Facebook Twitter Linkedin Instagram Youtube telegram
Capa 21 de março de 2018

Peças para empilhadeiras: Reação do setor começou em 2017 e deve prosseguir em 2018

E apesar de ser um ano repleto de obstáculos no calendário, como a Copa do Mundo e as eleições, os representantes do setor acreditam que o mercado de peças continuará em curva ascendente, consolidando ainda mais a sua recuperação em 2018.

É sabido que 2017 foi um ano conturbado, começando com retrações – acompanhando as tendências dos anos anteriores – e se recuperando aos poucos ao longo do período. “O ano começou muito complicado, devido ao ano de 2016 ter sido muito difícil para o mercado de forma geral, porém no segundo semestre o mercado deu uma reagida e nos surpreendeu de forma positiva”, comprova Bruno Leonardo Rocha Fernandes, gerente comercial da Coparts Comercial de Peças e Serviços (Fone: 11 2633.4000).

De fato, conforme comenta Alexsander Luis Furlan, gerente de Pós-Vendas da Clark Material Handling Brasil (Fone: 19 3856.9090), uma hora ou outra, o mercado de peças para empilhadeiras sentiria a terrível queda de vendas ocorrida no mercado de equipamentos nos últimos quatro anos. E isso ocorreu com grande intensidade no ano de 2016. “Impulsionada pela redução de equipamentos novos no mercado que reduziam o volume de peças comercializadas para a realização de preventivas, pela ociosidade dos equipamentos do campo que reduziram simbolicamente a quantidade de quebras e por consequência o consumo de peças, o ano de 2016 foi o período no qual nos preparamos para enfrentar 2017 com novas ideias para transformar a dificuldade em oportunidade.

E isso ocorreu, e podemos afirmar que o ano de 2017 marcou um momento de recuperação inicial e que exigiu muito trabalho para atingirmos o bom resultado planejado para o ano”, diz Furlan.

Assim, de forma resumida, pode ser avaliado o ano 2017 para o segmento de peças para empilhadeiras – afinal, as vendas destes veículos industriais também passaram por um período recessivo.

Também de acordo com Eduardo Makimoto, diretor da AESA Empilhadeiras (Fone: 11 3488.1466), no geral, 2017 foi um ano positivo: “tivemos um incremento de 20% nas vendas em relação ao ano anterior. Acreditamos que o aumento nas vendas se deu pela idade avançada da frota de empilhadeiras no país. A venda de peças está intimamente ligada à queda de venda de máquinas novas. Os clientes estão optando por dar sobrevida aos equipamentos, ao invés de renovar a frota. Além disso, quem trabalha com máquinas mais novas está dando mais atenção às preventivas, para mantê-las operando por mais tempo”, explica Makimoto. Sergio Martins, gerente comercial da Tecnomac Brazhyu Equipamentos (Fone: 12 3909.4400), também opina: ele diz que identificaram uma melhora nos resultados a partir de outubro de 2016, fechando o ano de 2017 com um aumento em torno de 22%.

Jean Robson Baptista, da Empicamp Empilhadeiras (Fone: 19 3756.2100), também aponta crescimento de 20% nas vendas de peças em 2017, comparado a 2016. Principalmente de peças originais Linde, fazendo a empresa, inclusive, contratar outro profissional para o setor.

O ano de 2017 também apresentou crescimento nas vendas de peças genuínas Linde STILL quando comparado a 2016 em cerca de 10% nas regiões que a Tractorbel Equipamentos (Fone: 31 3474.1000) atua – Minas Gerais e Espírito Santo. “Acreditamos que esse crescimento se deve à retomada de alguns segmentos e, também, à maior percepção de valor do cliente em trabalhar com o Serviço Autorizado da marca. Um segmento que percebemos estar sempre em crescimento é o alimentício, seja o atacado ou o varejo”, completa Ronaldo Moretto Marrano, diretor de Pós-Vendas da empresa.

