas, registrando crescimento de 13%, e 2,9 milhões de toneladas a mais do que em igual período do ano anterior.

Entre os portos privados, os principais destaques foram o Terminal Aquaviário de Angra dos Reis e o DP World Santos. O terminal da Transpetro movimentou 31,5 milhões de toneladas de petróleo, 8,7 milhões de toneladas a mais do que no primeiro semestre de 2019. Já o DP World de Santos registrou a maior movimentação de contêineres entre os portos privados, ao operar 387,2 mil TEU, representando crescimento de 41% na movimentação (mais 113 mil TEU) em relação a igual período do ano passado.

 

Navegações

Em relação aos tipos de navegação, foram movimentados na navegação de longo curso 375,5 milhões de toneladas no primeiro semestre de 2020, representando crescimento de 2,5% na comparação com igual período de 2019.

Já a navegação de cabotagem movimentou 125,4 milhões de toneladas. Nessa navegação, o crescimento na movimentação foi de 10%, com a operação de mais 11,4 milhões de toneladas em comparação com o ano passado. No transporte de contêineres, a cabotagem apresentou crescimento de 2,6% no período, totalizando 750 mil TEU.

Na navegação interior, a movimentação atingiu 35,4 milhões de toneladas no semestre, contabilizando crescimento de 7,8%, em relação ao primeiro semestre de 2019. Na comparação entre os primeiros semestres de 2010 e 2020, o crescimento na movimentação foi de 122%. (Fonte: Antaq)

 

Santos Brasil e Emapa: Solução logística aproveita potencial fluvial da região Norte

A Santos Brasil, especializada em operações portuárias e logísticas, e a Emapa, uma das principais fornecedoras de piso de madeira para o mercado americano e cliente do Tecon Vila do Conde, o Terminal de Contêineres da Santos Brasil em Barcarena, no Pará, desenvolveram uma estratégia especial para simplificar e agilizar a operação de carga e descarga da madeira exportada pela companhia.

A unidade industrial da Emapa localiza-se em Afuá, uma cidade de difícil acesso por rodovia, às margens da Bacia do Marajó. A carga, cujo destino é a exportação, precisava ser transportada por balsa até uma estação coletora de contêineres vazios em Belém, onde era realizada a ovação e depois seguia por rodovia até o Tecon Vila do Conde. No total, o produto demorava sete dias para chegar ao terminal e finalmente poder embarcar ao seu destino final.

O projeto de logística fluvial desenvolvido em conjunto pela equipe de inteligência comercial da Santos Brasil e a equipe da Emapa reduziu esse prazo para 60 horas (dois dias e meio) ao utilizar o potencial fluvial da região. Agora, a carga sai da Emapa e vai diretamente para o Tecon Vila do Conde por meio de barcaças que navegam pelos rios que se ligam à Baía do Marajó – um percurso de 494 quilômetros. Para simplificar a operação do cliente, a solução proposta foi eliminar a parada em Belém e fazer a coleta de contêineres vazios diretamente no Tecon Vila do Conde. Desta forma, os contêineres vazios chegam ao Tecon Vila do Conde, são enviados para a unidade da Emapa, em Afuá, onde passaram a ser estufados pela equipe da própria madeireira, e retornam cheios diretamente para o Tecon, de onde seguem rumo ao mercado americano.

Além de ganhar tempo, reduzir custos e dar mais segurança para a Emapa, o projeto também contribui com o meio ambiente, ao eliminar os 260 km até então percorridos em caminhão até Belém.

 

Cabotagem: Assinado projeto de lei para estimular o setor

O presidente Jair Bolsonaro assinou no dia 11 de agosto último o projeto de lei “BR do Mar”, que muda regras de navegação de cabotagem, visando modernizar e aumentar o total de carga movimentada pelo setor. Segundo o ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, que participou do ato de assinatura no Palácio do Planalto, a meta é aumentar nos próximos três anos a marca de 1,2 milhão de contêineres transportados anualmente para 2 milhões, além de elevar a oferta de embarcações em 40%. A avaliação do governo é que a modalidade é pouco explorada num país com 8 mil quilômetros de costa e concentrada no mercado de óleo e gás, seja para as rotas entre o continente e plataformas, ou seja, para a distribuição de combustível.

“É um projeto que, no final das contas, tende a deixar a cabotagem mais barata. A gente tem um objetivo que é aumentar a oferta de embarcações”, disse Freitas. Ainda de acordo com ele, o transporte de cabotagem no Brasil tem crescido 10% anualmente, mas o governo vê potencial para que o avanço ocorra num ritmo mais acelerado, de até 30%.

Freitas também assinala que o projeto, encaminhado com urgência para o Congresso, muda normas relativas ao afretamento de embarcações – tipo de contratação de transporte marítimo. E propõe que empresas com frota nacional poderão afretar navios com a bandeira estrangeira, para reduzir custos operacionais.  O uso de embarcações estrangeiras é limitado hoje por uma série de travas, que o governo busca flexibilizar com a proposição. A proposta também estabelece novas regras para empresas de menor porte sem embarcações próprias que queiram realizar afretamentos, o que atualmente tem restrições. Outra mudança prevista no texto é a que permite que empresas estrangeiras usem recursos do Fundo de Marinha Mercante para financiar a docagem (reparos programados) de seus navios em estaleiros brasileiros. O ministério argumenta que isso beneficiará não apenas empresas estrangeiras, mas também as brasileiras que atualmente recorrem a estaleiros na Europa e na China. O Fundo de Marinha Mercante permite o acesso a crédito em condições mais vantajosas. A meta dessa modificação – de acordo com técnicos no governo – é recuperar estaleiros brasileiros, golpeados por crises recentes do setor de óleo e gás. Além disso, o projeto permite a celebração de contratos temporários para movimentação de carga que não possua operação no porto, o que, segundo a Infraestrutura, agilizará a operação de terminais dedicados à cabotagem. A ideia é que os portos possam contratar terminais temporários para essas modalidades, sem licitação, que só seria exigida após um período em que se verificasse a viabilidade da operação. (Fonte: Folha de S.Paulo)

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