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Especial 8 de dezembro de 2021

SETCESP: Alta da inflação, custos e a falta de insumos impedem um melhor desempenho do TRC

O bviamente, neste especial sobre o Transporte Rodoviário de Cargas não poderíamos deixar de ouvir a opinião do SETCESP – Sindicato das Empresas de Transportes de Carga de São Paulo e Região. Quem fala é Adriano Depentor, atual vice-presidente extraordinário de governança e eleito presidente do Conselho Superior e de Administração da entidade para a gestão 2022-2024. Veja a seguir a análise do setor feita por Depentor.

 

Faça um balanço no setor de transporte rodoviário em 2021.

O transporte teve, em 2020, uma queda brusca da demanda, e em meados do fim do ano começou a se recuperar, ainda de forma tímida. Este ano de 2021 iniciou com uma melhora significativa. A vacinação trouxe um alento para a economia, uma recuperação com a reabertura do comércio. Entretanto, ainda estamos sendo prejudicados pela alta da inflação e o custo e a falta dos insumos. Faltam peças de caminhões, pneus e até embalagens. Começamos bem, mas enfrentamos escassez de produtos e alta dos preços.

 

Quais as perspectivas para o ano de 2022 no setor?

Em 2022 vislumbramos o fim da pandemia, afinal já temos um bom contingente de pessoas vacinadas. Outro fato é que no ano que vem teremos eleições, e isso faz com que seja um ano bastante agitado para o mercado. Embora soframos com a assombração da inflação, que é um problema mundial, e isso pode em algum momento afetar um pouco a balança, ao mesmo tempo, a oferta de produtos tende a se voltar ao mercado interno. Há uma demanda reprimida e muitas indústrias devem voltar a escoar em grande escala sua produção, o que impactará diretamente o transporte de cargas. Além do mais, o agronegócio promete uma boa safra. Tudo isso pode corroborar para que tenhamos um ano de retomada.

Como a entidade vê a eletrificação no setor?

Aqui no Brasil a eletrificação de veículos ainda está no início. Há dúvidas quanto ao custo, quanto à substituição de bateria, prazos e carregamentos. Neste primeiro momento, estes veículos estão sendo testados, as empresas estão adquirindo aos poucos para integrá-los à frota e ver como esse modelo se adapta. A eletrificação é um caminho sem volta. O start foi dado, e isso para o meio ambiente e a sustentabilidade é ótimo.

 

Quais as tendências no setor, em termos de tecnologia e novas atuações?

A tecnologia embarcada tem o viés da segurança da carga e das pessoas com relação à prevenção de acidentes. Essa é uma área que exigirá, cada vez mais, a capacitação dos motoristas, que passaram a ser operadores de algumas delas. Hoje já temos tecnologia que prevê frenagem, que antecipa a vinda do veículo no sentido contrário, há também a tecnológica de movimentação de carga, de robotização, de controle de operação e de controle de pessoal. O que se pode esperar é que, aos poucos, essas tecnologias ficarão mais acessíveis pela massificação do uso. No futuro não existirá transportador que não use algum tipo de tecnologia. 


 

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