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Embalagem 18 de maio de 2018

Paletes de madeira: Após retração provocada pela crise econômica, segmento está se recuperando

Mesmo com a realização da Copa do Mundo e das eleições, os representantes das empresas deste segmento estão otimistas. Afinal, dizem, com o crescimento do PIB brasileiro, puxado pela indústria, o segmento deverá ter uma expansão.

O palete de madeira é o insumo necessário para operações de logística de qualquer grande indústria, quer seja das áreas petroquímica, supermercadista, bens duráveis, materiais de construção, farmacêutica, etc.
Como está associado à atividade industrial, o mercado de palete de madeira sofreu uma retração expressiva com a queda da atividade industrial brasileira nestes últimos dois anos. Contudo, nos últimos seis meses, há indicação de melhora do nível industrial e, por consequência, a venda de paletes reage positivamente.
Bruno N. Baranek, diretor da Fornecedora e Exportadora de Madeiras Forex (Fone: 21 3675.2700), continua sua análise do segmento de paletes de madeira dizendo que estes são produzidos com madeiras reflorestadas de pinus ou eucalipto. Como o Brasil possui vastas florestas dessas madeiras, e considerando sua condição climática, há um crescimento de volume florestal sem precedentes em nenhum outro lugar do mundo. Isso se traduz numa força competitiva para a madeira reflorestada, quando comparado com outros materiais, como plástico e metal.
“Como os paletes de madeira são ‘one way’, ou seja, descartáveis, há uma enorme vantagem em relação ao plástico e metal, pois esses últimos, além de serem materiais caros, obrigatoriamente devem ser considerados os custos de logística reversa para o seu retorno ao ciclo da indústria. Inclusive o Brasil se transformou num grande exportador de componentes de palete de madeira, graças a um realinhamento cambial e à expansão do mercado global. A exportação tem representado a sobrevivência de muitas indústrias produtoras de componentes de madeira para paletes”, comenta Baranek.
Ele também lembra que, no Brasil, o segmento enfrenta as dificuldades que afligem também outros tantos setores: elevada carga tributária, custos de fretes excessivos em decorrência de estradas mal conservadas e do combustível caro e elevada burocracia para obtenção de licenças, para destacar as principais.
Jose Ricardo Braulio, diretor da Jose Braulio Paletes (Fone: 11 3229.4246), também diz que o mercado está mais consumidor, puxado pela melhora em geral da economia: a economia girando, o palete vai junto. “Acredito que no ano de 2018 o segmento deva crescer de 3% a 5 % em comparação a 2017. Porém, os problemas continuam os mesmos: dificuldade logística, falta de veículos para entregas em algumas rotas, o que acaba encarecendo o produto final, e certa instabilidade dos clientes quanto a programações fixas: eles estão colocando as programações com cautela, monitorando seu setor bem de perto”, explica o diretor da Jose Braulio Paletes.
Em sua análise do segmento de paletes de madeira hoje, Antonio Valdir Zelenski, gestor comercial da Zpisa Paletes (Fone: 11 4395.0407), diz que houve uma queda no consumo nos últimos meses. “Porém, nas últimas semanas começou uma reação e temos percebido um aumento no volume de cotações. Mas devemos levar em consideração que nos encontramos no período em que as empresas consumidoras de paletes lançam seus bids anuais”, diz Zelenski.

Perspectivas
Com relação às perspectivas neste segmento, Baranek, da Forex, diz que elas são positivas, pois com o crescimento do PIB brasileiro, puxado pela indústria, o segmento deverá ter uma expansão. Evidentemente, diz o diretor, partindo-se da premissa que o próximo presidente da republica manterá a responsabilidade fiscal e terá uma agenda positiva de reformas que o país tanto necessita. “As perspectivas são de um crescimento constante, mês a mês, apesar da Copa do Mundo e das eleições”, completa Jose Ricardo, da Jose Braulio Paletes.
Também otimista, Zelenski, da Zpisa Paletes, diz que “o CPP – Comitê Permanente de Paletização da ABRAS – Associação Brasileira de Supermercados, está novamente sob a gestão de José Geraldo Vantine, o criador do PBR, e já há novidades: o lançamento de um novo palete PBR, adequando-se ao mercado, com um volume menor de madeiras e, consequentemente, com um menor preço, porém, agora com uma gestão profissionalizada” – veja mais sobre o novo PBR no Box desta matéria.

