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Capa 21 de novembro de 2017

Rastreamento e monitoramento: Uso de tecnologias e sistemas garante segurança do veículo e da carga

A importância destes recursos no transporte de cargas é indiscutível, não só no sentido de evitar prejuízos, mas também para atingir mais qualidade nos serviços prestados e zelar pela segurança dos motoristas da frota.

Gerenciar riscos no transporte de cargas implica na adoção de um conjunto de ferramentas para compor medidas preventivas que visam minimizar os riscos existentes nessa atividade. O objetivo desta ação é garantir que o produto esteja no local desejado, dentro do prazo previsto e nas melhores condições sempre. “Quando essas medidas dão resultado, ganham os clientes e a transportadora, o primeiro em satisfação, e o outro com uma operação que atinge melhores resultados”, expõe Fernando Alex, executivo de Contas da Benner (Fone: 11 2109.8500).
Ele também explica que os sistemas de rastreamento buscam a localização dos veículos por direcionamento, triangulação de antenas, por meio de GPS ou pela rede celular, e fazem a comunicação dessas informações geo-referenciadas para uma central de monitoramento logístico, que gerencia toda a frota de veículos da transportadora. Nessa central, a solução tecnológica controla as posições dos caminhões, faz a programação dos sensores, comando e mensagens a serem trocadas entre o veículo e a central de monitoramento. Dessa forma, a empresa tem sempre conhecimento do que acontece com sua frota: tempo e local de parada, rota percorrida, velocidade, horários de início e término dos percursos, entre outros. “O controle da informação e monitoramento em tempo real, com interação do motorista ou não, além da otimização da gestão, representa vantagem competitiva para empresas transportadoras de carga rodoviária ao evitar problemas como alto número de roubos de veículos e carga; motoristas que fazem paradas ou que passam em locais de maior risco; alteração de rota sem autorização da empresa; perda de controle dos prazos de entrega; e maior dificuldade na contratação de apólices de seguros”, diz o executivo de Contas da Benner.
Neste sentido, ele lembra que a importância do uso da tecnologia e sistemas de rastreamento no transporte de cargas é indiscutível, não só no sentido de evitar prejuízos, mas também de atingir mais qualidade nos serviços prestados e zelar pela segurança dos motoristas da frota.
Mauricio Fabri de Oliveira, sócio-fundador da RunTec Informática (Fone: 11 4521.1986), também explica o que significa estas duas palavras que, hoje, garantem a segurança das empresas.
De acordo com ele, podemos entender “rastreamento” como a tecnologia que gera dados de geoposicionamento do veículo, e “monitoramento” como a ferramenta que auxilia no acompanhamento e na medição da execução das entregas.
Portanto, se o objetivo for obter o local exato do veículo – geralmente para fins de segurança –, o rastreamento é indicado. Porém, se o objetivo é acompanhar, medir e controlar as entregas, então é necessário ter uma ferramenta de “monitoramento”, que consolida as informações geradas por diferentes sistemas ou dispositivos – até mesmo rastreadores –, e apresenta os painéis, “dashboards”, indicadores e demais ferramentas para controle da operação.
Oliveira é complementado por Cristiano Tito, diretor de vendas da Globalstar do Brasil (Fone: 21 98276.3044), o qual afirma que o monitoramento de veículos traz como principais vantagens a gestão da frota de maneira remota, uma atuação proativa frente a rotinas e falhas que podem ser identificadas na operação fim que o satelital está inserido, a segurança do patrimônio envolvido, a economia de custos mediante uma dirigibilidade correta frente ao veículo em questão, somado a muitas outras informações que o rastreio apresenta à empresa demandante da solução. “De fato, temos eficiência na operação, redução de custo operacional, gestão logística e gerenciamento de risco. As empresas buscam cada vez mais agilidade na operação, oportunidades de reduzir custos e segurança do bem”, completa Ana Claudia Blanco Cardoso, gerente de Vendas Corporativas da Pósitron Rastreamento (Fone: 4020.3340).
Por sua vez, Lucas Alencar, sócio-diretor da Routing Systems Informática (Fone: 11 3819.1977), aponta como principal vantagem do rastreamento e monitoramento de veículos o fato de poderem proporcionar, em tempo real, todas as informações da operação e confrontar se o planejamento logístico está sendo respeitado na hora da execução. “Identificar o local em que o veículo está localizado pode ser útil, porém quando é possível confrontar a posição atual com o local e horário planejado, a empresa consegue avaliar a performance da sua operação em tempo real e atuar para corrigir eventuais distorções, interagindo para o tratamento das ocorrências e comunicação com os seus clientes”, explica Alencar.
Pedro Melito, gerente de operações da Tecvoz (Fone: 11 3345.5555), é outro profissional do segmento a apontar as vantagens: Desde controle total sobre a utilização do veículo, levando em conta quem dirigiu, quando, como e onde esse veículo andou, até mesmo o retorno financeiro direto, através dos descontos obtidos nas seguradoras, economia de combustível e aumento de produtividade das operações logísticas.
Marcelo Franco, diretor de Logística – WMS da Senior (Fone: 0800 648.3300), também aponta as vantagens: acompanhamento da rota e possibilidade de se antecipar a ocorrências que podem resultar em algum atraso; avaliar percursos a fim de implementar melhorias que otimizem todo o processo logístico; e mensurar o desempenho individual de cada motorista/veículo, analisando casos de quebras ou de desvios e paradas indevidas durante o percurso. Ou, como pontificam Everson Antunes Machado e Fabio Cabral de Vasconcellos, diretores da WebTrac Soluções em Telemetria (Fone: 11 2973.1010): gestão dos itens de telemetria do ativo, como deslocamento, velocidade, consumo, aceleração, frenagem, controle da jornada de trabalho do condutor e operador.
Mudanças tecnológicas
O participantes desta matéria especial também avaliam o que mudou na tecnologia do setor nos últimos tempos e as tendências também em termos de tecnologias.
Rodrigo Rufca, gerente de Marketing & Produtos do Grupo Tracker (Fone: 11 3508.5700), coloca que, assim como acontece em muitos segmentos, a tecnologia também desempenha papel primordial no setor de rastreamento e monitoramento. “Empresas que atuam no ramo precisam acompanhar de perto as principais novidades e investir cada vez mais em pesquisa e desenvolvimento de hardwares e softwares para atender de maneira competitiva e eficiente às crescentes demandas do mercado. Tomemos como exemplo a tecnologia de radiofrequência (RF), na qual partimos de um rastreamento simples anos atrás para um rastreamento inteligente nos dias de hoje.”