Jackson Pires, gerente comercial de Pós-Vendas da Hyster-Yale Group (Fone: 11 4134.4700), ressalta que para a empresa, os setores de peças e serviços são interligados pelo departamento de pós-venda. “Já tem alguns anos que a Hyster-Yale vem adotando uma postura diferenciada no mercado, com foco no tripé Pessoas/Processos e Ferramentas, onde o principal não é apenas fornecer peças e serviços, mas sim gerenciar as frotas dos clientes, descobrindo as suas necessidades. Por conta disso, este é um segmento que vem apresentando um desempenho fora da média, crescemos 20% em 2017 com nossas operações de pós-vendas, tanto em fornecimento de peças, quanto de serviços.”

Rodrigo Bastos Cavalcante, diretor comercial da Brasif Máquinas (Fone: 31 2129.3768), também fala em crescimento do setor em 2017. De acordo com ele, os impactos da recessão econômica dos últimos três anos no setor industrial e logístico foram menores que no da construção: o setor de peças cresceu 3% em 2017 sobre 2016, que já havia crescido 17% sobre 2015. “Pode-se considerar um desempenho satisfatório, visto que o parque potencial de empilhadeiras sofreu uma redução de vendas em 2015 e 2016, mas deu indícios fortes de retomada a partir de 2017, que tem se confirmado em 2018.”

Cristiano Leodoro Ferreira, gerente de Pós-Venda da Marcamp Equipamentos (Fone: 19 3772.3333), também destaca que, em virtude da queda do volume de máquinas novas, sentiram um leve crescimento nas vendas de peças de reposição para empilhadeiras, cerca de 1,2% comparado ao ano de 2016. De acordo com Ferreira, o volume só não foi melhor devido ao aumento de empresas que vendem peças paralelas, fato esse que atrapalha o mercado dos Serviços Autorizados que trabalham apenas com peças genuínas.

André Perandin Moreira, gerente de Pós-Vendas da BYD do Brasil (Fone: 0800 942.8088), como fabricante de equipamentos, também opina sobre a questão do crescimento do setor: O mercado de empilhadeiras, seguindo as tendências de reaquecimento da economia, também se reacendeu. “Nós, da BYD, tivemos um incremento significativo de nossa frota em 2017, e isso fez crescer muito a demanda por peças, principalmente as ligadas a revisões preventivas.”

Kleber Li, diretor comercial da Somak Equipamentos (Fone: 13 3222.3689), também tem uma explicação para o aquecimento do setor de peças em 2017. Segundo ele, o ano passado refletiu explicitamente a recessão econômica no setor de máquinas de movimentação de carga. As indústrias, querendo diminuir custos, empurravam seus fornecedores para menores preços, abriam-se portas para a concorrência e, assim, quem tinha máquina depreciada no pátio teve que correr para arrumar estas máquinas e recoloca-las no mercado. Assim aqueceu demais o mercado de manutenção e venda de peças para empilhadeiras.

Gustavo Yamada Ito, gerente comercial da Nova Fase Máquinas (Fone: 41 3344.4988), por sua vez, descreve que o setor de peças para empilhadeiras teve uma alta variação durante o ano. “Para conseguirmos mensurar essa variação, basta ver que em junho nosso faturamento foi cerca de 40% abaixo do nosso melhor mês, que foi outubro. Contudo, em 2017 tivemos um crescimento de 18% comparado a 2016, chegando a superar nossos números de 2013 – cerca de 7% acima.”

“O desempenho do mercado de peças foi satisfatório, com um início de ano bem tímido, mas que avançou no decorrer dos meses e com uma boa melhora no segundo semestre”, contesta Ruan Ladwig Soares, do Departamento de Pós-Vendas da Empitec Comercial Eirelli (Fone: 47 3368.7075).

No caminho contrário deste crescimento estão Meire Herrera, diretora administrativa/comercial, e Marcos Herrera, diretor técnico da Empilhadril Locação e Manutenção de Empilhadeiras (Fone: 11 4178.5254). De acordo com eles, o mercado andou meio parado, pois em anos anteriores, com grande número de vendas de equipamentos novos, agora é a hora das manutenções e consertos desses equipamentos, aquecendo esse mercado. Hyana Yomura, do setor de Marketing da Fimatec Equipamentos (Fone: 21 3284.7000), também alega que tiveram um ano difícil em venda de peças, e acreditam que tenha sido um fator comum no mercado – opinião contrária da maioria dos seus parceiros.

