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Modal Marítimo 27 de fevereiro de 2020

Modal Marítimo – Ed. 37 Dig.

BR-163 viabiliza o caminho das exportações pelos portos privados do Arco Norte
Foi inaugurada, em fevereiro último, a pavimentação dos últimos 51 km da BR-163/PA que faltavam para ligar, definitivamente, o Estado do Mato Grosso aos portos de Miritituba, PA. A obra contribui para o escoamento da safra de grãos que sai do centro do País, sobretudo do Estado do Mato Grosso, até os portos do Pará. De acordo com o presidente da ATP – Associação de Terminais Portuários Privados, Murillo Barbosa, a rodovia federal representa um novo impulso para a economia, pois viabiliza o transporte de produtos agrícolas pelo Brasil, especialmente pelo Arco Norte, o que incrementa a exportação. O Arco Norte tem grande impacto no escoamento de grãos, já que um terço das exportações destes produtos no ano passado saíram por esses portos. “Acreditamos que a Região Norte tem um alto potencial, seja pelo aumento da produção de bauxita e de grãos vindos do norte do Mato Grosso e de outras regiões próximas, seja pela conclusão da BR 163”, acrescentou Barbosa.
Segundo dados divulgados pela Antaq – Agência Nacional de Transportes Aquaviários, a logística de escoamento pelo Arco Norte cresceu quase 500% nos últimos nove anos. Em 2019, foram 30,1 milhões de toneladas de soja e milho a mais que o volume exportado pelos portos acima do paralelo 16 em 2010. Do total de grãos exportados no ano passado, 32% passaram por essa rota e 68% pelos portos do Sul e do Sudeste. Em 2010, essa participação de portos do Norte e do Nordeste era de 14,4%.

Novo zoneamento prepara o Porto de Santos para os próximos 20 anos
A Santos Port Authority (SPA) apresentou, no dia 17 de fevereiro último, o novo zoneamento do Porto de Santos. Também conhecido como PDZ, o plano é um instrumento de planejamento sustentável para o desenvolvimento racional das atividades e da ocupação das áreas portuárias no longo prazo. O PDZ define a ocupação das áreas considerando um aumento de aproximadamente 60% na movimentação de cargas para 214,9 milhões de toneladas até 2040, com crescimento de dois dígitos de capacidade para todas as cadeias.
As principais diretrizes do PDZ são a eficiência operacional e a integração porto-cidade. No que se refere à eficiência operacional, prevê a consolidação de áreas para a clusterização de cargas, dedicação de berços aos terminais contíguos e o aumento da participação do modal ferroviário nas operações. No aspecto de integração com a cidade, o plano abrange soluções para interferências de acessos, destinação do cais do Valongo à movimentação de passageiros em navios de cruzeiro e a elaboração de um plano mestre para preservação do patrimônio histórico e cultural, destacaram o presidente da SPA, Casemiro Tércio Carvalho, e o superintendente de Planejamento Portuário, Bruno Stupello, que coordenou e detalhou a proposta.
Elaboração – O PDZ foi elaborado ao longo do último ano a partir das bases de dados oficiais das cadeias de cargas, com projeções e ajustes com as informações de mercado, bem como a produção econômica nas áreas de influência do Porto. O ponto de partida foi o Plano Mestre, instrumento de planejamento portuário elaborado pelo Ministério da Infraestrutura (Minfra).
O plano abrange tanto as necessidades de expansão de capacidades quanto as demandas dos municípios, promovendo alterações de zoneamento e melhoria de acessos. “O Porto estará preparado para atender a totalidade da demanda de sua área de influência e ainda agregar novas cargas”, disse Stupello.
Aumento da capacidade – As projeções apontam para uma capacidade instalada de 240,6 milhões de toneladas em 2040, alta de 50% sobre o cenário atual. Atendendo a diretrizes do Minfra de aumentar a participação da ferrovia nos portos, a movimentação prevista para o modal deve crescer mais de 90%, elevando a fatia dos trilhos no Porto de atuais 33% para 40% no cenário de projeção.
As instalações destinadas a contêineres terão o maior crescimento de capacidade entre todas as cargas: alta de 64%, saindo de 5,4 milhões TEU (contêiner padrão de 20 pés) para 8,7 milhões TEU.
Com ampliação de 25,6 milhões de toneladas, a capacidade de movimentação de granéis sólidos vegetais passará das atuais 69,7 milhões de toneladas para 95,3 milhões de toneladas, um ganho de quase 30%.