O gerente de Marketing & Produtos do Grupo Tracker continua: a problemática inicial apresentada pelo mercado era encontrar uma forma de proteger um patrimônio contra o roubo ou o furto. “Desta necessidade, nascem os dispositivos de rastreamento via GPS/GPRS, que foram criados e utilizados satisfatoriamente até o momento em que os crimes passaram a ser mais especializados, contando, inclusive, com o auxílio de tecnologia, como no caso dos famosos inibidores de sinais, os jammers, responsáveis por bloquear ou interromper a comunicação dos rastreadores. A partir daí, a necessidade do mercado assume outro estágio. Há que se desenvolver uma solução imune a inibidores. A radiofrequência veio, então, suprir essa carência”, completa Rufca. Ele salienta, ainda, que, atualmente, o grau de exigência do mercado é tão grande que o rastreador via RF é compacto, imune a inibidores, possibilita o rastreamento em locais fechados ou subterrâneos e ainda tem autonomia própria, reduzindo o tempo de instalação e não precisando de quaisquer conexões elétricas do veículo. Quando combinado à tecnologia LBS, permite a visualização de seu deslocamento em mapas e ainda é acionado de forma inteligente e automática no caso de detecção de jammers. Todos esses avanços foram realizados em um curto período de tempo e desenvolvidos por conta da crescente evolução da criminalidade e das exigências e necessidades apresentadas pelo mercado. “Resumindo, investir em tecnologia para empresas do setor é crucial para estar no mercado ou fora dele.”
Dentre as principais tendências, diz o gerente de Marketing & Produtos do Grupo Tracker, ainda é possível citar a questão da conectividade – muitas empresas mencionam este tópico, principalmente visando uma integração em rede mash.
Oliveira, da RunTec Informática, coloca que a tecnologia é um setor que muda diariamente, e isto é muito fácil de constatar. Porém, a essência das mudanças é basicamente a mesma: ferramentas (hardware e software) mais potentes, que permitem cada vez mais funcionalidades “amigáveis”.
Por exemplo: desenvolver um painel “dashboard” com diferentes gráficos para o usuário acompanhar sua operação de forma online no ano de 2.000 era algo pouco prático, pois este tipo de solução demanda grande capacidade de processamento de dados. Hoje em dia, com equipamentos mais poderosos, você consegue montar “dashboards” complexos, com atualização praticamente em tempo real.
Além disso – prossegue o sócio-fundador da RunTec –, a tecnologia atual permite a construção de “bots”, que nada mais são do que softwares que funcionam como uma espécie de “robozinho”, que executa atividades repetitivas, que antes ficavam atribuídas aos usuários.
“Atualmente, quase todos os nossos novos projetos possuem algum tipo de ‘bot’, que realiza atividades como o controle e a análise de algum desvio operacional da empresa, com notificação por e-mail, por exemplo”, completa Oliveira.
Para Ana Claudia, da Pósitron, a grande mudança está em equipamentos com ainda maior confiabilidade em função de melhorias no projeto do hardware, novas versões de firmware, placas e circuitos eletrônicos e inteligência embarcada que permite a parametrização e análise de dados para aumentar a eficiência e reduzir custos no transporte. Outro fator chave são os processos de instalação mais elaborados. O dispositivo de rastreamento precisa ser incorporado ao veículo, uma vez que este está cada vez mais eletrônico.
“Novas tecnologias estão sendo implementadas para aumentar o índice de recuperação de veículos e cargas, hoje superior a 90%, visando aumentar a eficiência e atender a novas necessidades do transportador, desde melhorias nos equipamentos até atuadores em casos de sinistro, com redundância de tecnologias em radiofrequência e inteligência embarcada nos dispositivos”, explica a gerente de Vendas Corporativas da Pósitron.
De fato, a tecnologia que está disponível permite um grande incremento no uso do rastreamento e monitoramento, principalmente por conta de três componentes: smartphones, redes de dados e soluções em nuvem, agora segundo Alencar, da Routing.
Smartphones – Neste ano, o Brasil chegou à marca de um smartphone em uso para cada habitante, o que tornou possível a familiarização dos usuários com os dispositivos e tornou o uso mais simplificado, permitindo as empresas utilizar como fonte para captura de informações.
Rede de dados – Com a ampliação de cobertura das redes de dados e o barateamento dos planos, soluções de mobilidade tornam-se cada vez mais atrativas e confiáveis, funcionando em qualquer lugar com eficiência e com uma relação custo-benefício muito positiva;
Soluções em nuvem – Tendência geral na tecnologia atualmente, não é diferente para as ferramentas de rastreamento e monitoramento. “Com essa arquitetura, passamos a oferecer mais contingência, escalabilidade e agilidade nas entregas de novas versões para o usuário, que pode acessar a solução de qualquer lugar de forma segura e eficiente”, completa o sócio-diretor da Routing.
“A evolução da rede de dados em 3g e 4g, os valores dos pacotes de dados, área de cobertura, software mais completos e robustos, o processamento na nuvem (cloud), tudo isto traz novas tecnologias e inclusive o rastreamento pessoal através de aplicativos e dispositivos móveis”, complementa Melito, da Tecvoz.
Também interessante é a análise de Franco, da Senior. Ele destaca que a tecnologia tem automatizado todo o processo de contratação de fretes até o pagamento pelo serviço prestado. Embarcadores como indústrias, atacadistas, distribuidores e e-commerce são exemplo de empresas que usam serviços de transporte. “É verdade que passamos por um momento econômico de incertezas, mas a maioria das empresas está olhando para dentro de casa e buscando melhorar seus processos, sejam operacionais ou gerenciais. A área de logística tem tido uma atenção especial e vem recebendo investimentos em tecnologias para melhorar o gerenciamento de estoques, contratação de fretes e planejamento de distribuição. Estes investimentos têm refletido na redução de custos e melhorado a eficiência operacional.”
Machado e Vasconcellos, da WebTrac, também lembram que os equipamentos de rastreamento continuamente passam por atualização tecnológica, permitindo inserir novas funções para telemetria e desempenho dos veículos e máquinas rastreadas. A tendência da tecnologia será de sempre evoluir para proporcionar novos tipos de controle e transmissão de dados.
Tito, da Globalstar, finaliza afirmando que, de fato, a tecnologia vem se aprimorando e, dessa forma, novidades vêm sendo implantadas ano a ano. “Por exemplo – aponta –, o rastreio/monitoramento por satélite é uma tendência que cada vez mais está sendo aplicada a diversos segmentos, motivado por um custo mais acessível ao mercado e pela necessidade de comunicação onde não há cobertura das operadores GSM.”