Também para Ruy Piazza Filho, diretor da Vinnig Componentes Eletrônicos (Fone: 213979.0283), o desempenho do setor de componentes e peças para empilhadeiras e paleteiras em 2017 foi ruim, acompanhando a performance do País. Mesmo assim, como no início das crises os clientes primeiramente restringem suas compras de equipamentos novos e recuperam os usados até a economia melhorar, o desempenho não foi tão ruim para o setor como foi para o Brasil.

“O setor de venda de peças permaneceu retraído, sem alterações significativas nos últimos dois anos”, finaliza Jorge Luis Ferrarim da Zapi do Brasil (Fone: 11 4475.7334).

E 2018?
Se 2017 foi um ano de retomada, quais as projeções para 2018? Quais fatores devem contribuir para estas projeções?

Makimoto, da AESA, aposta que 2018 não será diferente de 2017. “Estamos prevendo um aumento no faturamento com venda de peças, principalmente pelo envelhecimento da frota do país. Prevemos um crescimento na ordem de 20% com relação ao ano anterior. Apesar de haver um incremento na venda de máquinas novas, a frota do Brasil não será 100% renovada no período de um ano, ficando ainda muitos equipamentos antigos, que demandam mais peças, em operação. Ou seja, o contínuo envelhecimento da frota de empilhadeiras é o fator que mais contribui para a venda de peças.”

Ponto de vista semelhante tem Cavalcante, da Brasif. Para ele, o primeiro trimestre deu indícios concretos de que o crescimento de vendas de novas empilhadeiras vai dar sustentação ao crescimento e à consolidação da tendência de peças de reposição. Ele espera um crescimento de 18% sobre 2017. “De fato, o setor deve seguir a linha de crescimento do segundo semestre de 2017, pelo menos isso que mostraram os dois primeiros meses de 2018. O crescimento, ou estabilização, da economia brasileira gera um pouco mais de confiança nos empresários, levando à retomada”, completa Fernandes, da Coparts.

Já o crescimento previsto em 2018, para Ito, da Nova Fase, é de 10%, chegando aos patamares de 2015. Os principais fatores que estão levando em consideração para atingir este resultado são o crescimento atual do mercado, influenciado principalmente pela redução da Selic, o aumento na idade média dos equipamentos e o mercado de revisões de equipamentos novos, que teve crescimento de 30%, comparado ao ano de 2016, em equipamentos a combustão. “Com a base atual de equipamentos Linde STILL instalados nas regiões que atuamos, também temos projeção de crescimento de mais 10% para 2018”, completa Marrano, da Tractorbel.

Para Meire e Herrera, da Empilhadril, a projeção é forte, já que com o aquecimento do mercado interno, haverá grandes movimentações, e isso gera grandes serviços na área de manutenção, em especial a troca de peças das empilhadeiras. O aquecimento interno na venda de veículos impulsionará, em efeito cascata positivo, todas as empresas metalúrgicas que são empurradas pelo setor automobilístico. “A retomada da economia, que começou meio que timidamente, já impulsiona novos negócios, e negócios mais consistentes. Outro fator que deve contribuir para o crescimento das vendas de peças é a estabilidade do dólar”, conta Pires, da Hyster-Yale Group.

Yomura, da Fimatec, também está com expectativa de aumento na venda de peças em função da esperada recuperação da economia. A empresa também vai investir em promoções e foco e capacitação de sua equipe de vendas interna e externa.

Para o gerente de Pós-Venda da Marcamp, as projeções para 2018 são de crescimento moderado – “imaginamos que o mercado vai voltar a crescer e consequentemente aumentar o volume de venda de peças de reposição.” Para Ferreira, recentemente foi divulgado o PIB do ano de 2017, que mostrou que voltamos a crescer, mesmo que timidamente. “Sendo assim, estamos otimistas com o mercado, mesmo em meio a cenários como eleições e Copa do Mundo.”

Furlan, da Clark, também inclui a realização da Copa do Mundo em suas “previsões” para 2018. De acordo com ele, apesar de ser um ano repleto de obstáculos no calendário, como a Copa do Mundo e as eleições, ele acredita que o mercado de peças continuará em curva ascendente, consolidando ainda mais a sua recuperação. Externamente, a desvinculação dos escândalos políticos da economia reduz os riscos de impactos negativos no setor industrial, ou seja, melhor para todos os setores. “Internamente, entramos em uma rotina de reinvenção, de criação de ideias, de caça às oportunidades. É necessário alimentar essa cultura interna e utilizar de exemplo o ano de 2017. Seguiremos a mesma estratégia, porém com ações bem diferentes”, completa o gerente de Pós-Vendas da Clark.