A implantação de novos berços de atracação e o aumento no volume de tancagem elevarão a capacidade atual de movimentação de granéis líquidos químicos e combustíveis de 16 milhões de toneladas para 22,4 milhões de toneladas, aumento de 40%.
Na celulose, carga predominantemente ferroviária, a oferta aumentará de 7,1 milhões de toneladas para 10,5 milhões de toneladas, alta de 50%.

Instalações portuárias movimentaram 1,1 bilhão de toneladas de carga em 2019
As instalações portuárias brasileiras movimentaram 1,1 bilhão de toneladas de carga em 2019, com uma queda de 1,6% em relação ao ano anterior. Nesse cenário, os terminais privados tiveram destaque, já que foram responsáveis por 66% da movimentação total no ano passado e registraram um crescimento médio anual (2010-2019) de 3,4%. Os principais perfis de carga nos portos privados foram granel sólido mineral, granel líquido e carga geral solta. Já os portos organizados ficaram com 34% e crescimento médio anual de 2,5%. Os dados fazem parte do Anuário Estatístico Aquaviário apresentado pela Antaq – Agência Nacional de Transportes Aquaviários em fevereiro último. Entre os terminais privados que mais movimentaram cargas em 2019 estão Ponta da Madeira, MA, com 190,1 milhões de toneladas, seguido por Tubarão, ES, com 76,4 milhões. Em terceiro lugar, o Terminal Aquaviário de Angra dos Reis (Transpetro), no Rio de Janeiro, que movimentou 51,9 milhões de toneladas. Já entre os portos organizados, Santos, SP, foi o que mais movimentou, com 106,2 milhões de toneladas, seguido por Paranaguá, PR, com 47,5 milhões. Na terceira posição ficou Itaguaí, RJ, com 43,2 milhões de toneladas. A movimentação de contêineres, considerando todas as navegações, foi de 117 milhões de toneladas em 2019, o que equivale a 10,5 milhões de TEUs. O crescimento total de movimentação de TEU foi de 3,5% em relação a 2018. Nos portos privados, a movimentação de contêineres teve crescimento acentuado, com quase 11%, reflexo do aumento de autorizações nos terminais. Segundo os técnicos da Antaq, a diminuição no volume total de movimentação de cargas foi puxada pela queda de 10% nas operações de minério de ferro, que representou cerca de 40 milhões de toneladas a menos no ano passado em relação a 2018. Entre os motivos para a queda estão as chuvas que prejudicaram a extração do minério no Pará e a influência do rompimento da barragem de Brumadinho, MG. No Brasil, o minério de ferro tem 33% de participação na movimentação portuária total. A movimentação de petróleo e derivados e de milho teve os principais resultados positivos registrados em 2019, com crescimento de 11% e 58%, respectivamente. Além dos 55,7 milhões de toneladas de milho movimentadas no ano passado, a exportação desse granel aumentou 75% em 2019 em relação ao ano anterior.
Apesar da queda na movimentação total em 2019, o estudo destaca que nos últimos nove anos a movimentação de cargas cresceu 31,5% no país.
TUPs – Dados da ATP comprovam que 2019 foi positivo para o setor portuário privado brasileiro. Ao longo do ano, foram autorizados 24 novos terminais privados, com publicação no DOU (Diário Oficial da União), o que representa uma carteira de investimento de R$ 1,6 bilhão. O perfil de carga que se destacou foi o granel líquido (gasolina, óleo diesel e soda cáustica), que será movimentado por 17 desses 24 terminais. A Região Norte foi o maior destaque, com a autorização de 13 novos terminais privados. O ano de 2019 também trouxe 17 novos anúncios públicos, com previsão ainda maior de investimentos, com valores da ordem de R$ 7,7 bilhões.
