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Conteúdo 10 de maio de 2002

Logística, transporte e unitização como veículo de competitividade

Aárea de transportes internacionais, logística e unitização tem se tornado cada vez mais importante no atual contexto mundial de globalização. Isto deve-se à competitividade que as empresas têm sido obrigadas a apresentar para participarem do jogo internacional de comércio exterior, jogo este cada vez mais disputado e visto como uma atividade de suma importância, tanto para empresas como para países.

É de conhecimento público que
os tempos mudaram na economia e que, hoje, as empresas já
não têm mais a oportunidade de obter ganhos consideráveis
na produção e comercialização, pois
a concorrência é cada vez maior e os preços
são internacionais. Pode-se obter os mesmos produtos com
a mesma qualidade e preço em qualquer parte do mundo.

Neste sentido, já não existe
mais a antiga e conhecida equação “Custo + Lucro
= Preço”, isto é, o vendedor não decide
mais qual o preço de venda do seu produto ou serviço
a ser colocado à disposição do consumidor,
a não ser em, talvez, raras oportunidades. Hoje, eles são
colocados no mercado e este, soberanamente, decide quanto vai pagar
na sua aquisição, ou seja, a nova equação
econômica predominante no mundo único e sem fronteiras
em que vivemos é “Preço – Lucro = Custo.

O que isto significa e qual a atitude dos
provedores de bens e serviços ao mercado? Significa, simplesmente,
que agora só resta às empresas, cada vez maiores e
mais globalizadas, adaptarem seus custos de produção
e distribuição aos preços recebidos, mantendo
uma margem de sobrevivência que lhes permita dar um retorno
adequado a seus acionistas, bem como continuarem investindo para
permanecerem competitivas e no negócio.

Isto explica parte da corrida em que as empresas
estão engajadas por eficiência e redução
de custo, o que tem sido alcançado através de mais
tecnologia e racionalização do trabalho e menos mão-de-obra,
o que vem causando boa parte do desemprego recorde que tem sido
verificado no mundo, Brasil no meio.
É neste contexto que, hoje, o conjunto transporte, logística
e unitização da carga tem sido encarado como uma das
mais importantes atividades do comércio exterior. Diante
disto, temos visto diversas empresas brasileiras tendo criado ou
criando uma diretoria ou unidade independente de logística,
conceito que vem se alastrando rapidamente nos últimos anos.
Já foi entendido que é neste conjunto que se pode
obter os maiores ganhos através da redução
de custos, mormente em nosso país onde, sabidamente, este
item sempre engrossou as fileiras do famigerado “Custo Brasil”.

Com a privatização de operações
portuárias (pena não ter havido uma privatização
portuária de fato, com vendas de ativos), onde o trabalho
passou a ser realizado pela iniciativa privada, a logística
ganhou uma importância sem paralelo na história de
nosso comércio exterior, passando de coadjuvante a ator principal.

Aliado a isto, os modais de transporte interno
têm se transformado numa boa opção de racionalização
e redução de custo de transferência de carga.
Isto tem sido demonstrado com a privatização das ferrovias,
que embora ainda não tenham cumprido o papel que lhes está
reservado, já começam a aparecer, bem como os investimentos
realizados na hidrovia. Estes dois modais devem, com o tempo, revolucionar
e provocar mudanças na matriz de transporte, principalmente
de produtos de baixo valor agregado, como agrícolas, fertilizantes,
minérios, etc., já que eles apresentam os mais baixos
custos de transporte entre todos os modais. A hidrovia já
tem, inclusive, rota de integração do sul da nossa
América, através da hidrovia do Mercosul, feita pelos
rios Tietê, Paraná e Paraguai.

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