Kleber, da Somak, também aposta que em 2018 seguiremos no mesmo sentido de crescimento de 2017, mas não com a mesma força, pois o mercado está voltando com passos apertados, mas existe uma reação. Porém, a venda de peças e o pós-venda continuam muito fortes, até compensar comprar uma máquina nova, ao invés de reformar as velhas. Para o diretor comercial, a reação do mercado, junto com a redução de custos dentro das empresas e, inclusive, dos locadores de equipamentos deve impulsionar o crescimento do setor de peças para empilhadeiras em 2018. Atualmente, com as indústrias dando um pouco mais de atenção aos custos, o reaproveitamento de frota está em alta nos locadores de equipamentos.

Piazza Filho, da Vinnig, também tem projeções de crescimento bem melhores que em 2017, pois o mercado está passo a passo se recuperando. “Temos que lembrar que o Brasil já foi a sétima maior economia do mundo e que a recuperação é uma questão de tempo e que ela será gradual, mas existirá”, completa.

Ferrarim, da Zapi, lembra que o ano de 2018 começou bem, e tiveram um janeiro com um aumento considerável nas vendas e retomada de projetos interrompidos desde 2016. Infelizmente – continua –, o mês de fevereiro, com alguns dias úteis, diminuiu novamente a demanda, enquanto em março houve um aumento nas vendas. “Esperamos que essa taxa de crescimento continue nos próximos meses do ano, já que, em ano de eleições presidenciais, o governo tem que injetar dinheiro na economia, forçando os bancos a diminuírem os juros sobre os empréstimos de capital. Desta forma, a indústria pode recuperar seu poder de compra de divisas, com um baixo custo poderá ter o lucro necessário para compensar as perdas de anos anteriores, investindo em novas tecnologias e gerando trabalho”, acredita Ferrarim.

Mais pessimista, Yoem, da Zuba, diz: “Devemos manter cautela e nos prepararmos para mais um ano de baixo crescimento, mas nunca deixar faltar os principais itens, isso nos ajudará a atender a demanda de nossos distribuidores e clientes finais. Como fatores que devem contribuir para estas projeções podemos apontar Copa do Mundo, eleições, cenário externo, etc., mas o fato é que o país está começando a sair de uma crise que afetou todos os setores, assim devemos dar um passo de cada vez para não perder o rumo.”

Futuro do segmento
Os participantes desta matéria especial também procuram apontar, de uma maneira geral, como será o futuro do segmento de peças para empilhadeiras.

O diretor da AESA destaca a presença, cada vez maior, de peças genuínas. “A Clark esta criando um movimento em prol do uso de peças genuínas, tornando os preços mais competitivos e, em muitos casos, melhores do que os preços de peças paralelas. O mercado aceita muito bem este tipo de ação e vemos que é uma tendência entre fabricantes. As peças genuínas ou OEM são em geral de melhor qualidade e proporcionam maior vida útil e melhor desempenho ao equipamento que irá recebê-las. No passado, a diferença de preço costumava ser grande a ponto de não valer a pena comprar uma peça original, mas hoje a diferença é pequena, não justificando a aplicação de um componente não homologado pelo fabricante”, destaca Makimoto.

Ferreira, da Marcamp, vê a mesma questão por outro ângulo. Ele acredita que o setor de venda de peças para empilhadeiras (genuínas) tende a passar por grandes barreiras, e uma delas é a questão do crescimento do mercado de peças paralelas, devido ao fado de os clientes terem de abaixar o seus custos e acabarem partindo para a compra de peças paralelas – “mesmo elas não tendo a mesma qualidade e custo benefício das peças genuínas”.

Por sua vez, Fernandes, da Coparts, fala que com a entrada dos produtos chineses há alguns anos, as peças paralelas são vistas com certo preconceito pelos compradores, pois tudo o que se fala que é importado da China não é de boa qualidade, portanto os compradores estão focando mais em peças originais. “Ser um distribuidor parece o caminho certo”, acredita o gerente comercial.