Ferroeste e Rumo fazem acordo para ampliar escoamento da safra
A Ferroeste – Estrada de Ferro Paraná Oeste e a Rumo Logística formalizaram, em fevereiro último, o Contrato de Operação Específico que vai ampliar a capacidade de escoamento da safra da região Oeste pelo ramal ferroviário. Com o acordo, o volume de produtos transportados na malha que liga Cascavel ao Porto de Paranaguá passará dos atuais 1,1 milhão de toneladas por ano para cerca de 2 milhões/ano. O acordo comercial permite que as duas empresas compartilhem cargas que saem da Região Oeste em direção a Paranaguá. E possibilita que a Rumo entre no trecho da Ferroeste, inclusive com reforço de maquinário. Atualmente, a multinacional é responsável pela operação entre Guarapuava e o Porto de Paranaguá. Já a Ferroeste administra o trecho ferroviário entre Cascavel e Guarapuava. “Este acordo estabelece uma nova forma de trabalhar a importação e a exportação dos produtos pelo ramal ferroviário”, afirmou André Gonçalves, diretor-presidente da Ferroeste. “Até o ano passado, os vagões da Ferroeste eram levados até Guarapuava. Ali se trocavam as locomotivas e vagões, e a Rumo levava até Paranaguá. A partir de agora, a Rumo vai fazer esse trajeto pelos trilhos da Ferroeste, não vai mais haver essa troca. É uma forma mais rápida e ágil de transportar os produtos”, explicou.
IMO 2020: o que muda com as novas regras de emissão de enxofre pelos navios
A regra global que reduzirá significativamente as emissões nocivas de óxidos de enxofre por parte da frota mercante mundial entrou em vigor no dia 1º de janeiro de 2020. Conhecida como IMO 2020, a normativa reduz o limite de enxofre no combustível de navio de 3,5% para apenas 0,5%. Esses limites são obrigatórios para todas as embarcações que operam fora de zonas designadas de controle de emissões (Mar Báltico, Mar do Norte, área norte-americana, área do mar do Caribe e dos Estados Unidos), onde o limite já é de 0,10%. Segundo Diego Lemke, gerente de produtos da Allog – empresa especializada em logística internacional – o principal objetivo da IMO 2020 é a redução da emissão de gases poluentes na atmosfera. “Esta medida torna-se necessária frente ao alto fluxo de mercadorias transportadas através do modal marítimo. Por outro lado, devido a esta decisão, faz-se necessária a adaptação das embarcações para cumprimento da norma instituída”, explica.
Para a maioria dos navios, isso significa uma mudança para novos tipos de óleos compatíveis. Segundo estudos internacionais, o transporte marítimo consome 4,4 milhões de barris de petróleo por dia, representando 10% do consumo de petróleo atribuído a todo o setor de transporte. Além disso, o transporte marítimo internacional é responsável por aproximadamente 5% por cento da demanda global de petróleo.
Todas estas mudanças devem atingir o consumidor tanto de forma negativa como positiva. “Como o maior volume de mercadorias é transportado através do modal marítimo, a redução na emissão de enxofre melhora a qualidade do ar respirado. Por outro lado, esta adaptação trará custos que consequentemente deverão influenciar no frete e valores das mercadorias transportadas”, pontua Lemke.
Novo limite – O novo limite significará uma redução de 77% no total de emissões produzidas pelos navios, o que equivale a uma baixa anual de aproximadamente 8,5 milhões de toneladas de óxidos de enxofre, conforme dados da International Maritime Organization (IMO). O material particulado – pequenas partículas nocivas que se formam quando o combustível é queimado – também será reduzido. Como resultado, a organização espera uma redução nos casos de derrame, asma, câncer de pulmão e doenças cardiovasculares e pulmonares. A redução das emissões de enxofre dos navios também ajudará a impedir a chuva ácida e a acidificação dos oceanos, o que beneficiará florestas e espécies aquáticas.
Transição – A IMO fez um intenso trabalho preparatório para garantir que a transição fosse tranquila. A entidade publicou uma série de documentos para ajudar o setor a se preparar para a mudança, incluindo orientações sobre o desenvolvimento de um plano de implementação que aborda questões como avaliação de riscos para novos combustíveis e limpeza de tanques.
De acordo com Kitack Lim, secretário-geral da IMO, a indústria naval e os fornecedores de combustível trabalharam incansavelmente nos últimos três anos para se preparar para essa importante mudança. Os navios também podem usar combustíveis diferentes, com baixo ou até zero teor de enxofre, como o gás natural liquefeito ou biocombustíveis. No entanto, a mistura de diferentes combustíveis não é recomendada, de acordo com os padrões ISO e seus PAS (do inglês Publicly Available Specification). Os armadores devem testar a compatibilidade, estabilidade e outras características relevantes dos combustíveis reguladores a serem usados e consultar os padrões relevantes da Organização Internacional de Normalização.