Custos
Quanto o assunto é se o fator custo ainda é um impeditivo ao maior uso do rastreamento e do monitoramento, as respostas dos entrevistados são diferentes.
“Não, necessariamente. Não podemos deixar de ressaltar que a crise econômica dos últimos anos impactou os negócios do mercado, obrigando muitas empresas a enxugar sua estrutura e reduzir drasticamente seus investimentos. Porém, esta mesma necessidade de redução de gastos pode ser obtida com um gerenciamento logístico mais eficaz por meio dos sistemas de monitoramento, evitando, assim, gastos desnecessários aos quais não se dava a devida importância nos momentos em que a economia estava aquecida. Independente da situação econômica pontual, hoje em dia os valores são perfeitamente acessíveis e ficam muito viáveis quando colocamos os benefícios reais que um sistema de monitoramento e rastreamento pode proporcionar. Na contramão, caso o usuário entenda que estes sistemas são custos, e não investimentos para obter ganhos indiretos, pode, sim, entender que o custo ainda não compensa”, explica Rufca, do Grupo Tracker.
Bruno Portnoi, diretor de Marketing da Sascar (Fone: 0300 789.6004), também diz que o custo não é o maior impeditivo. “Com o emprego dos recursos para monitoramento e rastreamento, o gestor de frotas pode perceber rapidamente uma importante redução no consumo de combustível, aumento da produtividade, evitando veículos ociosos, diminuição de sinistros do veículo e carga, melhor pontualidade de entrega, entre outros.”
Ana Claudia, da Pósitron, vislumbra um mercado em transição e, segundo ela, nesta fase o rastreador deixa de ser visto como custo de transporte ou obrigatoriedade, e passa a ser um forte aliado na eficiência operacional e redução de riscos inerentes ao negócio. As empresas buscam cada vez mais ter controle do negócio e agilidade na operação, exigindo do fornecedor de tecnologia requisitos mais avançados para obter informação com qualidade e em tempo real.
“Com a mudança do modelo clássico de rastreamento, que necessitava uma instalação elétrica nos veículos, para um modelo de utilização de dispositivos portáteis cada vez mais baratos, o custo e a implementação das soluções de rastreamento e monitoramento tornam-se cada vez mais atrativos para as empresas”, diz Alencar, da Routing.
Oliveira, da RunTec, também relaciona que o avanço de tecnologias como “smartphones”, “cloud server”, assim como a ampliação da modalidade de negócio “SaaS” (“software as a service” – ou software como serviço) tornaram o acesso à tecnologia muito mais acessível. “De fato, hoje os valores de armazenagem, processamento, dispositivos de rastreamento e custos de pacote de dados tornam viáveis os custos para rastreamento de frotas, cargas, veículos pessoais e pessoas”, anuncia Melito, da Tecvoz.
Finalizando, Machado e Vasconcellos, da WebTrac, dizem que sim, o fator custo ainda é um impeditivo ao maior uso do rastreamento e do monitoramento, pois o mercado continua voltado para questão da segurança dos ativos, e não para a questão de prevenção de perdas.