Ainda se referindo aos produtos chineses, Meire e Herrera, da Empilhadril, acreditam que o segmento para peças de empilhadeiras precisa visar à nacionalização das peças das máquinas chinesas, que estão em grande alta no mercado nacional, aquecendo e crescendo o mercado nacional de peças. Eles dizem que é necessário ter mais empresas nessa área.

Marrano, da Tractorbel, enfatiza que a intensificação de Programas Preventivos/Preditivos deve tornar transparente e conhecido ao seu cliente os momentos exatos de aplicação dos materiais. “Dessa forma, materiais não genuínos e de qualidade duvidosa existentes no mercado ficam cada vez mais restritos”, diz o diretor de Pós-Vendas da empresa. Ele também aponta que essa nova era que vivemos com a realidade da Iot (internet das coisas) está contribuindo para antecipar as necessidades dos equipamentos em campo.

“É difícil apontar um futuro, pois o nosso país esta saindo de uma crise, porém, diferente de alguns mercados, como, por exemplo, a China, onde os equipamentos são descartáveis, o Brasil tem uma população de equipamentos com idade média muito alta. Por exemplo, temos equipamentos de 1980 ainda em operação. Com a economia retomando é esperado que as empresas voltem a investir em renovação dos equipamentos, reduzindo, assim, o consumo de peças. Por outro lado, vemos as pequenas empresas crescendo e substituindo a mão de obra por equipamentos, porém com a aprovação da reforma trabalhista, acreditamos que a mão de obra ‘pós-crise’ estará com uma oferta muito grande e salários baixos”, comenta Ito, da Nova Fase.

E Jean, da Empicamp, acrescenta que estão dando início à importação de produtos de segurança e sinalização para equipamentos de movimentação, acreditando que é um segmento a crescer. “Além de continuarmos acreditando em trabalhar com peças originais em nosso portfólio, comprovadas de melhor qualidade e, consequentemente, durabilidade, fatores que os clientes têm buscado em reposição.”

Por outro caminho segue a avaliação de Cavalcante, da Brasif, com relação ao futuro do segmento de peças para empilhadeiras. De acordo com ele, o comércio, de uma maneira geral, será engolido pela era digital, é inevitável pensar que comprar uma peça poderá ser feito via internet com poucos cliques. A barreira técnica e consultiva é um dos diferenciais de atendimento e segurança que ainda sustentam os atuais canais de distribuição. O segmento industrial, em especial, está muito mais preparado e avançado para aderir a essa nova tendência.

Já Pires, da Hyster-Yale Group, diz que o futuro, tanto de peças, quanto de serviços no segmento de empilhadeiras, está muito focado em soluções que gerenciem as frotas, como soluções de telemetria, por exemplo, que apontem o desgaste da peça e até mesmo soluções de e-commerce. E a ideia aqui é sempre surpreender o cliente, antecipando tendências e soluções.

Kleber, da Somak, acredita que sempre irá existir o mercado de peças, o que precisa é que as empresas se especializem mais e contem com profissionais que vistam a camisa da empresa para investir neste mercado. Sempre haverá máquinas precisando de manutenção em um mercado com potencial para mais de 20.000 unidades ano. Como foi em 2011/2012.

Finalizando, Furlan, da Clark, diz que o setor de peças de reposição tem como potencial de alcance de mercado a quantidade de máquinas em operação. Quanto mais máquinas trabalhando, maior será o potencial de venda de peças. Porém, existe mais um fator a ser analisado: quais máquinas estão em operação? Combustão ou elétrica? “Nota-se no Brasil um movimento que já foi visto nos países desenvolvidos há algum tempo: maior proporção de vendas de máquinas elétricas do que de máquinas a combustão. Nos últimos três anos isso ficou evidente, sendo que desde 2016 a proporção ultrapassa 60%. O setor de peças deverá estar preparado para este novo cenário. Um cenário de menor volume comercializado e, por enquanto, de maior valor agregado. Com o passar do tempo, as estruturas se adequarão a essa nova realidade e, tendo em vista as novas tecnologias, só sobreviverá quem estiver devidamente preparado”, completa o gerente de Pós-Vendas da Clark.

Enersys
Volvo
Savoy
Retrak
postal