Tendências
“À medida que ocorre um aumento da automação da indústria como um todo e de sua logística, o palete de madeira é um elemento fundamental para o transporte de carga, pois sobre ele se unitiza cargas e se faz a movimentação com empilhadeiras, tanto internamente na área industrial e de armazenamento, como no carregamento e descarregamento de caminhões.” A análise é de Baranek, Forex, falando sobre as tendências em termos de novas aplicações.
Por sua vez, Jose Ricardo, da Jose Braulio Paletes, aponta que onde estão atuando com muito sucesso, e em termos de novas aplicações, é o mercado de materiais de construção e acabamentos.

Concorrência
Os participantes desta matéria especial também falam dos concorrentes do palete de madeira. Por exemplo, o diretor da Forex diz que os paletes de plástico e metal são a alternativa para os de madeira, porém requerem um investimento inicial, o que muitas indústrias não têm interesse em fazer, mesmo porque elas devem considerar o retorno para a origem – lembrando que o plástico e metal não são descartáveis.
Zelenski, da Zpisa Paletes, também aponta como correntes os paletes de plásticos, alumínio e aço inox. “Mais ainda não podemos afirmar que são concorrentes e, sim, dedicados a operações definidas, como uso em linhas de produção, onde não é recomendado o uso do palete de madeira. Em nível de custos, a madeira ainda é a matéria prima mais econômica e, como exemplo, podemos citar o palete PBR que, com os devidos cuidados operacionais e manutenções, tem uma vida útil em média de cinco anos, com um custo muito inferior ao de outras matérias primas”, comenta o gestor comercial da Zpisa Paletes.
E o diretor da Jose Braulio Paletes fecha esta matéria especial com a seguinte afirmação: “Não vejo concorrentes com o paletes de madeira, material sustentável e de preço superacessível”.

O novo PBR
De volta, como presidente, ao CPP – Comitê Permanente de Paletização, vinculado a Abras – Associação Brasileira de Supermercados (Fone: 11 3838.4500), José Geraldo Vantine, o criador do PBR no próprio ambiente da Associação, explica o porquê de um novo palete neste padrão.
“Em 2017, a diretoria da Abras me chamou de volta porque o mercado estava invadido por paletes falsos fabricados por empresas não credenciadas. Resolvi reassumir e verifiquei que além das vantagens operacionais, hoje o palete tem um forte componente de segurança do consumidor, uma vez que nos atacarejos são usados nas áreas de vendas. Portanto, incompatível com a má qualidade dos paletes em uso, e pesquisando, conclui que as grandes multinacionais (indústrias e supermercados) estavam cometendo um crime de recepção (por compra e uso de produto falsificado e/ou roubado) e um crime por estar atentando contra a segurança das pessoas. Foi aí que resolvi reestudar o projeto estrutural, mantendo a mesma configuração geométrica (quatro entradas, face dupla, não reversível e resistência à ruptura de 1.200 kg na posição longitudinal de armazenagem) – hoje, com os projetos de estrutura portapaletes totalmente padronizados, ao contrário de 1990, ano em que o primeiro PBR foi lançado, quando se usava, também, o palete na posição transversal, exigindo maior resistência à flexão.”
Vantine continua: “Vi, também, que o mercado comprava paletes falsos e/ou roubados devido ao preço do PBR certificado (R$ 20,00, contra R$ 38,00 em média). Então convidei o IPT – Instituto de Pesquisas Tecnológicas e três fabricantes experientes em madeira e elaborei um desafio: Refazer o projeto original (que, por ser o autor, tinha autoridade), com um PBR – New Generation. Pesquisei a possibilidade de uso de composite com a área de pesquisa do Centro Tecnológico de São José dos Campos, SP, que atua em parceria com a Embraer, mas o custo não compensou. Então mantive só madeira. Feito o primeiro projeto, fabricamos os protótipos e fizemos os ensaios no IPT. Com os resultados, foram feitos os ajustes, novo desenho, novos protótipos e novos ensaios, tendo sido o mesmo aprovado (ver relatório do IPT no portal da Abras).”
São as seguintes as características no novo palete PBR: Resistência para carga normal – 1.200 kg; Peso – em média, 30 kg (varia um pouco devido à umidade); Pregos – 78 unidades, contra 130 do original; Cubagem – 25,83/m³ de madeira por palete, contra 18 do original; Preço estimado de mercado – R$ 26,00 a R$ 30,00/unidade, dependendo da quantidade; O PBR-NG convive regularmente com o original nas operações logísticas (movimentação, armazenagem e transportes).

Saiba mais sobre o palete PBR através do link: www.abrasnet.com.br/palete-pbr/

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