TGestiona usa aplicativo para baixa de entrega em tempo real
A suíte de aplicativos Hodie, para controle e monitoramento de entregas, desenvolvida pela RunTec Informática, conta com um módulo que permite a
baixa de entrega, o qual vem sendo usado pela Telefônica Transportes e Logística – TGestiona Logística (Fone: 0800 777.2284). “Através do Hodie acompanhamos as baixas em tempo real, analisamos a efetividade e disponibilizamos as informações de forma rápida ao cliente. Os benefícios trazidos pelo seu uso incluem informações em tempo real e a imagem do canhoto quase que instantânea”, explica Eliton Luis Oliveira da Silva, coordenador de TI da TGestiona.
Ele ainda destaca que, além deste módulo, a empresa usa, hoje, o Hodie desktop e o Hodie Motorista, e estão analisando alternativas, como o módulo de reversa.

Implementação
Sobre porque a TGestiona adotou este aplicativo, Silva diz que a empresa recebeu um desafio de um dos seus clientes de disponibilizar a informação de entrega em tempo real, “e encontramos na RunTec o parceiro para este desafio, e hoje disponibilizamos quase que instantaneamente algumas informações como imagem do canhoto e localização da baixa, entre outros.” Antes, a baixa de entrega era feita através de um aplicativo que limitava, e muito, o “time” de disponibilização da informação, lembra o coordenador de TI.
Para a implementação do Hodie, Silva diz que não foram necessárias mudanças no operacional da empresa, pois a “ferramenta facilmente se adaptou a nossa realidade, aliás este é um dos grandes diferenciais do aplicativo”, e que também não foram enfrentados problemas: “como houve uma total sinergia entre os departamentos de TI (TGlog e RunTec), juntos traçamos um plano de ação”.
A TGestiona é uma empresa do Grupo Telefônica responsável por parte das operações logísticas do grupo, com operações em São Paulo e na região Sul, onde possuem outro grande cliente.

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