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Caminhões 7 de setembro de 2015

Tecnologia é aposta contra crise dos caminhões

Terceira maior revendedora de caminhões no país, a Volvo aposta na tecnologia para frear a queda nas vendas, num mercado que encolheu 43%, em 2015, no acumulado até agosto na comparação com o mesmo período do ano passado.

“É algo que pode fazer uma grande diferença para o cliente, em termos de economia e de eficiência”, afirma o diretor mundial de serviços conectados da Volvo Caminhões, o sueco Michael Gudmunds.

O executivo esteve no Brasil no mês passado para um seminário sobre conectividade. Destacou o uso da tecnologia já existente nos caminhões e visitou clientes para falar sobre suas vantagens.

Com fábrica no Paraná, a Volvo viu suas vendas caírem 55% neste ano em relação ao ano passado. Três meses atrás, fechou o segundo turno, pouco depois de encerrar o terceiro, que havia sido implantado em 2011.

Executivos admitem que estão em “compasso de espera”, mas veem na tecnologia um trunfo: se os clientes não pretendem expandir a frota por um tempo, podem renová-la, aproveitando os benefícios dos novos caminhões.

Hoje, os veículos da Volvo saem de fábrica com sistema que memoriza informações sobre a topografia da estrada, para gerenciar as trocas de marcha de forma eficiente. A tecnologia promete economia de até 3% no combustível.

Um outro equipamento gera relatórios sobre a performance de cada motorista, incluindo dados sobre consumo de diesel, e permite checar sua localização.

O veículo também pode ser conectado a aplicativos de celulares, que fornecem informações sobre os insumos em tempo real.

FUTURO

Há outras tecnologias “no forno”: na Europa, os caminhões já trocam informações entre si. Se um motorista faz uma rota pela primeira vez, por exemplo, pode se alimentar dos dados de outro caminhão a fim de planejar o melhor itinerário. Na estrada, também pode saber de bloqueios ou acidentes adiante.

A pretensão, porém, é ainda maior: Gudmunds diz que o caminhão vai se conectar a armazéns, portos, ferrovias e fábricas, criando uma rede de informações logísticas.

A previsão, segundo ele, é que isso se torne realidade no país a partir de 2020. “O Brasil tem uma boa estrutura de negócios, grandes consumidores, grandes indústrias. E essas tecnologias são implantadas em escala global”, diz.

Para ele, até 2030 diversos modais estarão conectados e compartilhando informação num ambiente colaborativo –o que pode ajudar tanto as empresas quanto o setor público a identificar lacunas logísticas e melhorarem sua produtividade.

Projeto ainda mais ambicioso é o do caminhão autônomo. Parceria entre pesquisadores da USP de São Carlos e a Scania testa no interior de São Paulo um veículo que anda sem intervenção humana.

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