Os navios também podem cumprir os requisitos de emissões usando um dos métodos equivalentes aprovados, como sistemas de limpeza de exaustão ou “lavadores” que “limpam” as emissões antes de serem liberadas na atmosfera. As arruelas removem óxidos de enxofre dos gases de escape do motor e da caldeira do navio, permitindo que os navios equipados com eles continuem usando combustível pesado, de acordo com as diretrizes da IMO.

Wilson Sons desenvolve tecnologia de IA para operação com rebocadores
Garantir uma manobra ótima, com maior segurança, mais eficiência e menor custo operacional são alguns dos benefícios gerados pela nova tecnologia de inteligência artificial (IA) desenvolvida pela Wilson Sons Rebocadores. Inédito no mercado Brasileiro – segundo a empresa –, o sistema já está rodando nos portos do Rio de Janeiro, RJ, Vitória, ES, e Santos, SP, e auxilia nas decisões de alocação de rebocadores em manobras da companhia. A Wilson Sons Rebocadores prevê uma redução nos custos da operação com essa iniciativa, com a maximização do uso dos seus rebocadores e redução no consumo de combustíveis. Para realizar o planejamento da manobra, a IA desenvolvida pela empresa analisa 14 parâmetros diferentes, como geolocalização dos diversos atores envolvidos (rebocadores, navio do cliente, terminal), características do navio, eficiência de consumo de combustíveis dos rebocadores, regulação de cada porto, entre outros itens. Elisio Dourado, gerente regional da empresa, explica que o sistema é retroalimentado com as informações das operações realizadas. Ou seja, a partir do aprendizado de máquina (machine learning), ele é capaz de otimizar seu próprio funcionamento. “O software registra os cenários pré-decisão e a decisão. E o algoritmo vai aprendendo com as soluções. Quanto mais informação, melhor fica o sistema”, diz Dourado. Segundo o gerente regional Yuri Fedoruk, a meta é implantar a IA em todas as 25 localidades onde a companhia atua no período de um ano. “A IA pode de ser utilizada em diversas aplicações na companhia, com o potencial de ser estendida a outros usuários, gerando novas receitas”, diz ele.
Hidrovias do Brasil assinou contrato para movimentação de granéis sólidos minerais no Porto de Santos
A Hidrovias do Brasil – empresa de logística integrada com foco no transporte hidroviário em toda a América Latina – assinou contrato referente à outorga para arrendamento da área STS20 no Porto de Santos, destinada à armazenagem de graneis sólidos minerais, especialmente fertilizantes e sal. O movimento faz parte da estratégia da empresa de suprir uma demanda de negócio importante para os clientes que utilizam este ativo para atender o mercado de São Paulo. O terminal é muito relevante para o abastecimento de fertilizantes e sal no mercado de São Paulo e, a partir de 2022, terá a capacidade de operar até 2,6 milhões de toneladas ao ano.
Porto do Recife receberá R$ 51 milhões para obras
Dois termos de compromisso foram assinados entre o Governo de Pernambuco e a União para liberar recursos a fim de aumentar a competitividade e melhorar as condições operacionais Porto do Recife. Os aportes liberados somam R$ 51,5 milhões. Uma das ações será voltada para a infraestrutura aquática do porto. Por meio da negociação com a Secretaria Nacional de Portos, com execução do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), o ancoradouro receberá R$ 24.189.188,34 para obras de dragagem. “Percebemos as dificuldades em conseguir recursos para as obras mais amplas, então fizemos um projeto emergencial da dragagem dos berços de atracação. E, no final do ano passado, recebemos a notícia da liberação dos recursos desse projeto”, disse o presidente do Porto do Recife, Carlos Vilar. As obras de dragagem vão incluir o cais 00 até o 01, que serão aprofundados em 10 metros; do cais 02 ao 06, aprofundados em 11 metros; e do cais 07 ao 09, aprofundados em 8,5 metros. Ainda dentro desse mesmo montante, haverá uma adequação para melhorar as condições de navegabilidade na bacia onde os navios fazem as manobras até o canal de acesso do navio ao porto. O outro termo de compromisso diz respeito à infraestrutura portuária terrestre. Serão destinados R$ 27.336.730,29, firmados com o Ministério da Infraestrutura, para revigorar o equipamento. “Serão obras de pavimentação do cais portuário, drenagem da área do cais, obras de reforço de estrutura do cais 00 e 01, além de melhorar as defensas, que são os amortecedores entre o navio e o cais”, disse Vilar. (Fonte: Folha de Pernambuco)

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